Equilíbrio estático e dinâmico

Física,

Equilíbrio estático e dinâmico

Na maioria das vezes, ciências como a Química e a Física parecem ser verdadeiros “bichos-de-sete-cabeças” para boa parte das pessoas que sempre fugiram das ciências exatas na escola. Entretanto, basta centrar a cabeça e se deixar envolver pela beleza dessas duas disciplinas para compreender que, na maioria das vezes, nosso preconceito é o grande responsável por nos afastar de vez delas e impedir nosso entendimento pleno a respeito do que elas estão falando.

Equilíbrio estático e dinâmico

Isso porque, em muitos momentos basta um olhar atento ao que dizem os enunciados científicos para descobrir do que exatamente elas estão falando, sem que seja necessário qualquer desgaste com contas e cálculos. Esse é o caso por detrás desses conceitos de equilíbrio estático e dinâmico. Isso porque ambos, na realidade, são completamente passíveis de serem compreendidos por uma análise meramente semântica de si.

Quando pensamentos em equilíbrio, qual é a primeira imagem que nos vem a cabeça? Certamente você falou em uma “balança” ou em alguma outra imagem análoga, como, por exemplo, um equilibrista em cima de uma corda bamba, o que, a rigor, ainda evoca a ideia de um corpo central que tenta equilibrar nos pólos de seu eixo horizontal dois pesos e duas medidas. Indo um pouco mais a fundo: quando pensamos na ideia de algo estático ou algo dinâmico, qual é o conceito central sobre o qual estamos falando? Acertou se você respondeu “o movimento”. Afinal de contas, é o movimento o principal responsável por fazer com que uma coisa parada passe a ser dinâmica. Essa relação entre ambos os estados, isto é, o estado estático e o estado dinâmico, é permeada por uma ideia de que as partículas podem estar agitadas ou relaxadas, dependendo disso a situação final em que elas se encontram. Mas, de todo modo, quando retomamos nesse contexto a ideia de um equilíbrio, se ele é estático ou dinâmico, tudo depende das condições que levam a esse estado.

Apesar desses enunciados que já ditam as regras e as leis da Física há algum tempo e que, sem dúvida nenhuma, são os verdadeiros pontos de partida para qualquer análise acerca das relações entre equilíbrio e movimento, é possível se afirmar que a capacidade de equilíbrio natural entre os corpos já é consenso entre os estudiosos, porque é indubitável o seu reconhecimento como capacidade coordenativa.

Ainda sim, algumas outras divergências se situam nesse canto, e dois tipos distintos de equilíbrio sempre foram identificados operando em boa parte das nossas atividades do cotidiano. E é justamente a esses dois tipos de equilíbrio, que se dão os nomes de “equilíbrio estático” e “equilíbrio dinâmico”, como mencionamos anteriormente. Isto porque a manutenção de uma posição muito particular de um determinado corpo com um mínimo de oscilação é sempre denominada como uma condição de “equilíbrio estático”. Por sua vez, o “equilíbrio dinâmico” é considerado como a manutenção de uma postura durante o desempenho de uma habilidade motora que, por sua vez, tende a incidir numa situação de perturbação em relação a orientação do corpo posto em situação.

Conceituando pela Física: o equilíbrio estático e dinâmico

Para que os conceitos enunciados possam ganhar certa materialidade, vamos supor um corpo que esteja em equilíbrio quando a somatória de todas as forças que em cima dele atuam estiver nula, isto é, estiver igualada a zero. Nesse momento, convém então retomar a chamada “Primeira Lei de Newton”, que evoca o seguinte enunciado: quando a resultante das forças que estão atuando sobre determinado corpo em situação se igualar a zero, ou seja, atingirem a zona neutra da nulidade, esse corpo permanecerá sempre em estado de repouso, ou, em uma exceção condicionada, estará no chamado “Movimento Retilíneo Uniforme”, também conhecido na Física como “MRU’.

Dessa maneira, é possível depreender que o equilíbrio de um determinado corpo pode e deve ser classificado a partir das seguintes condições:

1) Equilíbrio estático: o objeto em questão se encontra em uma situação de repouso absoluto;

2) Equilíbrio dinâmico: o objeto em questão se encontra em um movimento conhecido como “Movimento Retilíneo Uniforme”, ou “MRU”.

Condições diferentes para os tipos de corpos

Devemos ainda levar em consideração outro aspecto importante para analisar essa situação do equilíbrio dos corpos. Independente de sua condição de movimento, o corpo em situação pode apresentar três tipos de equilíbrio: o chamado “equilíbrio estável”, o “equilíbrio instável” e o “equilíbrio indiferente”.

No chamado “equilíbrio estável”, o corpo realiza um pequeno deslocamento em relação a sua posição inicial de equilíbrio, isto é, quando ele é abandonado, para em seguida retornar à sua posição inicial.

No caso do “equilíbrio instável”, uma vez que se retira o objeto de sua posição de equilíbrio, a sua tendência é, aos poucos, ir se afastando cada vez mais na medida em que ele vai sendo abandonado.

Já no chamado “equilíbrio indiferente”, quando é deslocado, o objeto em questão vai permanecer em sua situação de equilíbrio só que dessa vez em uma nova posição.