Resumo da Obesidade Infantil

A obesidade infantil é um problema grave e que vem crescendo assustadoramente, não só aqui no Brasil, como no mundo todo. Aqui em nosso país, dados demonstram que houve avanços significativos na redução da desnutrição das crianças, mas, por outro lado, os índices de obesidade estão aumentando nesse mesmo público.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em nosso país, cerca de 15% das crianças que têm entre 5 e 9 anos já estão obesas. E não é só isso: no total, um terço delas ainda não chegaram ao nível de obesidade, mas estão com o peso acima do que seria considerado recomendável.

Outro dado alarmante: conforme pesquisas de cientistas norte-americanos, as crianças dos Estados Unidos estão hoje uma média de cinco quilos mais gordas do que eram há 30 anos.

Obesidade Infantil

Leia a seguir um resumo da obesidade infantil, com as suas principais causas e consequências, e entenda porque é tão importante uma mudança de postura dos pais, a conscientização das crianças e também o desenvolvimento de políticas públicas nesse setor.

Resumo da obesidade infantil – principais causas

Em primeiro lugar, é importante conceituar: chamamos de obesidade infantil o excesso de peso verificado em bebês e em crianças de até 12 anos de idade.

Para cada idade, existe um peso que é considerado ideal, quando o peso da criança é 15% maior do que esse valor de referência, ela já é considerada obesa.

Aqui no Brasil, o maior fator que tem provocado um aumento da obesidade das crianças é a falta da prática de atividades físicas durante a idade escolar. O sedentarismo é um problema sério, associado ao modo de vida que as famílias levam hoje. Normalmente, os pais trabalham muito e a criança acaba passando o tempo livre que tem em casa em frente à televisão ou ao computador. Brincadeiras saudáveis, que estimulam a movimentação física parecem estar caindo em desuso.

Embora o sedentarismo seja uma das principais causas que levam à obesidade infantil, ele não está sozinho, a genética também é importante. Muitas vezes, a criança tem uma tendência maior para ganhar peso, por causa da sua hereditariedade. Isso não significa que, necessariamente, se pais obesos tiverem um filho, ele terá o mesmo problema, mas as chances provavelmente são maiores. Pais de peso normal, podem ter um filho obeso, justamente por
causa das outras causas.

A alimentação inadequada e nada saudável é outro ponto importante e que é um vilão da obesidade infantil. Muitas crianças estão com excesso de alimentos industrializados no cardápio e fazem do fast food uma rotina, normalmente, por hábitos repassados pelos próprios pais. O que acontece é que são alimentos ricos em calorias, gorduras, açúcares, sódio e pobres em nutrientes, de modo que além de colaborarem com a obesidade infantil, ainda provocam outros problemas de saúde, como diabetes e colesterol, por exemplo.

Estresse, ansiedade, depressão e outros problemas de ordem psicológica também favorecem a obesidade. A criança pode ter dificuldades para trabalhar com certos sentimentos e acaba “descontando” na comida.

Entre as consequências da obesidade infantil, podemos destacar:

• Doença cardíaca precoce;
• Hipertensão arterial;
• Depressão;
• Distúrbios do sono;
• Baixa autoestima;
• Colesterol alto;
• Problemas comportamentais;
• Esteatose hepática;
• Doenças respiratórias.

Resumo da obesidade infantil – como tratar

Depois que a obesidade infantil é diagnosticada pelo médico, existem algumas formas de tratá-la para reverter o problema:

• Medicamentos

No caso das crianças e adolescentes, não é muito comum o uso de medicamentos para tratar a obesidade, no entanto, eles representam uma opção. São mais utilizados quando o quadro já está mais avançado e quando a criança acabou adquirindo doenças decorrentes do excesso de peso.

• Alimentação

Os pais precisam adaptar a rotina da família a uma alimentação mais saudável, investindo em frutas, verduras e legumes; dando preferência aos carboidratos integrais ao invés dos tradicionais; evitando alimentos industrializados; cortando o consumo de refrigerantes; limitando o máximo possível as “guloseimas”; servindo porções adequadas nas refeições, considerando que a criança deve comer menos do que o adulto; reduzindo o hábito de ir comer em restaurantes e lanchonetes e dando o exemplo, obviamente.

• Atividades físicas

Provavelmente o médico vai recomendar que a criança comece a praticar alguma atividade física regularmente, a menos que exista alguma situação muito extrema que a impeça disso. Além de ajudar na perda de peso, os exercícios contribuem com a socialização, fortalecem os ossos e músculos e melhoram o sono.

A criança deve se exercitar diariamente, seja por meio de modalidades específicas ou passando algum tempo brincando ao ar livre.

• Cirurgia

É mais comum em adolescentes, e ainda assim, em casos extremos, ou seja, quando ele não conseguiu perder peso de forma satisfatória mesmo com todas essas medidas citadas anteriormente. A cirurgia bariátrica pode ter complicações como em qualquer outra, por isso, só é realizada quando realmente não há outra alternativa.

Prevenir a obesidade é sempre melhor do que ter que lutar contra ela.