Resumo da Energia Eólica

Geografia,

Resumo da Energia Eólica

Com o crescimento da população mundial, um dos grandes desafios é a geração de energia. Toda a tecnologia disponível atualmente, aliada à grande industrialização, demanda quantidades cada vez maiores de energia elétrica para movimentar máquinas e abastecer residências e outros estabelecimentos. Uma das soluções mais viáveis é a utilização da energia eólica, ou seja, aquela proveniente das correntes de ar presentes na atmosfera terrestre.

O vento, aliás, é um dos aliados mais antigos do ser humano. Desde os tempos mais remotos, o homem já aproveitava as correntes de ar na navegação, na agricultura e em outras atividades, através de cata-ventos e redemoinhos, que geravam energia mecânica. Mas somente a partir da década de 70 do século passado, essa força renovável e gratuita começou a ser utilizada como matriz na geração de energia elétrica, principalmente na substituição de matrizes energéticas hidráulica e de petróleo.

Energia Eólica

Energia eólica, alternativa moderna e sustentável

O princípio de funcionamento das estações de energia eólica são bastante simples, baseando-se na utilização dos ventos para fazer girar hélices, e com isso gerar energia cinética, que posteriormente é transformada em energia elétrica. Dentre suas principais vantagens, estão a abundância das correntes de ar em todo o planeta, a geração limpa e renovável e o baixo custo de produção. Além disso, o impacto ambiental é muito baixo, já que não há nenhuma emissão de agentes poluentes em sua produção. Alguns cuidados devem ser tomados apenas em relação à poluição sonora que as gigantescas hélices produzem, o que em geral, faz com que a instalação das usinas seja feita em áreas de baixa densidade demográfica, para que os ruídos não interfiram no cotidiano dos habitantes de seu entorno.

Diversos países investem nessa tecnologia e têm na produção de energia eólica uma grande aposta para a presente e para o futuro, desenvolvendo novos equipamentos e aprofundando estudos que otimizem a produção e, assim, aumentem a produção diante da eminente demanda. A China e os Estados Unidos são líderes nesse segmento, tendo nos últimos anos ultrapassado a Alemanha, país pioneiro na exploração da energia eólica. Outros países europeus, como a Dinamarca, Espanha, França e Reino Unido também se destacam e incentivam a instalação das usinas, tanto por empresas públicas como por empresas privadas. Nações de outros continentes, como a Índia, o México e o Chile, nos últimos anos, também têm apostado nessa fonte limpa e sustentável de energia, tornando a matriz uma das que mais crescem e atraem investimentos em todo o mundo.

O Brasil e a energia eólica: potencial e desafios

Devido a sua geografia e seu imenso potencial hídrico, o Brasil, historicamente, dedicou seus esforços e desenvolveu tecnologia na construção de grandes usinas hidrelétricas, tornando-se inclusive referência nesse tipo de matriz. Porém, as consecutivas crises hídricas e a mudança no regime de chuvas têm trazido um alerta para essa dependência, aumentando o interesse e a necessidade por outras formas de geração de energia.

A primeira turbina de captação e geração de energia eólica foi instalada em 1992 na ilha de Fernando de Noronha, em caráter experimental e com baixa produtividade. Uma década depois, já no início dos anos 2000, é criado o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), um primeiro passo no desenvolvimento de novas tecnologias para fontes sustentáveis e renováveis. Administrado e gerido pelo Governo Federal, em 2009 o órgão promoveu o primeiro leilão público para produção de energia eólica, o que ajudou no desenvolvimento do setor e alavancou a produção dos módicos 22 MW em 2003 para 4400 MW no final de 2013.

Entretanto, o potencial para o desenvolvimento do setor no país é infinitamente maior. Embora não sejam todas as regiões que possuam as características necessárias para a instalação das turbinas, regiões como a Sul e a Nordeste contam com a incidência constante de ventos que favorecem a produção em larga escala. Nas demais regiões, a produção eólica também é possível, principalmente nos meses mais secos do ano, de junho a dezembro. O extenso litoral também é uma característica fundamental para o país no tocante à produção de energia eólica, já que as brisas e os ventos trazidos do mar são constantes e de intensidade favorável.

Diante das variações no regime pluviométrico e da necessidade latente de aumento de produção de energia elétrica e com uma produção ambientalmente responsável e sustentável, a energia eólica tem imenso potencial de desenvolvimento, sendo inclusive economicamente viável. Como toda nova tecnologia, carece de aprofundamento e especialização na produção, manutenção e distribuição da energia gerada, o que demanda investimentos do setor público e do privado. Esse tipo de matriz energética, que surgiu como uma alternativa, atualmente se torna cada vez mais necessária e vital para garantir o abastecimento das cidades, desde os domicílios, até o comércio e indústrias. A energia eólica é uma realidade vantajosa sob muitos aspectos, que deve ser estimulada e efetivamente implantada.