Eletricidade: Eletrostática, Eletrodinâmica e Eletromagnetismo

Física,

Eletricidade: Eletrostática, Eletrodinâmica e Eletromagnetismo

Quando o filósofo grego Tales de Mileto, em torno de 600 a.C., esfregou um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, notou que pedaços de palha e fragmentos de madeira estavam sendo atraídos pelo âmbar. Entendeu-se que os objetos possuíam uma espécie de “alma” que eram capazes de ser eletrizados por determinados objetos. O erro da teoria foi acreditar que isso se devia ao magnetismo, e não à eletricidade. Ainda assim, a importância da descoberta de Tales de Mileto foi tão importante que a palavra eletricidade vem da palavra de origem grega eléktron, que significa, em sua tradução, âmbar.

Por vários milênios, esta ideia restringiu a interpretação de fenômenos que envolvessem cargas elétricas aos curiosos. No século XVI, um físico e médico inglês de Elizabeth I e James I, chamado Willian Gilbert, divulgou uma pesquisa que tratava da diferenciação do magnetismo da eletricidade, introduzindo alguns dos termos mais importantes e corriqueiros na física, como polos magnéticos e força elétrica. O inglês se tornou um importante pesquisador de magnetismo e eletricidade.

Eletricidade

O químico francês, Charles Du Fay, se aprofundou nos estudos detalhados do fenômeno da repulsão em corpos carregados. Ele descobriu que, além da conhecida atração, os objetos carregados poderiam se repelis em certas circunstâncias, concluindo que só poderiam, então, existir duas diferentes espécies de eletricidade, sendo uma, conforme o material de referência, vítrea, correspondendo ao que entendemos hoje por carga positiva e outra resinosa, a forma da carga negativa.

Uma invenção de suma importância para o conhecimento dos conceitos da eletricidade foi o para-raios de Benjamin Franklin. Sua teoria era de que a eletrização de dois corpos que sofressem atrito entre si era a falta de um dos dois tipos de eletricidade em destes corpos. Em 1750, ele propõe que a eletricidade possa ser considerada um fluido que passava de um corpo para outro. Tal teoria permaneceu até o século XIV, quando, em 1897, J.J. Thompson, em uma experiência com raios catódicos, descobriu a existência dos elétrons. Seus estudos sintetizaram que a matéria, independentemente de suas propriedades, contém partículas de mesmo tipo, mas de massa muito menor do que a dos átomos dos quais fazem parte. Seu pensamento levou à descoberta de um “corpo” ainda menor que um átomo de hidrogênio, as quais foram denominadas corpúsculos, posteriormente conhecidas por elétrons. Sua teoria foi demonstrada através de um experimento em que comprovava a existência dos elétrons nos raios catódicos, após a passagem da corrente elétrica em um tubo de vácuo.

Michael Faraday, em 1831, descobriu que a indução de uma corrente em uma bobina próxima se deve à variação na intensidade da corrente elétrica que percorre um circuito fechado. A mesma corrente induzida é percebida ao se introduzir um ímã em uma bobina. Tal indução magnética foi imediatamente aplicada na geração de correntes elétricas. Uma bobina próxima a um ímã que gira é o que entendemos por gerador de corrente elétrica alternada. Geradores foram aperfeiçoados até que se tornaram as principais fontes de suprimento de eletricidade, utilizada, principalmente, na iluminação.

Em Gare du Nord, em Paris, no ano de 1875, foi instalado um gerador para que as lâmpadas do arco da estação fossem ligadas. Máquinas a vapor foram feitas para que movimentassem os gerados, dando o primeiro passo em direção à invenção das turbinas a vapor e turbinas para utilização de energia hidrelétrica. Foi em 1886 que a primeira hidrelétrica foi instalada, nas cataratas do Niágara.

Inicialmente foram criados condutores de ferro para que acontecesse a distribuição de energia elétrica. Tempo depois, o ferro foi substituído pelo cobre até que, em 1850 os fios fossem fabricados com uma cama de isolante de guta-percha vulcanizada, ou ainda uma camada de pano.

Hoje, sabe-se que a eletricidade é a parte da ciência que estuda os fenômenos relacionados devido à existência de cargas elétricas nos átomos que compões a matéria. Considerando que átomos são formados por prótons (carga positiva), nêutrons, localizados no núcleo do átomo, e elétrons (carga negativa).

Desde então, não conseguimos mais imaginar o que seria de nossas vidas sem energia elétrica. Desde a lâmpada que ilumina nossas casas, as ruas, as cidades e estradas, até toda a aparelhagem utilizada no dia a dia a partir da energia elétrica disponível. Ainda, não podemos nos esquecer da importância da energia elétrica na evolução dos meios de comunicação.

As Partes da Eletricidade

É possível repartir a eletricidade em três: a eletrostática, a eletrodinâmica e o eletromagnetismo.

• Eletrostática

• Eletrodinâmica

• Eletromagnetismo

Depois de toda a evolução dos conceitos e conhecimento da eletricidade, só nos resta aprender a produzi-la de forma a reduzir os danos provocados à natureza.