Lipoma: Sintomas e tratamento

Biologia,

Lipoma: Sintomas e tratamento

O lipoma é um tumor benigno formado por células adiposas, ou seja, células de gordura. Em geral, crescem por baixo da pele (subcutâneos) e em casos raros podem aparecer nos nervos, músculos, cavidade abdominal, e até mesmo em órgãos internos.

É bom deixar claro que o lipoma não é um câncer, nem corre o risco de virar um, em geral é totalmente assintomático, e poucas vezes, necessita de algum tratamento, exceto em casos que provoque dor, ou ainda, seja esteticamente incômodo.

A seguir falaremos mais especificamente do que se trata esse tumor e sobre sua formação.

Lipoma

O que é e formação

Os lipomas são tumores benignos que não correm o risco de transformar-se em malignos, basicamente, são compostos por células de gordura que ao agrupar-se resultam em uma pequena protuberância de formato arredondado por baixo da pele. Além disso, é revestido com uma cápsula fibrosa, sendo, portanto, uma tumoração de gordura em torno do tecido gorduroso.

Tais tumores formam lesões palpáveis, com consistência elástica, porém firme que ocasionam pequenos relevos na pele, alguns podem ser até mesmo macios. O tamanho também varia de meio centímetro a mais de diâmetro.

Os lipomas podem ainda ser únicos, sendo o mais comum o lipoma superficial subcutâneo, ou múltiplo (lipomatose), este último é em geral mais doloroso. Por meio de biopsia é possível comprovar se realmente se trata de um lipoma, ou, um angiolipoma (variedade incomum do lipoma sendo um tumor benigno raro).

Estima-se que 1 a 2% das pessoas tenham um ou mais espalhados por todo corpo. Os lipomas podem surgir em qualquer idade, no entanto, são mais comuns em mulheres adultas e raros em adolescentes e crianças. De acordo com os médicos, em geral, surgem a partir dos 40 ou 60 anos.

As pesquisas sobre a formação deste tumor ainda são um tanto obscuras, mas já se identificou que há tendência familiar em seu desenvolvimento, por isso, acredita-se que existe um poderoso componente genético em sua formação. Além disso, outras teses identificaram o aparecimento de lipomas logo após traumas locais, no entanto, tal relação ainda não foi comprovada.

Sobre a ocorrência, pode-se dizer que esta está associada a algumas doenças raras, como por exemplo, Adipose Dolorosa, Doença de Madelung, Síndrome de Cowden, e ainda, a Síndrome de Gardner. Em tais enfermidades é mais do que comum o paciente apresentar diversos lipomas pelo corpo.

Ao contrário do que muitos imaginam não há relação direta entre o excesso de gordura e o desenvolvimento de lipomas, ou seja, ser obeso não representa um fator de risco. Em contrapartida, estudos apontam que o lipoma é um tipo de tumor comum em pessoas magras, e as chances podem aumentar se um indivíduo magro ganhar peso rapidamente.

Sintomas

Por se tratar de uma pequena protuberância arredondada por debaixo da pele, a maioria é identificada através da apalpação.

Sua identificação ocorre quando sentida uma massa homogênea, indolor, mole, com bordas irregulares e consistência elástica. Tais características ajudam a diferenciar um lipoma de um tumor maligno, por exemplo, afinal, os malignos são mais endurecidos e dolorosos. Além disso, o crescimento de um lipoma é lento, enquanto que tumores malignos desenvolvessem rapidamente.

Os locais mais frequentes para o surgimentos de lipomas são: pescoço, braços, troncos e ombros. Entretanto, qualquer lugar do corpo onde há a presença de gordura é suscetível ao aparecimento deste tipo de tumor.

Diagnóstico

Em relação ao diagnóstico, diz-se que apenas a apalpação já é mais do que suficiente para definir se a lesão é um lipoma, ou não. Mas é bom lembrar que se características como massa endurecida e dor constante forem sentidas, os profissionais médicos podem requerer uma ultrassonografia ou biópsia para confirmar se a natureza é benigna, ou, maligna.

Tratamento

Como já dito, na grande maioria dos casos, os lipomas não requerem tratamentos, e assim como surgiram, alguns tumores podem desaparecer espontaneamente, mas em geral, eles não crescem ou desaparecem por anos, ficando estacionados.

Em casos raros quando o lipoma cresce demasiadamente, ou nascem e crescem em locais que incomodam esteticamente, como por exemplo, a região do rosto, a intervenção cirúrgica pode ser uma opção. Na maioria dos casos o procedimento é rápido e simples levando apenas anestesia local.

Outra alternativa é a liposucção, um tratamento para o acúmulo de gorduras, onde grandes quantidades de uma determinada solução é injetada nas áreas de acúmulo de gordura. Este procedimento resulta em marcas e cicatrizes menores para o paciente, contudo corre-se o risco de o tumor não ser removido por completo.

Até o presente momento, não há como se prevenir os lipomas, afinal, até mesmo suas causas ainda são um pouco obscuras para a medicina. Para tanto, neste caso o que vale é a atenção e a realização de exames periódicos. Conhecer o próprio corpo, nossos limites e principalmente saber quando há algo errado ainda é a melhor forma de prevenção.