Brasil Colônia: Questão dos Engenhos e Açúcar

História do Brasil,

Brasil Colônia: Questão dos Engenhos e Açúcar

Brasil Colônia

Durante o período do Brasil Colônia os engenhos de açúcar eram a atividade produtiva mais importante. Sabe-se que muito do que se produzia em Pernambuco servia de abastecimento para o mercado europeu. As primeiras mudas de cana-de-açúcar chegaram ao país em 1533. Deste modo, o século XVI marca o início do segundo ciclo econômico brasileiro. Entenda a questão dos engenhos de açúcar a seguir.

Composição de um engenho de açúcar

•Moenda

Para que se extraísse o caldo da cana os caules da planta eram moídos com auxílio de tração animal (trapiche). Em alguns casos as moendas podiam empregar moinhos no processo, aproveitando a força da água. Havia ainda os locais onde a força para esmagar a cana era proveniente de trabalho escravo.

•Canavial

Era a parte do engenho voltada para o cultivo. Nos latifúndios acontecia o plantio e colheita do produto a ser processado. Muito comum neste quesito é que também houvesse plantações de subsistência nas propriedades, onde se cultivavam frutas, verduras e legumes.

•Caldeiras, fornalhas e casa de purgar

Após ser extraído o caldo nas moendas, o produto era aquecido em tachos de cobre. Graças às fornalhas era obtido o melaço de cana. Na etapa final do processo, que ocorria na casa de purgar, o açúcar era refinado.

A escravidão na questão dos engenhos de açúcar do Brasil Colônia

Os escravos eram a principal mão de obra empregada nos engenhos – pelo menos 80%. Viviam em condições precárias e com frequência eram punidos e torturados fisicamente pelos capatazes. Vale lembrar que o seu trabalho não estava restrito à produção de cana, pois também eram encontrados nas casas senhoriais.

Viviam na senzala, onde se amontoavam e tinham de dormir em chão de terra batida. Por serem vistos como propriedade do senhor do engenho, costumavam ser acorrentados à noite para que não fugissem. Apesar de tudo, no Brasil colônia havia alguns trabalhadores assalariados – como os próprios feitores e capatazes, mas também lavradores. Quanto aos proprietários, viviam na casa grande, de onde comandavam a propriedade.