Projeção Cilíndrica Equidistante

Geografia,

Projeção Cilíndrica Equidistante

A projeção cartográfica é útil para que os mapas tenham maior rigor científico, de modo que todas as imperfeições, que são inevitáveis, sejam minimizadas. Em representações, a superfície terrestre pode ser modificada e jamais corresponderá com exatidão à realidade, por isso a importância das projeções. Para obter esse resultado, é aplicado um tipo de traçado sistemático em uma superfície plana, com linhas que representam os paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou da parte terrestre representada no mapa.

Existem diversos tipos de projeções. Quando o esferoide, ou parte dele, é projetado sobre um cilindro tangente ou secante, tem-se uma representação chamada de “projeção cilíndrica”. Isso quer dizer que o plano em que foram desenhadas as delimitações terrestres pode ser comparado a um cilindro que envolve a terra, como se o desenho tivesse sido feito em um papel que circundasse o globo terrestre.

Projeção Cilíndrica

Na chamada “projeção cilíndrica equatorial”, o projeto esférico é disposto no cilindro tangente ao seu equador ou secante, cujos dois paralelos possuem a mesma latitude absoluta. As linhas retas paralelas representam os meridianos e paralelos, são dispostas de uma maneira a formar um ângulo de noventa graus entre si. A distância, então, entre os meridianos se faz constante.

Se o cilindro encontra-se em posição horizontal (com o eixo perpendicular ao eixo de rotação do planeta), temos uma “projeção cilíndrica transversa”. A “Universal Transversa de Mercator” é um exemplo dessa projeção. Nesse caso, para se projetar a Terra em uma projeção conforme, é utilizado um cilindro transverso e secante ao elipsoide.

Chama-se “projeção cilíndrica oblíqua” aquela cujo cilindro é disposto em uma posição diversa, formando um ângulo entre 0 e 90 graus em relação ao eixo de rotação do planeta.

Uma projetação cartográfica cilíndrica muito simples é a projeção cilíndrica equidistante. Ela é amplamente utilizada, e de diversas maneiras, como em mapas de navegação, mapas temáticos e mapas cadastrais. Leia mais sobre essa projetação abaixo.

Definição de projeção cilíndrica equidistante

O sufixo “equi” vem do latim “aequu” e é utilizado para exprimir ideia de igualdade. Sendo assim, equidistante significa “mesma distância” ou “igual distância”. O cientista grego Cláudio Ptolomeu atribui a invenção ao criador da geografia matemática, Marino de Tiro, no ano 100.

Nesse tipo de projetação cartográfica, as distâncias entre um ponto e outro no mapa são iguais às verdadeiras, mas dispostas em escalas. Sendo assim, o objetivo de tal projeção é a preservação da escala em determinados locais.

Não é possível manter as distâncias verdadeiras dentro das escalas em toda a dimensão da projeção cilíndrica equidistante. O que é plenamente possível é a manutenção de distâncias verdadeiras a partir de um ou dois locais. Dessa forma, pode-se obter uma representação na qual todas as distâncias medidas perpendicularmente a uma linha (podendo ser o Equador ou um paralelo qualquer) sejam verdadeiras.

“Projeção equiretangular” é outro nome dado à projeção cilíndrica equidistante. Ela possui escalas dispostas em pontos determinados, sendo necessário para tal ter paralelo cujos espaçamentos foram ajustados.

À primeira vista, pode-se confundir essa projeção com a de Mercator. O que difere entre elas é que essa última possui um alongamento em direção a leste-oeste e um achatamento em direção a norte-sul em países de latitude elevada. Na cilíndrica equidistante os paralelos e meridianos separam-se pela mesma distância.

Outras projeções cartográficas equidistantes

Outra projetação que possui distâncias iguais é a “projeção cônica equidistante meridiana”. Cláudio Ptolomeu desenvolveu essa projeção, nas quais as distâncias ao logo dos meridianos estão dispostas em escala constante, que são iguais às usadas para representar o paralelo central da projeção.

Existe uma projeção cartográfica de distâncias iguais que possui um foco, que pode ser o continente ou oceano. Ela é chamada de “projeção azimutal equidistante”, e foi elaborada pela primeira vez no ano de 1581, por Guilherme Postel.

Para sua utilização, o foco desse tipo de representação é posto no meio da projeção. Um ponto qualquer no globo terrestre pode ser esse centro. Assim, é possível medir a distância entre esse ponto e qualquer outro lugar do planeta. Devido a essas características, essa projeção é muito utilizada para definir rotas marítimas ou aéreas.

As formas dos continentes não são preservadas nesse tipo de projeção, embora suas distâncias sejam mantidas. Por isso é equidistante. Devido à forma dessa projeção cartográfica, a maioria das deformações que ela apresenta está localizada em áreas periféricas do mapa.

Quando a forma é aplicada em mapas-múndi, a distância entre as regiões do globo é representada de maneira precisa.

Além de ser usada na navegação e na aviação, essa projeção é amplamente útil por Nações em assuntos estratégicos. É muito comum o uso da projeção azimutal equidistante pelos Estados, pois ela coloca determinado país no centro do mundo, e diminui a forma e as dimensões dos demais. Uma nação pode utilizar essa projeção como uma maneira de mostrar sua visão do mundo.