Câmara Escura

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Câmara Escura

A câmara escura é caracterizada por ser o primórdio do que conhecemos hoje como fotografia. Esse mecanismo nada mais é do que uma sala, ou caixa, que possui uma abertura em um de seus cantos, na qual promove-se a entrada de luz a fim de que ela atinja a superfície interna, onde será reproduzida a imagem em sua forma invertida.

A história de criação da câmara escura

Há registros de que as primeiras câmaras escuras surgiram na China, no século V a.C.. Há também quem diga que ela teve origem na Grécia, durante o século 4 a.C., com Aristóteles. Mas, foi somente no século XVIII, a partir das adaptações feitas por Robert Hooke, criador do microscópio e de Robert Boyle, que as câmaras escuras se tornar portáteis e consequentemente disponíveis, sendo largamente utilizada por artistas e por amadores, como por exemplo Johannes Vermeer, um pintor holandês. No século XIII, os ingleses utilizaram esse mecanismo para observarem de maneira segura os eclipses solares. O mecanismo das câmaras escuras foram tempos depois, adaptadas, e deram origem ao que conhecemos hoje como fotografia.

Câmara

Não existem muitos exemplares desse mecanismo disponíveis nos dias de hoje. No entanto, alguns exemplares podem ser encontrados em alguns lugares do mundo. Algumas foram construídas exclusivamente para os turistas, embora existam muitas poucas unidades. O Brasil também possui um exemplar de câmara escura. Esta está localizada no Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, na cidade do Rio de Janeiro. No Castelo de São Jorge, localizado em Lisboa – Portugal, existe ainda uma câmara escura que possui um gigante periscópio. Através desse, a cidade pode ser observada em movimento.

Se você quer saber como esse mecanismo funciona, saiba que é possível construir uma câmara escura em sua casa. Para isso você vai precisar de uma caixa, na qual será feito um orifício pequeno em um dos lados da parede. É necessário que essa abertura tenha o tamanho suficientemente pequeno, já que os raios luminosos têm que acerta a parede de trás, em qualquer parte. Assim, quanto menor for a abertura mais definida será projetada a imagem na parede traseira. Com esse mecanismo tão simples, a imagem ficará invertida sempre. No entanto, com o uso de espelhos, a imagem será projetada de uma maneira que ela não fique ao contrário.

Resumo do que é a câmara escura e a maneira que esse mecanismo funciona

A câmara escura é caracterizada como sendo a primeira grande descoberto no que se refere à fotografia. Ela nada mais era, do que uma caixa com paredes opacas, na qual um dos lados possuía um orifício e do outro, era colocado uma superfície fotossensível.

Podemos dizer, que o funcionamento deste mecanismo possui uma natureza física. Na câmara escura, a luz é propagada de maneira retilínea, que comporta que os raios de luminosidade que alcançam o objeto e que passam pelo orifício da câmara sejam projetados no lado que possui o recurso fotossensível.

A fotografia só foi desenvolvida por inteira durante o século XIX, no entanto, a câmara escura, segundo estudiosos era utilizada desde a Antiguidade. Aristóteles por exemplo, um importante filósofo da Grécia, a utilizava com o objetivo de promover observações astronômicas. Algum tempo depois, durante o século XXI, observava eclipses solares, e também fez uma referência à câmara escura. No século XIV, muitos artistas, na hora de produzir pinturas e desenhos utilizavam essa técnica da câmara escura. Na época que conhecemos como Renascimento, o grande Leonardo da Vinci escreveu uma obra sobre o mecanismo que era capaz de capturar imagens. Já no século XVII, com a finalidade de melhorar a captura das imagens e a qualidade dessas, foi implantado na câmara escura um sistema óptico.

A nitidez do objeto e a relação do tamanho do orifício, no entanto, gerava um problema. Isso porque os traços eram mais nítidos quando o orifício também era menor. Porém, na imagem que era produzida acontecia um escurecimento considerável quando a quantidade de luz que entrava era menor. Por este motivo, no ano de 1550, Girolamo Cardano, um físico italiano desenvolveu um mecanismo de uso de lentes. Girolamo considerou a capacidade que o vidro possuía de refração, ou seja, de converges os raios luminosos que eram refletidos no objetivo, fazendo com que fosse possível a formação de uma imagem clara, nítida e puntiforme.

Ao longo da história foram produzidas muitas câmaras escuras, desde câmaras pequenas até câmaras gigantes, na qual algumas chegam a ter o tamanho de quartos. Atualmente, existem poucas câmaras escuras, mas em algumas partes do mundo é possível se encontrar essas raridades, como por exemplo no Rio de Janeiro (Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz), em Grahamstown na África do Sul, em Santa Monica, em Bristol na Inglaterra, em São Francisco na Califórnia, em Kirriemuir Dumfries na Escócia e também em Edinburgh na Escócia.