Síndrome da Hiperviscosidade do sangue

Biologia,

Síndrome da Hiperviscosidade do sangue

A síndrome da hiperviscosidade do sangue pode ser entendida como um distúrbio que ocorre na microcirculação do sangue devido ao aumento da sua viscosidade. Ainda há poucas informações descobertas sobre a síndrome, mas o que se sabe é que ela pode levar determinada pessoa ter as mais distintas manifestações clínicas. Com a síndrome o sangue passa a desempenhar com lentidão a sua circulação devido a sua forte resistência e consistência em circular apresentando quadros preocupantes para a saúde das pessoas.

A viscosidade que ocorre no sangue pode acontecer devido a alta concentração de componentes do sangue nas veias. Ou seja, o acúmulo da parte figurada do sangue (células) poderá levar o sangue a aumentar a sua viscosidade. Isso também ocorre pela alta quantidade de proteínas plasmáticas presentes no sangue. Para entender melhor essas proteínas e necessário se atentar que elas também são conhecidas como imunoglobulina monoclonal do mieloma ou simplesmente como “proteína M”.

Hiperviscosidade do sangue

A imunoglobulina monoclonal, ou na sigla IM, é um dos principais marcadores tumorais que podem ser encontrados no corpo. No caso, a imunoglobulina monoclonal representa uma espécie de resposta às mais variadas patologias devido a sua propriedade e função como proteína sérica que age como um anticorpo para defender o organismo de possíveis agressões. Com isso, quando a imunoglobulina monoclonal do mieloma chega a exceder o valor de 5 gramas por decilitro, o sangue passa a ter a consistência mais grossa, ou seja, sua viscosidade sanguínea é aumentada apresentando sintomas prejudiciais a saúde.

Com esse aumento de valor é possível caracterizar a imunoglobulina monoclonal do mieloma como uma expansão clonal plasmocitária na medula óssea e também a expansão da produção de imunoglobulina monocal, podendo ser chamada também de mieloma múltiplo. O mieloma múltiplo é uma das enfermidades que podem levar uma pessoa a desenvolver a síndrome da hiperviscosidade do sangue devido ao aumento da plasmocitária na medula óssea e também pela expansão de proteína M. Essa enfermidade pode levar a pessoa promover de forma rápida a destruição óssea, entre outros quadros, como a falência renal, supressão da hematopoiética e assim em diante.

Mas vale destacar, que não é apenas o mieloma múltiplo que pode resultar na síndrome da hiperviscosidade do sangue.

Causas da Síndrome da hiperviscosidade do sangue

Como dito antes há diversas causas da síndrome da hiperviscosidade do sangue e depende basicamente do caso de cada paciente. Como já foi citado, o mieloma múltiplo é uma das causas da síndrome da hiperviscosidade do sangue, assim como a policitemia vera, o macroglobulinemia de Waldenström, a leucemia, a síndrome paraneoplásica, entre diversos outros.

No caso da policitemia vera ocorre quando há uma grande quantidade de hemácias circulantes, que podem ser caracterizadas como as responsáveis pelo ciclo de troca de dióxido de carbono por oxigênio na circulação pulmonar, troca de oxigênio por dióxido de carbono nos tecidos periféricos e pelo “transporte” de dióxido de carbono de volta para os pulmões. Com essa grande quantidade de hemácias circulando é possível classificar a policitemia como uma das causas da síndrome da hiperviscosidade do sangue.

As causas da síndrome da hiperviscosidade do sangue variam desde problemas caracterizados com a alteração de componente plasmático até mesmo com alterações de componente celular. Veja quais doenças podem chegar a levar a pessoa ao quadro dessa síndrome:

– Por alterações do componente plasmático: mieloma múltiplo, hiperglicemia, hiperglobulinemia ou então macroglobulinemia;

– Por alterações do componente celular: eritrocitose, doença pulmonar obstrutiva crônica, desidratação, anemia falciforme, policitemia vera, aumento do hematócrito, distúrbio da deformidade das hemácias, leucemia mieloide crônica, leucemias agudas, entre outras;

Diagnóstico da Síndrome

O diagnóstico da síndrome pode ser constatado a partir da realização de exames específicos que irão medir a viscocidade do sangue, entre outros exames que possam ser realizados sem pretensão de encontrar alguma alteração. No caso de exames de sangue é possível realizar o diagnóstico da síndrome através do apontamento de possíveis alterações hematológicas que fazem parte da síndrome da hiperviscosidade.

O diagnóstico da síndrome pode ocorrer logo após o surgimento de manifestações clínicas que variam desde problemas renais, até mesmo distúrbios hematológicos, problemas cardiovasculares, alterações visuais e problemas que estejam relacionados ao sistema nervoso, como a cefaleia, surdez, convulsões, letargia, entre outros. O tratamento deve ser feito logo após o diagnóstico, podendo o médico responsável adotar diversos métodos para realizar o tratamento, como:

– Plasmaferese – um tratamento realizado a partir da retirada ou devolução de competentes do plasma sanguíneo;

– Quimioterapia – processo terapêutico que elimina as células cancerosas, no entanto, esse tratamento também acaba atingindo as células normais causando diversas reações no organismo da pessoa;

– Hidratação – Processo comum para reidratar determinada pessoa

– Transfusão de sangue – Tratamento que visa à transferência de sangue ou hemocomponente para o paciente que precisa;

– Flebotomia – Tratamento que realiza uma incisão na veia para diversos objetivos;