Amazônia

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Amazônia

O Brasil é reconhecido no mundo todo por suas belezas e riquezas naturais. Boa parte dessa fama vem da Amazônia, também conhecida como Floresta Amazônica, que tem a maior biodiversidade do mundo, quando consideramos as florestas tropicais. Obviamente, ela não fica apenas no Brasil, ocupa a região norte da América do Sul e alcança outros países, são eles: Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

No total, 60% dessa floresta se encontra em território brasileiro. O Peru é o segundo colocado, com 13% de toda a sua extensão. Durante muito tempo, ela foi chamada de “pulmão do mundo”, no entanto, esse título já está caindo em desuso. Estudos mais modernos demonstraram que as florestas tropicais consomem uma boa parte do oxigênio que produzem. No entanto, isso não diminui em nada a importância delas.

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Conhecendo melhor a Amazônia

Como já dissemos, essa é uma floresta tropical com uma área de 5,5 milhões de quilômetros quadrados. Para classificá-la de forma mais completa e correta, dizemos que é uma floresta latifoliada equatorial. Latifoliada pelo predomínio de vegetação com folhas largas e grandes e equatorial, por estar na região da Linha do Equador e, com isso, possuir um clima quente e úmido.

A vegetação da Amazônia é bastante heterogênea, estima-se que lá haja mais de 2.500 espécies de árvores diferentes e mais de 3 mil tipos de plantas. Predomina a vegetação perene, ou seja, as folhas permanecem sempre verdes e não caem totalmente em nenhuma estação do ano.

Outra característica dessa floresta é ser fechada. Isso significa que é formada, em sua grande maioria, por árvores de grande porte, localizadas bem próximas umas das outras. Isso faz com que as formas de vegetação rasteira sejam escassas, porque como os raios solares têm dificuldades para chegar até o solo, ela não consegue se desenvolver.

O solo não é muito rico, pois é constituído por uma camada muito fina de nutrientes, que se forma a partir da decomposição de folhas, frutos e animais mortos.

E por falar em animais, os mais comuns na Amazônia são aqueles de pequeno ou de médio porte, principalmente os que vivem nas árvores. Podemos citar como exemplo os tucanos, cobras, marsupiais, macacos, morcegos, roedores e outros.

A Floresta Amazônica é formada por 3 submatas, que você verá a seguir:

• Mata de Igapó: é a que fica mais próxima dos rios, por isso está sempre inundada. Nessa submata fica a vegetação de pequeno porte, composta principalmente por plantas chamadas hidrófilas, ou seja, adaptadas à vida em meio extremamente úmido.

• Mata de várzea: fica em regiões um pouco mais elevadas, mas é atingida pelos rios nos períodos de cheia. Ela é bem fechada e com árvores de grande porte, uma média de 20 metros de altura. É nessa submata que ficam o Jatobá e a Seringueira, de onde se extrai o látex para produção de borracha.

• Mata de terra firme: é a que fica mais distante dos rios, em planaltos sedimentares. Na mata de terra firme costumam ficar as árvores mais altas da floresta, com até 60 metros de altura.

A floresta é cortada pelo rio Amazonas (que nasce na Cordilheira dos Andes e deságua no Oceano Atlântico) e seus afluentes. É o rio mais longo e caudaloso do mundo e também com a maior bacia hidrográfica: mais de 7 milhões de quilômetros quadrados!

Embora não seja o pulmão do mundo, essa floresta é de extrema importância ambiental, sobre tudo no controle da temperatura. A evapotranspiração da floresta produz massas de ar úmido que se espalham por toda a América do Sul e é isso que regula a temperatura em seus mais diversos países.

Principais problemas enfrentados

O desmatamento ilegal é um dos maiores problemas que a Amazônia enfrenta hoje. Infelizmente, muitas madeireiras exploram as madeiras nobres que existem na floresta para comercializar, sem respeitar a legislação. E não é só isso: não são raros os casos de fazendeiros que promovem queimadas para ganharem mais espaço para cultivar seus produtos, como a soja por exemplo.

A biopirataria é outra questão bastante preocupante: muitos cientistas de fora entram na floresta sem autorização de autoridades brasileiras, para extrair material de plantas e até de animais. Depois, voltam para seus países e desenvolvem produtos com base nisso e registram a patente. No final das contas, o Brasil paga para utilizar coisas que foram produzidas com matéria-prima nossa.

Isso sem contar com a contaminação de rios provocada pelo mercúrio usado por garimpeiros de ouro.

Todos esses problemas colocam em risco um ecossistema que tende a funcionar perfeitamente quando não há a intervenção humana. Além disso, vale lembrar que várias tribos indígenas vivem na região e também acabam sendo prejudicadas por todos esses problemas que são enfrentados. Afinal, é da natureza que retiram tudo o que é necessário para sua sobrevivência.

O comportamento predatório do ser humano é a principal ameaça.