Tecidos de sustentação

Biologia,

Tecidos de sustentação

A histologia vegetal é o ramo da biologia que se dedica ao estudo dos tecidos dos vegetais. Isso mesmo, tal como os animais, os seres vivos vegetais também têm a estrutura do seu organismo organizada em células, que se unem para formar os mais diversos tecidos. E como sabemos, cada tecido acaba tendo uma função específica e fundamental para a manutenção da vida daquele ser.

Os tecidos de sustentação são bem característicos dos vegetais, sendo que são dois: o clorênquima e o esclerênquima, cuja principal função é reforçar a estrutura dos vegetais nos quais se encontram. Sendo assim, esses tecidos são os grandes responsáveis pela rigidez de uma árvore, por exemplo, e também pela resistência a processos mecânicos naturais.

Saiba mais sobre cada um dos tecidos de sustentação dos vegetais a seguir, conferindo os detalhes a respeito de cada um deles.

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Colênquima

A principal diferença do colênquima quando comparado ao esclerênquima é o fato de que esse é um tecido formado por células vivas, por ser originado no meristema fundamental. Mas o que isso significa? Significa que, além de ser um tecido de sustentação, ele também colabora com o processo de crescimento do vegetal.

As células do colênquima são mais alongadas e ficam justapostas, sem serem lignificadas. Esse tecido é predominante no caule do vegetal e fica logo abaixo da epiderme. Observando visualmente o colênquima, é fácil perceber que ele é formado por feixes de células longitudinais, o que até sugere essa ideia de crescimento.

Esse tecido é dotado de água, celulose e substâncias pécticas, ou seja, grandes moléculas glicídicas. Além disso, as células do colênquima também podem conter as organelas chamadas de cloroplastos, nesse caso, têm a capacidade de realizar fotossíntese, por meio da qual os vegetais obtêm energia.

Outra característica bem marcante desse tecido de sustentação é o fato de que há um espaçamento relativamente grande entre as células, aliás, esses espaços entre elas são bastante desiguais, não há um padrão. O fato de as células não ficarem “grudadas” umas nas outras é interessante porque permite uma absorção maior da luz do sol, que como sabemos, é matéria-prima fundamental para a alimentação autotrófica dos vegetais.

Como ele é bastante resistente a possíveis rupturas, garante que o vegetal tenha sustentação e flexibilidade ao mesmo tempo.

O tamanho médio das células que formam o colênquima é de um milímetro de comprimento e 40 micrômetros de diâmetro.
Elas possuem uma alta capacidade de divisão, fato importante para o crescimento da planta.

Já dissemos que o colênquima aparece predominantemente no caule dos vegetais, mas falta dizer que ele pode estar de duas formas: como uma espécie de cilindro único e contínuo (como acontece no sabugueiro), ou então em cordões separados (por exemplo, na aboboreira).

Os tipos de colênquima são os seguintes:

• Lamelar
• Lacunar
• Angular
• Anelar

Esclerênquima

Ele também faz parte dos tecidos de sustentação vegetal, mas com o grande diferencial de ser composto por células mortas. Por isso, não podemos dizer que ele atua no crescimento dos seres vivos nos quais se encontra, uma vez que isso não acontece.

As células que formam o esclerênquima são bem alongadas, assim como a do tecido anterior. No entanto, suas paredes são impregnadas de grande quantidade de lignina. Podemos dizer que quando um vegetal atinge a sua fase de maturidade, ele ganha uma forma definida, porque já passou do processo de crescimento. Assim, a elasticidade, típica do esclerênquima, acaba sendo mais importante do que a plasticidade, característica do colênquima.

Ainda falando sobre as células, no geral elas têm uma constituição simples: são formadas pela parede primária, que é a mais externa e também mais fina; pela parede secundária mais grossa pela presença de lignina, e pelo lúmen, que é um espaço onde, anteriormente, ficava o citoplasma celular.

Se o vegetal tivesse apenas colênquima, que é um tecido plástico como dissemos, ele sofreria e se deformaria por causa de agentes externos constantemente. O vento, por exemplo, seria capaz de deformar um vegetal já maduro. No entanto, isso não acontece porque o esclerênquima impede.

Podemos encontrar o esclerênquima ao redor do caule, sementes e de frutos que ainda não amadureceram e isso funciona como um mecanismo de defesa dos vegetais contra os animais. As paredes secundárias das células do esclerênquima são formadas por lignina e essa substância não pode ser digerida. Por isso evita que insetos e animais no geral alimentem-se desse caule/sementes/frutos.

O esclerênquima também aparece ao redor de tecidos vascularizados, conferindo maior proteção a eles. Ao redor daquelas sementes bem rígidas e na superfície de cascas de árvores, esse tecido de sustentação também está presente.

Assim como o colênquima, existe mais de um tipo de esclerênquima, mas nesse caso são dois:

• Fibra esclerenquimática: células mais longas e sem ramificações;
• Esclereide: células mais curtas e/ou com ramificações em suas extremidades formam um tecido mais rígido.

Os tecidos de sustentação são fundamentais para que a planta atinja a maturidade e sobreviva.