Pólipos intestinais

Biologia,

Pólipos intestinais

Você já ouviu falar em pólipos intestinais? Eles podem ter gravidade maior ou menor dependendo da situação, mas é importante saber identificá-los, conhecer suas principais características e, principalmente, como eles afetam a saúde de seus portadores. Essas informações você lê agora, nesse artigo.

O que são pólipos intestinais?

São pequenas lesões que se formam na parede do intestino grosso, na porção final do tubo digestivo, onde acontece e a absorção de água e também a produção do bolo fecal. Aparentemente, os pólipos são muito semelhantes com verrugas e eles são relativamente frequentes em pessoas com mais de 50 anos de idade. Por aparecerem no intestino grosso, também são chamados de pólipos no cólon.

Essas lesões são tumores benignos, que se formam a partir de um crescimento anormal das próprias células que constituem a mucosa do intestino. Elas aparecem em cerca de 30% das pessoas adultas. Os pólipos intestinais podem ser dos seguintes tipos:

Adenomastoso: responde por mais da metade dos casos e pode se tornar um câncer. Pode ser tubular, viloso ou túbulo-viloso;

Serrilhado: os de tamanho pequeno dificilmente podem ser transformados em câncer, já os maiores costumam ser planos, mais difíceis de serem detectados e têm mais probabilidades de evoluir para um quadro canceroso.

Inflamatório: aparecem associados a outros problemas no intestino grosso, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn.

Os fatores que mais contribuem para que uma pessoa desenvolva um ou mais pólipos no intestino são os seguintes:

  • A idade, já que são mais frequentes em quem tem mais de 50 anos;
  • Inflamações prévias no intestino, como colite ulcerativa e doença de Crohn;
  • Alimentação desequilibrada, rica em gorduras, açúcares, sódio e outros componentes que prejudicam a saúde quando consumidos em excesso;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Diabetes do tipo 2 fora de controle;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Casos de pólipo ou de câncer de intestino na família.

Observe que boa parte das causas está associada com os hábitos de vida das pessoas. Isso não deixa de ser algo positivo, afinal, significa que tomando certos cuidados, como se alimentar bem, se exercitar, evitar fumar e beber, é possível reduzir as chances de sofrer com esse problema.

Além disso, recomenda-se que as pessoas com mais de 50 anos façam uma colonoscopia anualmente, pois esse exame pode detectar a presença de pólipos.

No geral, os pólipos não costumam apresentar sintomas, mas quando eles aparecem, costumam ser os seguintes: percepção de sangramento no reto; dores abdominais e náusea; vômito; liberação de muco nas fezes; mudança de cor nas fezes; anemia. Detalhe importante: na maior parte dos casos, os pólipos são sintomáticos quando têm mais de 1 cm de diâmetro ou quando já evoluíram para um câncer.

Ao procurar o médico e ele confirmar a presença desse tipo de lesão no intestino, ele provavelmente vai solicitar uma biópsia, porque alguns tipos tendem a virar câncer. É possível remover os pólipos durante o exame, com a própria pinça da biópsia ou durante a colonoscopia (um dos exames que pode ser solicitado).

Quando o pólipo é grande ou não pode ser alcançado durante um exame, uma alternativa é a realização de cirurgia pouco invasiva, chamada de Mucosectomia. Em casos extremos ou quando o paciente é portador de alguma síndrome, é possível ser necessário remover o cólon e o reto. Nessa situação, a cirurgia obviamente é mais invasiva e se chama Retocolectomia.

Pólipos intestinais e câncer

Essa é uma das maiores preocupações para quem descobre pólipos intestinais: a possibilidade de ter câncer. Como já foi dito, essas lesões são essencialmente benignas, mas é verdade que em alguns casos elas podem se transformar em tumores cancerígenos. Quando isso acontece?

Há maior risco de isso acontecer quando os pólipos são planos e possuem mais de 1 cm de diâmetro. Inclusive, quanto maior o pólipo, maior também o risco. Também há mais risco de transformação em tumor maligno nos pólipos vilosos e túbulo-vilosos.

Quando o indivíduo tem mais de quatro pólipos adenomatosos em seu intestino, seus riscos de ter câncer também aumentam. Portanto, se a pessoa descobre que tem um pólipo tubular, de 0,5 cm, seu risco de ter câncer é muito pequeno. Por outro lado, se tem quatro pólipos vilosos com mais de 1 cm, já há mais motivos para se preocupar.

A melhor alternativa é remover qualquer pólipo com mais de 0,5 cm, para evitar que ele se transforme em câncer e acabe exigindo tratamentos mais invasivos, como a radioterapia e a quimioterapia, por exemplo. A prevenção é sempre o melhor caminho.

E é claro, quem já teve pode prevenir o aparecimento de novos pólipos, praticando atividades físicas, mantendo um peso adequado, evitando alimentos gordurosos, parando de fumar, evitando o excesso de bebidas alcoólicas e levando uma vida que seja o mais saudável possível. Isso não previne apenas pólipos, mas grande parte dos problemas de saúde existentes.