Resistência Variável

Física,

Resistência Variável

E hoje vamos abordar mais um tema da química relacionado à eletricidade: resistência variável. Resistência variável nada mais é do que uma variante da resistência elétrica e para começar nossos estudos, vamos entender o que significa resistência elétrica.

Imagine que um determinado material irá receber uma corrente elétrica. Resistência elétrica nada mais é do que a capacidade deste material de resistir a corrente elétrica que passa por ele. Essa resistência é facilmente calculada pela fórmula: R = U/i, onde R representa a resistência elétrica, U é a diferença de potencial aplicada entre os terminais do material e i é a corrente elétrica. Sendo assim, corrente e resistência elétrica são grandezas inversamente proporcionais.

Resistência

Descoberta pelo físico alemão George Simon Ohm, a Lei de Ohm define como condutor ôhmico os materiais cuja resistência não se altera, a temperaturas constantes, independentemente da diferença de potencial da qual sofre a ação. Porém, nem todos os condutores se enquadram nessa característica: alguns condutores podem apresentar variações no quociente de resistência à medida que a temperatura é alterada.

Esses condutores, que apresentam resistência variável são os que sofrem as variações, que em alguns casos é bem grande, em razão de constituírem-se de diferentes materiais, temperaturas do fio e área da seção reta do mesmo.

E nos componentes de resistência variável também há uma variação significativa na proporção entre resistência e temperatura em função do material do qual se constituem: enquanto nos metais, a resistência aumenta à medida que a temperatura aumenta (proporção direta), em outros materiais, como o carbono, por exemplo, o aumento da temperatura faz com que a resistência decresça (proporção inversa).

Então nem toda Resistência Elétrica é uma Resistência Variável?

Definitivamente não. Como vimos acima, ser ou não uma Resistência Variável depende do material do qual é formada essa resistência. Essa variação pode ser explicada: o número de elétrons do qual se constitui um material e a mobilidade destes elétrons dentro da estrutura do mesmo é fator determinante na definição da Resistência Elétrica.

Sendo assim, quanto maior o número de elétrons livres, maior a resistência elétrica do material e quanto maior a facilidade para os elétrons transitarem na estrutura do material, menor será a resistência.

Os aparelhos usados para resistir à passagem de corrente elétrica são denominados resistores. Um resistor que trabalha com resistência variável pode ser ajustado, na maior parte das vezes, manualmente, através da regulagem de um elemento helicoidal que pode ser de muitas ou poucas voltas.

Os aparelhos mais conhecidos que atuam com resistência variável são: reostato (utilizado em altas correntes, composto de um terminal fixo e outro móvel), potenciômetro (responsável pela manutenção do volume em amplificadores de áudio), varistores (previne a ocorrência de curtos-circuitos, ou em para-raios, pois apresenta resistência muito alta quando submetido a baixas voltagens e muito baixas quando expostos a altas voltagens), termistores (normalmente compostos de platina ou níquel, nos modelos PTC – a resistência sobe junto com a temperatura – ou NTC – a resistência cai quando aumenta a temperatura ou ainda LDR, cuja resistência cai á medida que a luminosidade aumenta, sendo controlada pela luz e não pela temperatura), dentre outros.

A Resistência Variável é muito utilizada em sistemas que precisam de uma variação gradativa, como por exemplo, a que é utilizada para o volume da TV, que pode ser aumentado gradativamente, ou para as luzes do painel do seu carro que também podem variar de intensidade.

Características do Resistor Variável 2

Um Resistor Variável normalmente é constituído por uma haste que desliza sobre um condutor. O tamanho do condutor e, consequentemente, sua resistência também costumam variar de acordo com a aplicação a que se submetem.

Para baixas correntes, o resistor variável pode ser composto por uma trilha de carvão, enquanto nas mais altas, precisa de um fio para funcionar adequadamente. A variação da corrente pode se estender por toda a capacidade do reator e um mesmo aparelho pode funcionar como reostato (a corrente varia) ou potenciômetro (a tensão varia).

Por exemplo, quando um resistor variável é ligado dentro de um circuito, associado a um medidor de fluxo de corrente, conforme a haste do resistor é estimulada a mover-se para um lado ou para o outro, ocorre variação entre alta resistência e nenhuma resistência.

Um resistor variável muito conhecido utilizado internamente em alguns equipamentos é o trimpot, que é um tipo mais simples de resistor. Este modelo não possui eixo, apenas uma fenda onde pode se encaixar uma chave de fenda ou Philips.

• Unidade no Sistema Internacional de Unidades: Ohm
• Símbolo: Ω
• Valores de resistência: variáveis (normalmente essa informação vem impressa no resistor)

Atenção: Não confundir resistência variável com resistência ajustável: as resistências variáveis são reguladas pelo utilizador, como o controle do som do seu rádio, por exemplo. Já as ajustáveis atuam no desempenham de circuitos e já vem com ajuste de fábrica, inacessíveis ao utilizador. Fique ligado!