Síndrome da banda amniótica

Biologia,

Síndrome da banda amniótica

A síndrome da banda amniótica, ou também chamada de bandas de constrição congênita ou sequência da banda amniótica, fundamenta-se me uma inusitada patologia natural gerada pelo enclaustramento de porções do feto por elos fibrosos próprios do saco amniótico encontrado no útero.

O crescimento do feto acontece no interior do saco amniótico que é formado por dois níveis: o mais externo chamado de córion, que revesti o útero, e o mais interno denominado de âmnio, que está localizado próximo ao feto. Dentro desse saco, o feto situa-se boiando no líquido amniótico.

banda amniótica

Considera-se que a síndrome da banda amniótica acontece quando o âmnio passa por certo rompimento, sem gerar danos ao córion, por esse motivo é considerado um rompimento parcial, e as bandas fibrosas começam a boiar no líquido amniótico acompanhado do feto, podendo ocasionar o enclausuramento de porções do mesmo, como pernas, braços, dendos, entre outros. Posteriormente, acontecerá o desenvolvimento fetal, porém das bandas não, gerando, dessa maneira, as compressões. Essa ultima ocasiona a diminuição da circulação sanguínea, sucedendo em anormalidades congênitas.

Calcula-se que esse tipo de síndrome se manifesta em cerca de um a cada 1200 nascidos vivos. Considera-se também que essa deformidade seja incumbida por provocar de 178 a 10000 de abortos. Além disso, supõe que a razão desse estado é acidental, uma vez que ao que tudo indica não existe aspectos hereditários ou genéticos envolvidos.

Diversas vezes, esse estado não é identificado anteriormente ao nascimento, pois as bandas são finas e complicadas de serem reconhecidas através da ultrassonografia. Em certos casos, as bandas são detectadas indiretamente, em virtude das compressões e inchaços dos dígitos ou membros. Dessa maneira, caso seja reconhecido qualquer indicio de banda amniótica, analises ultrassonográficas mais especificas devem ser feitas.

Consequências

A síndrome da banda amniótica apresenta consequência em razão das compressões geradas. Entre elas estão:

– anéis de compressão em torno dos braços, dígitos e pernas;

– linfema congênito; emagrecimento das pontas distal até a região de compressão;

– mutilação congênita de braços, dígitos e pernas;

– má-formação da face ou do pescoço, como fenda palatina e lábio leporino.

Eventualmente se as bandas amnióticas envolver áreas vitais para a permanência do feto, como por exemplo, o cordão umbilical, pode ser letal para o mesmo.

Sintomas

Em 1961, um especialista conhecido como Patterson divulgou um artigo no qual classificava a síndrome da banda amniótica em quatro grupos diferentes.

O primeiro grupo apresentava como sinais anéis de compressão simples. O segundo já era um pouco mais sério, apresentava anéis de compressão seguidos por má-formação distal possuindo ou não linfedema. Já o grupo três possui anéis de compressão seguidos por uma junção da falange distal acompanhada de uma acrossindactilia.

Por fim, o grupo de número quatro e o mais grave de todos, apresenta como sintoma principal a mutilações intra-uterinas.

Diagnóstico

Na maioria dos casos é gritante a presença da doença e pose de consistir em uma urgência nos neonatais no qual a brida amniótica pode colocar em perigo a porção distal, ocasionando uma mutilação por ausência de circulação.

Em situações onde se manifesta com dedos mais curtos, deve ser realizado o diagnóstico especifico com novos modelos de dedos pequenos, conhecida como Braquidactilia, no qual uma das desigualdades principais é o comparecimento do complexo ungueal, inexistente nas ocorrências de banda amniótica.

Tratamento

O tratamento é feito depois do nascimentos, sendo que em situações de má-formação executa-se cirurgias plásticas reconstrutivas. Tratamento ocupacional e fisioterapia podem ser essenciais em longo prazo.

Mais ocasionalmente, quando o diagnóstico é realizado ainda com o feto no útero, a intervenção cirúrgica fetal pode ser uma alternativa para tentar conservar um membro que está em situação de risco de mutilação ou má-formação. No entanto, esse processo geralmente não é feito caso porções vitais não estejam ameaçadas, como por exemplo, o cordão umbilical.