Resumo sobre Tiradentes: Quem foi Tiradentes?

História do Brasil,

Resumo sobre Tiradentes: Quem foi Tiradentes?

Joaquim José da Silva Xavier, conhecido popularmente como Tiradentes, nasceu em 1746 e morreu em 1792. Podemos dizer que ele foi o dentista mais importante de toda a história brasileira, além de ser militar, tropeiro, comerciante, minerador e um respeitável ativista político, tendo atuado no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Vale ressaltar, que em território brasileiro, Joaquim é conhecido como grande herói da Inconfidência Mineira.

Filho de um português proprietário rural e de uma portuguesa que nasceu em uma colônia brasileira, Joaquim José da Silva Xavier, teve oito irmãos. Com apenas 9 anos, sua mãe morreu e apenas dois anos depois, foi a vez de seu pai. Por causa da morte prematura de seus pais, e por ser menor de idade, seu padrinho Sebastião Ferreira Leitão ficou responsável por ele.

Igreja Tiradentes

Sebastião era um cirurgião dentista, e foi através dele que Tiradentes passou a se dedicar à profissão que lhe rendeu o apelido. Ele também trabalhou como minerador e mascate, e graças aos conhecimentos que adquiriu, tornou-se perito em reconhecer terrenos e em explorar seus recursos.

Em 1780, alistou-se na tropa de Capitania de Minas Gerais e foi a partir desse momento que Joaquim começou uma aproximação com grupos que criticavam o poderio português sobre as capitanias por onde circulava. Por nunca ter conseguido na carreira militar uma promoção, Tiradentes pediu em 1787 uma licença da cavalaria. Durante o período em que esteve afastado do trabalho militar, Tiradentes morou no Rio de Janeiro e passou a idealizar alguns projetos, como a canalização dos rios Maracanã e Andaraí, entretanto, não teve aprovação para que as obras pudessem ser executadas. Esse fato fez com que Tiradentes aumentasse todo o seu repudio pelo domínio dos portugueses.

Por isso, quando voltou para Minas Gerais, passou a pregar a favor da independência da capitania, Vila Rica.

CONTEÚDO DESTE POST

A Inconfidência Mineira

Em 1789, além de todo o cenário que vinha acontecendo em Minas Gerais e por causa do descontentamento da população, a Coroa aplicou a Derrama, um imposto português que acabava reservando um quinto de todo o tipo de minério que era extraído em Portugal e em suas terras dominadas.

A população que já estava descontente, os líderes do movimento foram às ruas de Vila Maria para pregar a República. Mas, antes que essa pequena revolta se transformasse em revolução, Joaquim Silvério dos Reis, Inácio Correia de Pamplona e Basílio de Brito Malheiro do Lago, acabaram deletando o movimento aos portugueses em troca do perdão de suas dívidas.

Alguns anos depois, Joaquim Silvério dos Reis estava jurado de morte e seu assassinato estava sendo planejado.

A Derrama já havia sido suspendida pelo Visconde de Barbacena. Tiradentes foi preso em 10 de maio, enquanto tentava contatar Joaquim Silvério dos Reis. Poucos dias depois, o Visconde de Barbacena iniciou a prisão do resto dos inconfidentes.

Os inconfidentes que mais se destacaram foram: Inácio José de Alvarenga Peixoto, Manuel Rodrigues da Costa, o poeta Cláudio Manuel da Costa e o ex-ouvidor Tomás Antônio Gonzaga.

Os participantes desse movimento pleiteavam que o Brasil, em especial a província de Minas Gerais, tivesse um governo totalmente independente de Portugal, republicano, e ainda a criação de indústrias no país.

Quando foram presos, os inconfidentes aguardaram por cerca de três anos que o processo se finalizasse. Inicialmente, todos foram condenados à morte, mas Dona Maria I alterou a sentença de todos os revoltosos, excluindo apenas Tiradentes, que ainda continuo com a pena capital.

Tiradentes foi o único dos revoltosos que assumiu a responsabilidade pela sua participação no movimento e assim, seus companheiros acabaram sendo inocentados. Isso se deve provavelmente por ter sido o inconfidente que tinha a posição social bem mais baixa quando comparado aos demais integrantes.

A procissão que se seguiu antes de sua execução foi uma verdadeira encenação feita pela coroa portuguesa, que procuravam demonstrar sua força. A leitura de sua sentença acabou estendendo-se por dezoito horas, e a ira da população que acabou presenciada toda a cena foi despertada. A intenção dos portugueses por sua vez, era de intimidar a população.

Tiradentes então foi executado e teve o corpo totalmente esquartejado. As partes de seu corpo foram distribuídas pelas cidades onde pregava a independência e pregava seus discursos de revolução: Queluz, Inconfidência (antiga Santana de Cebolas), Barbacena e Varginha do Lourenço.

Por sua vez, a cabeça de Tiradentes foi colocada exposta em um poste no centro de Vila Rica, uma forma de inibir outros revoltosos e outros movimentos. Depois disso, sua cabeça nunca mais foi localizada. A casa em que morava foi totalmente destruída e no terreno, jogou-se sal para que nunca mais nada germinasse.

Tiradentes foi executado no dia 21 de abril do ano de 1792, dia que até hoje é visto como feriado nacional. Em sua homenagem, uma cidade mineira recebeu o seu nome, Tiradentes.