Sistema Locomotor dos Equinodermos

Biologia,

Sistema Locomotor dos Equinodermos

Os equinodermos são puramente marinhos, formados por uma estrutura de calcário que, mesmo não constituindo uma coluna vertebral, é essencial para a estrutura do corpo, porque é forte e bem desenvolvida.

A locomoção é a grande diferença do Filo Echinodermata, pois esses animais usam um sistema conhecido como Ambulacrário. Esse método baseia-se na penetração da água do mar do organismo do ser, por meio da placa madrepóritca, uma placa redonda cheia de poros, e o canal pétreo, sistema de canais, dentro do corpo.

Cada canal libera diversas ampolas, por onde saem os pés ambulacrários. A água entra pela placa madrepórica, avança por todo o sistema e é expelida pelas extremidades dos canais radicais. Ao atravessar as ampolas, pode ser forçada a adentrar nos pés ambulacrários, que se inflam para frente. Por esses pés apresentarem ventosas em suas pontas, o animal pode se prender a um substrato ou pegar um alimento. A contração dos demais músculos devolve a água para as ampolas, defini o estreitamento dos pés ambulacrários.

Equinodermos

É essa alteração de pressão da água no organismo que determina a dilatação ou contração dos pés, fazendo com que o animal se mova.

Filo Echinodermata

O filo Echinodermata é formado por aproximadamente 7.000 gêneros separados em cinco classes: Asteroidea , Crinoidea, Echinoidea , Holothuroidea e Ophiuroidea. O nome desse filo vem de duas expressões gregas: echinos, que quer dizer espinho, e derma, que designa pele, e diz respeito às saliências em formato de espinho encontradas na camada superior do corpo. Alguns exemplos de animais desse filo são: ouriço-do-mar, pepino-do-mar e estrela-do-mar.

O conjunto dos componentes desse filo apresenta vida livre, sendo atípicas as espécies parasitas. Muitos são apropriados para se firmar a rochas, enquanto os demais vivem fixos a lodos, areia ou madeira. Apesar da grande quantidade das espécies serem marinhas, algumas suportam a água barrenta.

Esses animais podem ser achados em todos os mares, de diferentes profundidades e latitudes, dos terrenos abissais a zonas entremarés, sendo mais numerosos na zona tropical do que nas águas geladas.

O sistema nervoso desses animais é muito pequeno, não apresenta nenhum tipo de órgão sensorial especifico, apesar de alguns possuírem células tácteis e olfativas. A grande parte dos equinodermos dispõe de um corpo com simetria radial, isto é, seu corpo é separado em partes iguais que se unem a base central. Existem também os pentaradiais, com cinco partes idênticas, isso normalmente está presente nas estrelas-do-mar.

Na questão embriológica, os equinodermos se parecem muito com os cordados, pois apresentam celoma verdadeiro e sem deuterostômios.

O sistema circulatório é hidrovascular, característica exclusiva desse filo. Apesar disso, também possuem um sistema hemal e peri-hemal, que são parcialmente unidos ao celoma. O sistema digestivo é completo, formado por boca e ânus.

No ouriço e na bolacha-da-mar é capaz de achar uma armação mastigadora composta por cinco dentes, conhecida como Lanterna de Aristóteles, movimentada por músculos.

Reprodução dos Equinodermos

– Sexuada

Os equinodermos fazem reprodução sexuada, ou seja, reprodução com a presença de gametas. Eles apresentam sexos divididos e a fecundação externa acontece na água. Apresenta desenvolvimento indireto, uma vez que as larvas se convertem em animais novos com forma particular.

– Regeneração

Quando uma parte do corpo dos equinodermos é cortada, em pouco tempo outra nasce no lugar. Esse caso de regeneração de um pedaço do corpo desempenha uma vantagem para esses seres, que, quando atingidos “oferecem” um pedaço do seu corpo para o predador, enquanto procuram um lugar para se esconder.

Se o centro do animal estiver inteiro, existem espécies de estrela-do-mar que podem se movimentar e se sustentar com apenas um dos tentáculos, enquanto acontece o processo de regeneração por meio das divisões celulares.

Classes dos Equinodermos

– Echinoidea

Seres de corpo circular, sem braços, com espinhos flexíveis e fino como, por exemplo, ouriço-do-mar e bolacha-do-mar.

As bolachas-do-mar se alimentam de grãos orgânicos. Já os ouriços-do-mar, se nutrem de plantas do mar e grãos orgânicos. Sobrevivem em rachaduras de rochas envolvidas pela água do mar. Apresentam menor capacidade regenerativa.

– Asteroidea

Composta pelas estrelas-do-mar, residentes das costas marinhas, rochas e praias. Apresentam, frequentemente, cinco braços que não se originam de um disco central.

As estrelas-do-mar são carnívoras e necrófagas.

– Crinoidea

Composta pelos lírios-do-mar, ser de braço dividido e muito luminoso. Vivem em regiões mais profundas, também nas áreas abissais, grudados por pés ao solo ou a recifes de corais.

Nutrem-se por detritos e plâncton microscópico.

– Holothuroidea

Composta pelos pepinos-do-mar, animais de corpo comprido e mole, por causa da inexistência de carapaça. Vivem, normalmente, enterrados. São parasitas e comensais de determinadas espécies de anelídeos, como peixes e caranguejos.

– Ophiuroidea

Composta pelas serpentes-do-mar, seres noturnos que, no decorrer do dia, se penetram no substrato ou se camuflam sob as plantas e rochas. São semelhantes as estrelas-do-mas, mas possuem braços maios longos, articulados e fino, que começam no disco central. Esse tipo de espécie é raspadora e necrófaga.