Codominância: Problemas e Dominância Incompleta

Biologia,

Codominância: Problemas e Dominância Incompleta

A Genética é uma ciência relativamente recente em termos de história da humanidade. Mais precisamente no século XX foram feitas novas descobertas e importantes estudos a respeito da formação de nossos genes e de nosso DNA. Estudos e descobertas que permitiram descobrir como funciona melhor o nosso organismo, novos tratamentos para doenças e até como prever o câncer antes de ele acontecer.

Dentro da Genética, existem diversas subáreas que tratam de assuntos diferentes entre si, mas sempre interligados para formar o conjunto de elementos que formam os seres vivos. Todos nós e todos os seres vivos possuímos cromossomos, que possuem genes. Estes genes são responsáveis por dar características físicas aos seres vivos. Estas características são chamadas de fenótipo. A cor dos olhos, a cor da pele, a altura, o biótipo físico, qualquer característica física é chamada de fenótipo.

Codominância

A determinação dos fenótipos de um indivíduo é feita por meio da combinação dos genes presentes nos cromossomos que estão no material genético deste indivíduo. Algumas características são transmitidas pelos pais ao filho. Outras não. Mas há situações onde há fenótipos diferentes dos fenótipos dos pais. E uma destas situações é chamada de Codominância.

Codominância e dominância incompleta

A codominância é uma situação onde os alelos de um gene estão ativos, ou seja, não há relação de dominância entre eles. Geralmente, na formação de um fenótipo, um alelo se sobressai perante o outro (lembre-se que todo gene é formado por um par de alelos AA, Aa ou aa). Para que a cor dos olhos do pai seja repetida no filho, por exemplo, é necessário que o gene que determina esta característica possua um alelo dominante. O outro alelo deste gene no filho será o alelo recessivo.
Acontece, em alguns casos, que os dois alelos (recessivos ou dominantes) exercem a mesma relação de dominância um sobre o outro e há a mistura de fenótipos de ambos. Um belo exemplo desta mistura é o nascimento de espécies de boi ou cavalos com pelagem “malhada” ou manchada. Isso porque estes animais foram resultados do cruzamento de animais com pelagem totalmente preta e outro com pelagem totalmente branca, por exemplo. O resultado é um boi preto com manchas brancas ou vice-versa.

Há na natureza uma infinidade de exemplos de atuação da codominância na determinação de fenótipos diferentes para os filhos em relação aos pais. Um dos maiores exemplos nos seres humanos é a diferença de tipo sanguíneo. O tipo sanguíneo do bebê pode ser diferente do pai e da mãe, justamente por conta da codominância.

É importante saber distinguir a codominância da dominância incompleta. A dominância incompleta é uma situação muito parecida com a codominância. No entanto, o resultado da não-relação de dominância entre os alelos responsáveis por determinar certo fenótipo ao indivíduo causa um terceiro fenótipo diferente em relação aos pais. Ou seja, um boi naquelas mesmas características citadas acima não nasceria com pelagem manchada ou malhada, mas sim com uma pelagem cinza, que é a tonalidade de cor intermediária entre as outras duas.

Problemas da codominância

A codominância é uma situação que pode causar certo desconforto nas famílias. Principalmente se os pais da criança forem recém-casados. Características que comumente são passadas de pai para filho podem não ser passadas e outras podem aparecer. Isso pode até causar alguma dúvida em relação à confirmação de paternidade do homem, já que ele pode não ver nenhuma característica sua em seu filho.

É importante, além da confiança e do afeto que o casal tem um com o outro, o entendimento de que a codominância é uma situação comum, corriqueira e que pode acontecer com qualquer pessoa e com qualquer tipo de característica física (fenótipo). Logo, não há motivos para se preocupar caso seu filho não possua muitas características suas.

Em âmbito rural, espécies com características geradas pela codominância dividem opiniões nas fazendas e no meio rural. Alguns criadores consideram estas espécies como especiais por conta de sua diferenciação no cenário rural e agrícola, inclusive aumentando seu valor. Outros não concordam e afirmam que espécies deste tipo têm menor apelo comercial por não ter pelagens ou outras características bem definidas. A diferença na cor da pelagem não determina a qualidade da carne ou do leite destes animais, mas o visual certamente é mais chamativo e pode gerar reações boas e nem tão boas em quem os está observando.

A codominância é apenas uma pequena parte do estudo da Genética que é, também, uma pequena parte do estudo da Biologia. Ao entender melhor como a Genética funciona, é mais fácil entender e compreender como funcionam todas as partes do organismo dos seres vivos, inclusive o próprio corpo humano, que é o ser vivo mais importante do meio ambiente e que está no topo da cadeia alimentar. Mas esta é outra história que vai além do estudo da Genética e da Biologia.