A Arte Bizantina

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A Arte Bizantina

Referência às expressões artísticas de cunho religioso surgidas durante o Império Bizantino (Europa Ocidental – 1557), a arte bizantina difundiu-se fortemente para além das chamadas “fronteiras imperiais”.

Define-se Constantinopla como local de maior importância para tais manifestações artísticas.

Um pouco de história

O Imperador Teodósio (nomeado o Grande) dividiu o Império Romano em Ocidente e Oriente. O lado ocidental ficou com a capital de Roma sofrendo assim numerosos ataques e investidas até que finalmente foi tomado pelos bárbaros por volta de 476.

Arte Bizantina

Do lado oriental, apesar de algumas crises a unidade foi mantida até o momento em que os Turcos tomaram Constantinopla. A partir daí tem início um novo período denominado “Idade Moderna”.

Constantinopla foi criada pelo Imperador Constantino I, inicialmente a cidade era nomeada Bizâncio, pode-se dizer que foi nesse local que diversos fatores contribuíram para o surgimento de uma nova expressão artística.

O principal fator certamente é a localização: estando ente a Europa e a Ásia, o território tornou-se síntese das culturas oriental e greco-romana. Em referência a cidade de Bizâncio foi cunhado o termo “bizantino” para designar toda e qualquer manifestação artística do lado do Império Romano Oriental.

O reinado de Justiniano

O movimento artístico do qual falávamos no tópico anterior teve seu ponto alto no Século VI, exatamente no período em que Justiniano I era o governante.

É importante ressaltar que logo após o Século VI configura-se o período Iconoclasta, um momento de crise que leva a completa destruição de imagens sacras, tudo isso em virtude de um conflito entre Clero e Imperadores.

Depois desse episódio a arte bizantina renasce e tem seu período de esplendor até, por volta, do fim do século XV.

Características da arte bizantina

Pode-se dizer que a arte bizantina exprime poder e riqueza, isso em virtude da chamada “oficialização” do Cristianismo, pois até então, a arte cristã era simples e primitiva.

O objetivo primordial da arte bizantina é expressar o poder absoluto do Imperador, ser considerado sagrado e, portanto, representante direto de Deus na Terra.

Vamos agora nos ater a alguns sinais facilmente identificados nas peças desse período.

– Frontalidade: as figuras são sempre retratadas olhando de frente – como que encarando – o observador da tela. A intenção era mostrar um ser altero e que exigia respeito, alguém que tinha não apenas poderes terrenos, mas também, espirituais.

– Figuras Sagradas: já as personagens que de fato eram sagradas tinham de ser representadas com características do Imperador, tudo isso na tentativa de “santificar” essa figura do governo.

– Mosaico: técnica que utiliza a colocação lado a lado de pedaços de pedras com diferentes cores sobre uma superfície de argamassa ou gesso, tudo isso de acordo com um desenho previamente determinado. Na sequência cal, areia e óleo são lançados sobre a tela a fim de preencher os espaços vazios. Para os gregos os mosaicos tinham maior utilidade como pisos, enquanto os romanos os viam mais para decoração. Pode-se dizer que o mosaico foi a principal manifestação artística do Império Bizantino.

– Escultura: é importante ressaltar que são poucos os exemplares desse tipo de manifestação, afinal, para os cristãos as esculturas retomavam a ideia de paganismo, por isso não eram bem quistas.

– Arquitetura: pode dizer que a arquitetura no período bizantino trouxe grandes contribuições ao que conhecemos hoje. O arco, a abóbada, a cúpula e o plano centrado são “filhos” desse movimento. Os templos na época eram espaçosos e luxuosos. O principal exemplo dessa manifestação é a “Catedral de Santa Sofia” projetada por Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto

É importante ressaltar ainda que a riqueza sempre foi muito bem retratada, vide a grande quantidade de dourado utilizado nas telas, cúpulas e acrópoles das Igrejas. Até mesmo joias e pedras preciosas eram coladas por sobre as figuras.

Uma curiosidade sobre as pinturas no período bizantino se refere a Iconoclastia já mencionada nesse artigo. O Imperador Leão III proibiu terminantemente qualquer imagem representando a Virgem Maria e Jesus com formas humanas, por esse motivo, muito artistas bizantinos mudaram-se para o Ocidente. Somente no ano de 843 tal norma foi extinta.

Algumas considerações

Como você bem deve ter percebido a arte bizantina é de cunho extremamente religioso, ou seja, diz muito a respeito do período pós perseguição dos cristãos e reconhecimento do Cristianismo enquanto religião.

Pode-se dizer que a principal manifestação artística do período – o mosaico – se expandiu não apenas pela Europa chegando, inclusive, a América Latina, onde é possível averiguar que os povos pré-colombianos (Maias e Astecas) também utilizavam dessa mesma técnica para criação de belíssimas peças utilizando jade, quartzo e outros minerais.

Outra referência desse período que vemos ainda hoje diz respeito à representação de auréolas (círculo, ou, anel luminoso) que circundavam a cabeça de muitos dos personagens retratados. Até hoje observamos esse técnica em desenhos animados e cartoons que representam seres sagrados.

Por hoje é isso. Esperamos que tenham tirado proveito de mais esse artigo, bons estudos e até a próxima!