Origem e Evolução dos Peixes

Biologia,

Origem e Evolução dos Peixes

Quem nunca ouviu dizer que a vida teve início na água? Essa afirmação é verdadeira: de acordo com os estudos que já foram realizados até então a respeito da origem dos seres vivos os primeiros teriam surgido em meio aquático, evoluído e, só mais tarde, ganhado a terra como habitat. Então, nada mais justo do que se dedicar um pouco a entender tudo sobre a origem e a evolução dos peixes, que estão entre os seres vivos simbólicos do meio aquático.

Origem dos peixes

Estima-se que os primeiros tipos de peixes surgiram ainda na Era Pré-Cambriana, há mais de 500 milhões de anos! Eles não se pareciam em nada com os que conhecemos hoje, eram muito mais primitivos e ficaram conhecidos como Ostracodermas.

Evolução dos Peixes

Além de não possuírem mandíbulas, os Ostracodermas tinham o seu corpo coberto por placas ósseas. Eles habitaram os oceanos por um período de tempo relativamente curto: até o final da Era Devoniana, há mais ou menos 350 milhões de anos, quando foram extintos.

Hoje, embora os Ostracodermas já não existam mais, considera-se que eles pertenceram à classe Agnatha, ou Ciclostomata, com representantes que sobrevivem até hoje. As principais características dessa classe, que abriga os primeiros peixes a surgirem no mundo, são as seguintes:

• Ausência de mandíbula;
• Corpo alongado com abertura nasal;
• Poucos registros fósseis;
• Podem ser parasitas de água doce, como no caso das lampreias;
• Podem ser cavadores marinhos, como o peixe-bruxa, que faz sua toca em sedimentos lamosos e se alimentam de materiais em decomposição.

Evolução dos peixes

O surgimento dos Ostracodermas foi o pontapé inicial para a evolução e desenvolvimento dos peixes. Logo após deles, na trajetória evolutiva, encontramos os Conodontes, cujos primeiros fósseis completos foram encontrados no final do século XX. Eles são extremamente importantes para a evolução, porque foram os primeiros a ter brânquias para respiração, ainda que muito rudimentares.

Alguns Conodontes se alimentavam por filtração, no entanto, outro grupo dentro deles já tinha estruturas utilizadas na captura das presas. Eram caracterizados pelos olhos grandes e corpo alongado. É interessante notar que, embora também já tenham sido extintos, eles eram mais evoluídos estruturalmente do que os ciclostomados que existem hoje, como a lampreia.

A partir do Período Siluriano (ocorrido há cerca de 440 milhões de anos), começou a diversificação dos peixes, com o surgimento de novas espécies mais evoluídas e semelhantes com os que encontramos nos dias de hoje. Nesse momento, o destaque vai para duas classes principais: os condrictes e os osteíctes.

• Condrictes

Essa é a classe que corresponde aos chamados peixes cartilaginosos, porque tanto a mandíbula superior, quanto a inferior são formadas por cartilagem, assim como todo o esqueleto.

Os condrictes pertencem ao grupo dos vertebrados gnastostomados, porque possuem boca com mandíbula, uma característica importante. No entanto, os primeiros condrictes que existiram ainda não tinham a mandíbula, mas uma boca em forma de ventosa. O aparecimento dessa estrutura foi um grande passo evolutivo, porque facilitou a captação de presas.

Possuem o crânio, as vértebras e todo o restante do esqueleto bem desenvolvido. A superfície desses peixes é revestida por escamas bem pequenas, chamadas de placoides, que são parecidas com dentes. A parte externa dessas escamas é esmaltada, enquanto a interna é chamada de dentina.

Esses peixes respiram quando a água entra pela boca, passa pelas brânquias e sai pelas fendas branquiais. Essa classe se divide em holecéfalos, como exemplo tem as quimeras, que habitam águas oceânicas profundas e de temperatura baixa, têm olhos grandes e cerca de um metro de comprimento; e em elasmobrânquios, como os tubarões e raias, que somam quase 800 espécies e podem atingir os 20 metros de comprimento.

• Osteíctes

Essa é a outra classe de peixes que surgiu também no Período Siluriano e abarca os chamados peixes ósseos. Eles se diferenciam dos agnathas porque têm mandíbulas, mas também são diferentes dos condrictes porque seu esqueleto é ósseo, e não cartilaginoso.

O corpo da maior parte dos peixes ósseos é revestido por escamas de origem dérmica, mas alguns têm placas e outros, inclusive, não possuem revestimento algum, como é o caso do bagre.

Outra característica importante: os osteíctes possuem o chamado opérculo, que é uma estrutura que protege as suas brânquias. Os cartilaginosos não a possuem, o que significa que as suas brânquias ficam expostas.

Os osteíctes possuem um órgão chamado bexiga natatória, que tem função hidrostática, possibilitando que o peixe permaneça em equilíbrio mesmo quando se encontra em grandes profundidades.

O sistema digestivo dos osteíctes é completo, começando na boca e terminando no ânus. Não há cloaca. Possuem um número de espécies muito maior quando comparados com os cartilaginosos.

Então, recapitulando brevemente a origem e evolução dos peixes: surgiram com os Ostracodermas, da classe agnatha; depois vieram os Conodontes, nos quais as brânquias começaram a se desenvolver e, posteriormente, surgiram as duas grandes classes existentes até hoje: cartilaginosos e ósseos.