Filo Dinoflagellata

Biologia,

Filo Dinoflagellata

Os pertencentes ao filo dinoflagellata, conhecidos popularmente como dinoflagelados, nada mais são do que os principais representantes flagelados do Reino protista.

Filo Dinoflagellata

Principais características dos filo dinoflagellata

A grande maioria das espécies que pertencem ao filo dinoflagellata é de plâncton marinho, ou seja, se encontram no mar. Apesar disso, encontrar representantes deste grupo em água doce também vem se tornando cada vez mais comum.

Os dinoflagellatas são caracterizados como organismos predominantemente unicelulares, mesmo que também seja possível encontrar espécies do tipo filamentosas. Dentro do grupo, além dos flagelados (ou seja, organismos com dois flagelos do tipo eucarióticos), também é possível encontrá-los em formatos imóveis, cocóides, ameboides e coloniais palmelóides.

Mais do que a metade das espécies de água doce ou marinha de filo dinoflagellata contam com cloroplastos, ou seja, mais de 2.000 delas. Além disso, os dinoflagelados também são produtores primários de grande importância nos oceanos.

O pigmento denominado ‘xantofila peridinina’, presente nestes flagelados, é o grande responsável pela tonalidade marrom-dourada ou avermelhada que eles assumem.

De modo geral, os cloroplastos são envolvidos por três diferentes membranas e contam com clorofilas do tipo a e c, sendo carentes da importante clorofila do tipo b.

Alguns dos pertencentes ao filo dinoflagellata são endoparasitas – de peixes do oceano, de crustáceos de água doce ou até mesmo de outras espécies de protozoários. Além disso, eles contam com dois diferentes flagelos. O primeiro deles fica preso à parte de trás, ou seja, na posterior do corpo. Já o outro é totalmente transversal, estando ele presente em um sulco que forma uma espécie de espiral em volta do corpo do protozoário.

A superfície destes protozoários é bem lisinha, o que permite que eles possam ter até duas séries diferentes de mastigonemas. Os mastigonemas, por sua vez, são os responsáveis pela movimentação, locomoção e rotação dos dinoflagellatas.

Sendo assim, cabe destacar que a grande maioria dos pertencentes ao filo dinoflagellata são monadais, e deste modo, se locomovem graças à ação de seus flagelos eucarióticos.

Mesmo assim, também é possível encontrar filo dinoflagellata que se locomovam por meio de placas de celulose capazes de formar uma estrutura denominada teca. A estrutura é muito similar às velas e presente principalmente em mares abertos, auxiliando os protozoários não só na movimentação como na própria flutuação.

Alimentação e classificação dos membros do filo dinoflagellata

No que se refere à alimentação dos dinoflagellatas cabe destacar que cerca de 50% das espécies não contam com aparato fotossintetizante, motivo pelo qual são integralmente heterótrofas.

Neste caso, a nutrição é baseada especialmente na ingestão de compostos orgânicos (bem dissolvidos) ou de partículas sólidas.

Alguns, por sua vez, se alimentam por meio de pedúnculos, que nada mais são do que estruturas em tubo capazes de “sugar” toda a matéria orgânica presente em uma célula. Quando a absorção dos nutrientes é finalizada, o pedúnculo é recolhido novamente para o interior da célula.

Já as espécies com capacidade fotossintetizante são os maiores componentes dos fitos plânctons – ficando atrás apenas das diatomáceas. Já as espécies zooxantelas, por sua vez, são endosimbiontes de protistas marinhos, animais e especialmente dos corais.

Algumas espécies não contam com nenhuma dessas capacidades, motivo pelo qual se tornaram predadores de outros tipos de protistas. Há, também, o grupo dos filos dinoflagellata parasitas.

Outra característica que se destaca em relação aos filos dinoflagellata é que entre 20 a 30% deles produzem componentes do tipo tóxicos. Alguns deles aproveitam dessa característica, liberando toxinas na água do mar ou água doce para o encontro de alimentos.

A toxina produzida por eles é capaz de causar a morte dos peixes por asfixia, após acometer o sistema respiratório de tais animais. Assim que o animal é decomposto, os filos dinoflagellata utilizam-se dos penúnculos para se alimentarem dos principais grupos musculares do peixe.

A classificação dos filos dinoflagellata

É com base na presença ou não-presença de um núcleo chamado ‘dinocarion’ que os filos dinoflagellata podem ser classificados de diferentes formas. São elas:

  • Dinophyceae – esse tipo de filo dinoflagellata é composto por organismos que podem ser – ou não – fotossintéticos. Essa espécie conta com um núcleo dinocarion em cada uma das etapas de seu ciclo de vida;
  • Noctiluciphyceau – essa espécie é constituída por organismos flagelados, sendo eles não-fotossintéticos e fagotróficos. Neste caso, a presença do núcleo diferenciado dinocarion é notada em apenas um estágio do ciclo de vida do protozoário;
  • Blastodiniphyceau – já essa espécie de dinoflagelados é constituída pelos famosos organismos parasitas de outros protozoários, de peixes ou de crustáceos. Neste sentido, os representantes dessa classificação são não-fotossintéticos e também contam com o núcleo dinocarion apenas em uma etapa da vida;
  • Syndiniophyceau – esse grupo de filos dinoflagellata é mais raro, uma vez que ele é composto por organismos caracterizados com a ausência total do núcleo diferenciado ‘dinocarion’ em qualquer fase da vida. Eles são parasitas não fotossintéticos de ovos de peixes, animais invertebrados e de outros dinoflagelados.