Doença de Buerger

Biologia,

Doença de Buerger

A doença de Buerger, que é também conhecida pelo nome de Tromboangeíte Obliterante, consiste na obstrução das veias e das artérias, tanto daquelas que possuem pequeno porte quanto as de médio porte. Essa obstrução é ocasionada por uma inflamação que é provocada pelo hábito do tabagismo.

Doença de Buerger

Esta enfermidade atinge, em sua maioria, fumantes do sexo masculino que estão na faixa etária que compreende os 20 e os 40 anos. Apenas uma quantia aproximada de 5 % dos pacientes são as mulheres. Ainda que a causa da definitiva da doença de Buerger ainda seja desconhecida pela comunidade médica, apenas os indivíduos que possuem o hábito de fumar a contraem e, se prosseguirem com o tabagismo fumar, a tendência é de agravar ainda mais o quadro. Por causa do fato de que apenas um número relativamente baixo de fumantes possui a tendência de contrair a referida enfermidade, muitos pesquisadores defendem a ideia de que há algum fator que os deve tornar mais suscetíveis a esse transtorno. Como ocorre o processo de contrair a doença de Buerger e o motivo que torna o hábito de ser a causa do problema ainda compreende um elemento desconhecido para a medicina.

O processo de obstrução da tromboangeíte obliterante os vasos médios e pequenos consistem em uma inflamação. Esse processo tem início por causa da infiltração de leucócitos polimorfonucleares nas paredes de pequenos e médios vasos. É válido salientar que esses leucócitos polimorfonucleares são um tipo de células de defesa. Com o avanço da doença de Buerger esses leucócitos exercem atração em várias outras células, como outros tipos de leucócitos e fibroblastos. Nas fases mais avançadas da doença é possível encontrar indícios de fibrose nos vasos. Essa fibrose é uma cicatrização e acarreta na constituição de trombos, que por sua vez, terminam por obstruir essas artérias e veias.

Os sintomas da Doença de Buerger

Os sintomas da Tromboangeíte Obliterante são bastante específicos. Eles compreendem:

– Distribuição reduzida de sangue pelo corpo: Inicialmente essa redução é sentida nas extremidades do corpo, mais precisamente nos dedos das mãos e dos pés. Posteriormente ela passa para as pernas e as mãos e, por fim, acarretam em uma gangrena.

– O Fenômeno de Raynaud: Consiste em uma condição na qual é sentido um estímulo diante de temperaturas baixas. Esse fenômeno provoca nas mãos e pés uma sensação de formigamento ou amortecimento. Em alguns casos pode acarretar até mesmo certa alteração na coloração das extremidades dos dedos.

– Cãibras musculares: Diante da progressão, cãibras atingem regiões específicas de membros inferiores e superiores.

Para efetuar o diagnóstico não há ainda como contar com um exame específico. No entanto, o mais adequado é ir descartando outras possíveis enfermidades, tais como vasculite, entre outras.

É possível realizar a arteriografia, mas esse exame funciona apenas para guiar no descarte de outros diagnósticos e assim levantar a possibilidade de que o paciente contraiu a Tromboangeíte Obliterante.

Além disso, as angiografias, que são radiografias destinadas para a visualização das artérias, podem apontar artérias que estão obstruídas, bem como outras anomalias referentes ao processo de circulação sanguínea, inclusive presentes nas extremidades dos pés e das mãos.

O tratamento ideal

O processo de tratamento mais adequado para aqueles que sofrem com os transtornos provocados pela doença de Buerger é largar de uma vez por todas o hábito de fumar.
O ato de prosseguir com o tabagismo é altamente pernicioso, fazendo assim que o processo da doença avance de forma maneira incontrolável e, por fim, restando apenas o recurso de efetuar uma amputação. É pertinente também evitar sucessivas exposições ao frio, isso porque as baixas temperaturas agravam lesões em mãos e pés, ou substâncias como o iodo ou os ácidos usados para tratar calos e calosidades.

Além de interromper de forma definitiva com o hábito de fumar, é recomendável também evitar uma vida sedentária, para isso, é pertinente efetuar caminhadas que duram cerca de 15 minutos, pelo menos duas vezes por dia. Os pacientes que se encontram em um estado avançado da doença, estão com gangrena e sofrem de frequentes dores, devem permanecer em repouso.

No caso do repouso, os pés deverão estar cobertos com ligaduras confortáveis com o intuito de proteger os calcanhares ou, se possível, é necessário efetuar o uso de botas especiais, que possuem em seu interior materiais de espuma de borracha.

Além disso, o paciente em repouso deve passar boa parte do tempo não inteiramente deitado na cama. É pertinente que o leito possa passar por alguns graus de inclinação, pois isso facilita que o sangue circule de forma mais livre pelo corpo.

Ainda a respeito do tratamento, é possível que os médicos receitem o consumo de pentoxifilina. Podem também ser utilizados alguns medicamentos, tais como o Iloprost e também alguns vasodilatadores. No entanto, é sempre válido destacar que o consumo de anticoagulantes não auxiliam no tratamento definitivo da doença.