Ditadura Militar no Brasil: Governos Castelo Branco, Costa e Silva e Médici

Ditadura Militar no Brasil

O primeiro presidente da Ditadura Militar foi o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que governou de 1964 a 1967. Seu mandato foi marcado economicamente pelo apoio dos Estados Unidos e também de diversas empresas estrangeiras instaladas no país.

Na questão política, governou o país com forte repressão a opositores, usando a força policial para fechar sindicatos e reprimir protestos estudantis. Mais de 300 políticos foram cassados em apenas 2 meses, e nomes como Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart tiveram seus direitos políticos suspensos.

Em seu governo, foram assinados 4 Atos Institucionais, com destaque para:

– AI-2: extinção de todos os partidos políticos e criação de apenas duas legendas, a ARENA e o MDB; e criação da Lei de Segurança Nacional, que tratava como inimigos do Estado todos aqueles contrários ao regime militar;

– AI-3: determinava eleições indiretas para os estados.

1 Governo Costa e Silva

O governo Costa e Silva (1967-1969) foi marcado pelo aumento considerável tanto das manifestações públicas contra o regime militar quanto da violência policial. Diante disso, em 1968 decretou o AI-5, considerado o mais opressor dos documentos, que ampliou significativamente os poderes do presidente e colocou o Congresso em recesso. No âmbito econômico, criou o Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED), em um esforço significativo para promover o crescimento do país.

2 Governo Médici

O governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) foi marcado pelo auge da repressão violenta e da tortura. Em contrapartida, viu crescer o número de guerrilhas que lutavam contra a ditadura, assim como o crescimento da oposição, por conta de uma grave crise econômica.

Nessa época, houve um crescimento desmedido da máquina de propaganda governamental na tentativa de melhorar sua imagem diante da população. Foram criados slogans como “Ninguém segura este país” e “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

No início da década de 1970, aconteceu o chamado “milagre brasileiro”, período de crescimento econômico em consequência da expansão do capitalismo internacional. Entretanto, assim como o PIB nacional crescia, aumentava também a concentração de renda, sendo que esse período ficou marcado como um dos mais desiguais da história do Brasil.