Sofistas na Filosofia: Relativismo e a busca pela Verdade

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Sofistas na Filosofia: Relativismo e a busca pela Verdade

Sofistas

Ainda que reafirmasse sua própria ignorância com relação à verdade sobre as coisas, Sócrates, contemporâneo de muitos filósofos sofistas, sempre acreditou que existisse uma verdade a que se possa atribuir universalidade.

Na visão de Sócrates, há um significado verdadeiro e definitivo para a noção de bem, de justiça, verdade, beleza, ética, etc…

Platão, discípulo de Sócrates, entendeu que essas respostas estavam na compreensão de um estágio superior à impressão decorrente dos sentidos e da experiência humana. Em outras palavras, era preciso se distanciar da turba para buscar a verdade.

A verdade e os sofistas

Sócrates e Platão se opunham aos sofistas, que propunham outro entendimento acerca da verdade. Na visão dos sofistas, não havia uma verdade absoluta. Toda verdade devia ser vista como relativa, tendo seu valor e reconhecimento condicionado pela circunstância.
Dotados de grande capacidade retórica, condicionavam o reconhecimento da verdade ao convencimento. Em outras palavras, não há verdade que se possa impor. É preciso que haja convencimento, inclusive em questões relacionadas à moralidade: o que é ou não imoral.

Assim como Sócrates, Platão e Aristóteles, os sofistas adotaram como objeto de análise a condição humana. Sua matéria é o pensamento, o desejo, o sentimento e a busca pelo bem estar humano.

Os sofistas são agnósticos. Não rejeitam totalmente a existência dos Deuses, mas entendem sua existência como improvável. Se, no entanto, existissem deuses, eles não seriam de acordo com a tradição grega, ou seja, com forma e pensamento humanos. Aliás, rejeitavam não a existência, mas a tentativa de explicar questões de ordem metafísica. Suas ideias surgiam da apreciação da realidade com o objetivo de transformá-la. Não estavam interessados na origem dos seres, se existia ou não vida após a morte e outras questões abstratas.

Os sofistas mais conhecidos foram Protágoras de Abdera, Górgias de Leontinos, Hípias de Élis, Isócrates de Atenas, Pródicos, Licofron e Trasímaco.