Divisão do trabalho

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Divisão do trabalho

A expressão ‘divisão do trabalho’ já é utilizada há algum tempo. Diferentemente do que o senso comum atribui a ela, a verdade é que essa área de conhecimento está presente não só que se refere à educação e economia, mas principalmente à sociologia, história, antropologia, saúde e outros.

De uma forma geral, a divisão do trabalho se refere à forma como os seres humanos se organizam para dividir as tarefas do dia a dia, e diferentes autores dedicam-se ao estudo dela nesse sentido, mas, em diferentes formatos de fenômenos sociais, como: divisão internacional do trabalho, divisão sexual do trabalho, divisão capitalista do trabalho e divisão social do trabalho.

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Conceito de divisão do trabalho

A divisão do trabalho nada mais é do que a forma como os indivíduos se organizam e se especializam na realização de determinadas tarefas específicas, com a intenção de otimizar e dinamizar as mesmas – principalmente no setor industrial.

É graças a essa especialização que cada indivíduo pode atuar no uso, na criação e desenvolvimento de recursos e aptidões próprias. O processo é capaz de produzir não só rapidez, como também muito mais eficácia no sistema de produção – especialmente, no modelo capitalista, voltado para os rendimentos monetários.

Dessa forma, é certo afirmar que a especialização por meio de tarefas e funções em cada uma das etapas produtivas varia muito, mas atua na intensificação dos comércios e crescimento industrial como um todo.

Uma consequência positiva da divisão do trabalho envolve a dedicação nos trabalhos em grupos e cooperativos, especialmente nas tarefas mais delimitadas e complexas – mais uma vez, para aumentar a produção.

Voltando um pouco na história, é certo afirmar que a divisão do trabalho sempre foi parte da nossa sociedade. No início, ela surgiu diferenciando atividades desempenhadas pelos homens, e outras pelas mulheres.

Depois, especificadamente na Idade Média, o modelo adotado foi a divisão de trabalho social, que tem como base os trabalhos humanos realizados por meio da sociedade e para a sociedade.

Nessa época, os artesãos se organizavam, criavam os seus próprios métodos de capacitação e comercialização e dividiam as tarefas por meio de hierarquia entre companheiros, mestres e aprendizes.

Já a divisão do trabalho capitalista surgiu um pouco depois. Para criação de cada produto, várias tarefas deveriam ser executadas por diferentes grupos de indivíduos, cada um especializado em uma etapa desse processo de produção.

Os primeiros modelos de capitalismo industrial foram empregados na produção de artesanatos em guildas e na produção feudal como um todo. Nesse sentido, o maior problema era encarregar alguém pela gestão dos funcionários, já divididos cada um em suas determinadas tarefas.

Para o trabalho em cooperação eram necessários funcionários para ordenar as principais operações, outros responsáveis pela folha de pagamento, registro das contas a pagar e receber, centralização de suprimentos e estoque e assim por diante. Cada um ficava responsável por sua tarefa e, depois, todo o controle desse processo era realizado pela gerência.

Com o passar do tempo e do desenvolvimento das diferentes sociedades em âmbito mundial, notou-se que cada indivíduo pode ter habilidades próprias – sejam elas adquiridas ou inatas.

Em vez de produzir absolutamente tudo o que precisa consumir, as pessoas passaram a satisfazer as necessidades próprias e do outro – tudo por meio da troca de experiências, associação e especialização nas tarefas que mais se adequavam.

Sendo assim, é possível afirmar que, em toda a história da nossa espécie, a primeira divisão foi realizada entre os gêneros, para depois se especializar com base na indústria, avanços na agricultura e o início da civilização como um todo.

Quais são as vantagens desse modelo?

A divisão do trabalho foi fundamental para fazer com que os profissionais possam, por meio da tarefa repetitiva e diária, se especializar na execução de alguma tarefa, ganhando maior habilidade e agilidade ao mesmo tempo.

Esse ‘treinamento’ faz com que o tempo na realização de tarefas seja menor, intensificando de forma cada vez mais agressiva a produção durante a carga horária realizada.

É certo afirmar que a divisão do trabalho também tem uma função estrutural e social, já que favorece de melhor forma a própria vida em sociedade. Isso porque esse tipo de atividade é útil e necessária para o convívio e ,é claro, para a produção e estímulo do consumo.

Além disso, também é de destaque que a divisão do trabalho se tornou uma tarefa tão rotineira que, hoje, é vista como uma característica essencial – independentemente do setor em que o indivíduo trabalhará. Desde que ele entra em uma empresa, ele já sabe qual será o cargo a ser ocupado e, consequentemente, as tarefas que serão desempenhadas durante as suas horas de trabalho.

Mas a divisão do trabalho também tem uma consequência: funcionários muito limitados, já que só conhecem uma das etapas de produção. Por isso, as empresas devem apostar em profissionais com capacidades variadas, ponto positivo para a flexibilização e aumento das funcionalidades do negócio.