Iniciação Científica

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Iniciação Científica

Se você é, já foi, ou pretende ser um universitário, certamente já deve ter ouviu falar em iniciação científica. Essas duas palavrinhas são sinônimo de desespero para alguns, ou, oportunidade para outros.

Vem com a gente descobrir o que ela vai ser pra você.

O que vem a ser a Iniciação Científica?

Definida como uma forma de pesquisa desenvolvida em cursos de graduação por estudantes das Instituições de ensino superior nacionais, a iniciação científica se aplica, e existe, em todas as áreas de conhecimento.

Científica

Entretanto, hoje já é possível encontrar oportunidades de iniciação científica não apenas nas universidades, mas também, durante o Ensino Médio, a seguir falaremos mais sobre o assunto.

Principais financiadores e características

Atualmente, no Brasil o grande responsável por financiar atividades de iniciação científica na esfera Federal é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica). Além disso, existem Agências Estaduais de Pesquisa, como é o caso da Fundação Araucária no Paraná, da FAPESP em São Paulo e da FAPERJ no Rio de Janeiro.

O nome “iniciação científica” vem do fato de esse ser o primeiro contato de muitos estudantes com o campo da pesquisa científica, e, portanto, do ato de pesquisar em si.

Todo, e qualquer, trabalho de iniciação científica apresenta um tema, o qual deve ser desenvolvido pelo aluno mediante o acompanhamento de um professor orientador. Há muitas Instituições que tem ainda a disposição do “jovem pesquisador” laboratórios e grupos de pesquisas específicos, tudo para que o aluno possa desenvolver um trabalho de qualidade, que efetivamente, trará resultados e observações relevantes para o campo de pesquisa do estudante.

Como você deve ter observado a Iniciação Científica exige muito do estudante, por isso, na maioria dos casos é paga uma bolsa – espécie de ajuda de custo – que varia em torno de R$350,00, ou, pouco mais de R$400,00 mensais.

O que o aluno faz na iniciação científica?

É interessante que muitas Instituições caracterizam a iniciação científica como produção de conhecimento, e durante essa fase prática o estudante – que agora também é um pesquisador – deve focar na pesquisa acadêmica, buscando uma maneira diferente de se expressar, utilizando uma linguagem também mais acadêmica.

Mas antes de apresentar os resultados da pesquisa em eventos, ou mesmo para o orientador, é necessário percorrer um longo caminho desde a coleta de dados, até a análise destes, passando ainda pelos referenciais teóricos que devem ser pesquisados, e então, sistematizados de maneira a compor a pesquisa mais completa possível.

Para, além disso, é válido ressaltar que “passar para o papel” toda e qualquer experiência durante o processo de pesquisa ajuda a enriquecer o trabalho como um todo. Afinal, cada passo dado na pesquisa pode enriquecer ainda mais os resultados finais.

A iniciação científica no Ensino Médio

Como mencionado no início desse artigo, as possibilidades de vislumbrar uma carreira no campo da pesquisa científica podem começar cada vez mais cedo, por exemplo, dentro do próprio Ensino Médio.

Foi em meados de 2003 que o CNPq resolveu ampliar seu programa de pesquisas científicas para estudantes do segundo grau, o nome dado ao projeto foi: Iniciação Científica Júnior. A Instituição acredita que tão logo o aluno inicie trabalhos no campo da pesquisa, mais rápida será sua formação profissional como um futuro pesquisador.

Apenas entre os anos de 2010 – 2011 foram disponibilizadas cerca de oito mil bolsas para estudantes do Ensino Médio, o PIBIC – EM se tornou um sucesso graças ao interesse dos estudantes.

O próprio Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico lista que um dos objetivos do projeto é criar uma “cultura científica” cada vez mais precoce nos estudantes, que entram em contato com pesquisas científicas já no Ensino Médio.

Lembrando, que assim como os universitários os estudantes de segundo grau também recebem o auxílio de um orientador e de uma Instituição de Ensino Superior.

Se você ainda está no Ensino Médio, mas mesmo assim tem interesse pela proposta da iniciação científica para esse público específico pode se informar na sua própria escola se a mesma apresenta estrutura para tal projeto. Na sequência poderá preencher o formulário de inscrição no próprio site do CNPq: www.cnpq.br.

Mas nem tudo são flores

Diante de todo esse material, cabe ressaltar que apesar de apresentar um grande número de pesquisadores, mestres, doutores e mesmo grupos de pesquisa o Brasil tem passado por um período difícil onde a educação ainda se vê ameaçada com possíveis cortes orçamentários.

Enquanto isso assistimos a uma desvalorização do profissional da ciência que, por esse motivo, tem buscado refúgio em outros países que possam lhe oferecer chances de crescimento profissional.

Mas o fato é: não se pode negar o esforço, tanto por parte das Instituições, quanto por parte, dos Governos Federal e Estadual em estabelecer metas para pesquisa científica, e mais, destinar a ela certa quantia de seus investimentos, contudo, o Brasil ainda tem muito que engatinhar até conseguir caminhar com as próprias pernas, pelo menos nesse campo.