Resumo do efeito estufa: Mudanças climáticas

Geografia,

Resumo do efeito estufa: Mudanças climáticas

Apesar de o clima ser definido como a sucessão habitual dos tipos de tempo, portanto, de algo estável, é preciso colocar em destaque as possibilidades de mudanças climáticas.

As mudanças no clima local ou mundial, podem ocorrer por motivos naturais ou ainda pela ação do homem no planeta. Neste último caso é o que mais devemos ter atenção. Isso porque, o clima é o resultado da interação de diversos elementos naturais como a atmosfera, o relevo e as correntes marítimas e assim por diante. Este complexo de relações vem ganhando há alguns séculos um novo e cada vez mais importante elemento: a ação humana.

Mudanças climáticas

Os processos sociais que mais intensamente interferem no funcionamento climático são a industrialização, a modernização agrícola e a urbanização. Apesar de criarem amplos benefícios para a parcela da humanidade que tem acesso a bens industrializados, ambientes completamente urbanizados e alimentos em grande quantidade, estas três transformações que a sociedade impôs ao meio ambiente natural trouxeram também preocupantes problemas ambientais.

O par consumo energético e emissão de poluentes, é a chave para entendermos a questão ambiental. Estes dois elementos estão na base de quase todos os problemas ligados à alteração no funcionamento dos sistemas naturais, desde a falta de água potável até o efeito estufa.

É importante frisar que a intensificação destes problemas ambientais os transformou numa preocupação mundial. As mudanças climáticas, podem ser tidas como o maior exemplo da globalização da questão ambiental. Isso porque o clima não obedece às fronteiras nacionais. As atividades humanas que transformam o meio natural, mesmo se concentrando de forma mais intensa em algumas regiões, podem exercer influência sobre qualquer canto do planeta.

A intensificação do efeito estufa

O efeito estufa é um processo natural e fundamental para que haja vida na Terra. Quando os raios solares chegam ao nosso planeta, predomina a radiação luminosa, de pequenos cumprimentos de onda, a qual atravessa a atmosfera com certa facilidade. No entanto, ao serem refletidos pela superfície terrestre, boa parte destes raios solares se transforma em radiação calorífica, ou infravermelha, que são ondas facilmente absorvíveis pelos gases estufa, principalmente o vapor de água, o CO2 (gás carbônico) e o metano.

A absorção desta energia calorífica colabora de maneira direta para a regulação da temperatura atmosférica na Terra, impedindo que haja uma grande variação térmica entre o dia e a noite. Por isso, sem este efeito não seria possível a existência de vida neste planeta, ou pelo menos da vida como conhecemos.

Na atmosfera primitiva, das primeiras eras da história natural da Terra, a atmosfera tinha mais gás carbônico do que tem atualmente, deste modo o efeito estufa era mais intenso. Ao longo dos últimos milhares de anos, alguns processos naturais colaboraram para a diminuição deste gás na atmosfera. Entre estes processos, destacam-se a fotossíntese e a formação das grandes jazidas de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural.

No entanto, a partir da revolução industrial, a queima destes combustíveis fósseis aumentou de maneira considerável. Esta queima provoca a liberação de boa parte daquele gás carbônico que havia sido retirado da atmosfera, aumento a sua concentração.

Os principais responsáveis pela liberação de gás carbônico na atmosfera são os países mais industrializados e urbanizados. Isto se deve ao fato das indústrias utilizarem muito combustível fóssil em processos de produção. Mas, além deste fato, existem dois outros fatores que tornam estes países campeões na produção de CO2.

O primeiro problema é que os países mais industrializados e urbanizados são também os maiores consumidores de produtos que consomem energia, principalmente eletrodomésticos e automóveis. Estes últimos são também responsáveis pela liberação de CO2, por funcionarem através da queima de derivados de petróleo.

O segundo problema é que a necessidade de alto consumo de energia é suprida, em alguns países, por usinas termoelétricas, muitas das quais funcionam a partir da queima de derivados do petróleo, carvão ou gás natural. Estas usinas têm que funcionar dia e noite para fornecer energia elétrica para muitas indústrias e para as mercadorias produzidas por tais industriais.

Outros fatos que provoca o aumento das concentrações de gás carbônico na atmosfera terrestre é a queimada de grandes áreas de florestas. Nestas grandes queimadas, além da destruição da vegetação, ocorre também uma grande liberação de CO2.

Com este aumento de dióxido de carbono na atmosfera, é intensificado também o efeito estufa. Esta intensificação é que pode ser considerada atualmente como problema ambiental.

A primeira consequência problemática do aumento do CO2é o aquecimento global. Considera-se que a temperatura do planeta aumentou cerca de 0,5º C desde o século XIX. Isto ainda parece pouco, mas, no entanto, a previsão é que até o fim do presente século a temperatura média terrestre tenha um aumento entre 2 e 6º C.

Este aumento da temperatura já foi visto, no início do século XX, como positivo, uma vez que regiões muito frias teriam invernos menos rigorosos. Mas a questão é bem mais complicada do que isso.