Resumo da Nafta

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Resumo da Nafta

Resumo do Nafta: É comum, no cenário geopolítico, que alguns países se unam e formem acordos que facilitem a vida social ou econômica de ambos os lugares. Ao longo da história, diversos tratados foram assinados para que os interesses desses países pudessem ser atendidos. Em 1993, foi estabelecido o American Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) que propunha a criação de uma zona onde o comércio pudesse funcionar de forma facilitada.

O Nafta teve início com a assinatura de três países: Estados Unidos, México e Canadá. O acordo entraria em vigor no ano subsequente, 1994. Diferentemente de outros blocos econômicos, o Nafta não oferece integração completa entre os membros do tratado. Na União Europeia (EU), por exemplo, também criada nos anos de 1990, as pessoas que nascem em algum dos países participantes do acordo são identificadas como “cidadãos da União Europeia”, o que não ocorre com os membros do Nafta.

Nafta

Os objetivos do Nafta se concentram no setor econômico e, nas entrelinhas, também propõem a “competição” com a União Europeia, que tem se destacado no contexto mundial. Dentre outros motivos para a criação do bloco, o Nafta tinha como interesse derrubar barreiras alfandegárias que se impunham entre os três países, apesar da proximidade; reduzir custos de comércio entre os integrantes e ganhar competitividade internacional com a economia dos países membros ajustada, o que levaria a maiores exportações do grupo.

1) Nafta propõe derrubada de barreiras alfandegárias entre EUA, Canadá e México, mas nem todos os produtos entram no acordo

Resumo do Nafta: No entanto, há grandes disparidades entre os países integrantes do bloco. Os Estados Unidos, como era de se esperar, lidera o diálogo e comanda os demais países membros. O Canadá, por exemplo, mesmo que se destaque no cenário mundial, com uma economia solidificada e positiva qualidade de vida entre os habitantes, ainda depende de recursos financeiros advindos dos Estados Unidos. Por outro lado, o México, que possui uma economia emergente, está no grupo porque sua população é potencial consumidora das mercadorias norte-americanas e canadenses. Assim, tem-se um país que foi convidado a participar do grupo justamente pelo mercado consumidor que detém, além de ser um fornecedor em potencial de mão de obra barata e desfrutar de jazidas de petróleo, o que atrai ainda mais os interesses dos Estados Unidos e do Canadá.

A parceria feita entre México e Estados Unidos fez com que os últimos investissem no território vizinho. A ideia é aumentar os postos de trabalho no país mexicano para que, desse modo, o número de imigrantes mexicanos ilegais diminua nos Estados Unidos. Embora pareça uma iniciativa social louvável, os Estados Unidos detêm interesses econômicos por detrás da determinação. É que os postos de trabalho no México são capazes de produzir mercadorias com custos baixos. Sendo assim, os norte-americanos conseguem abastecer o comércio, principalmente a área têxtil, com preços relativamente menores.

Resumo do Nafta: Mesmo com a criação da zona de livre comércio e as regras para o fim das barreiras alfandegárias, proteções comerciais aos países participantes e leis financeiras que facilitem a troca de mercadorias entre México, Canadá e EUA, nem todos os produtos conseguem redução das tarifas. Isso é consequência da falta de segurança entre os países membros e o acordo comercial.

2) A expansão do Nafta nas Américas pode aumentar a dominação econômica americana

Os habitantes do México, por exemplo, são receosos quanto à consolidação efetiva do Nafta, pois as indústrias locais ainda não são comparáveis tecnologicamente às do Canadá e EUA. Isso pode gerar desemprego no país mexicano. Além disso, a população mexicana teme que as indústrias locais venham à falência por não conseguirem concorrer com as grandes indústrias americanas. Nos outros dois também há temor a respeito do desemprego. Canadá e EUA preocupam-se com o fato de que as indústrias desses dois locais podem vir a se transferir para o vizinho mexicano, uma vez que lá a mão de obra é mais barata.

Apesar das intempéries que acometem os países do bloco, o Nafta possui um Produto Interno Bruto (PIB) de 10,3 trilhões de dólares, segundo o Banco Mundial. Na última década, o crescimento do Nafta superou os 150%, o que permitiu que o México também tivesse um crescimento econômico maior.

Resumo do Nafta: A intenção dos EUA é expandir ainda mais a atuação do Nafta e, se possível, ultrapassar a União Europeia. Para isso, o Chile recebeu um convite para participar do bloco em 1994. Até o momento, todavia, ele participa apenas como um membro associado. Contudo, dentro de alguns anos, pode se tornar um membro efetivo. O problema é que o Congresso norte americano, por exemplo, tem receios quanto à chegada de novos membros para compor o grupo, pois em casos de crises, os EUA poderiam se tornar “responsáveis” por esses países.

Mesmo com os contratempos, o desejo de expansão continua. Pode até parecer teoria da conspiração, mas na realidade o que os norte-americanos pretendem é implantar um megabloco de livre comércio nas Américas Central, do Norte e Sul, a chamada Área de Livre Comércio das Américas (Alca). As primeiras iniciativas para o fim do embargo econômico contra Cuba (que dura desde 1961), pronunciadas pelo presidente Barack Obama no final de 2014, por exemplo, são métodos de reaproximar o diálogo comercial entre as Américas e o mundo.

A criação da Alca, porém, é temerosa junto aos demais países. Alguns estudiosas creem que os EUA passariam a comandar, com isso, toda a economia da América Latina, o que muitos consideram como uma tentativa de dominação americana. O Brasil não tem se mostrado muito favorável à efetiva criação do bloco, já que procura os próprios interesses comerciais.