A invasão dos Hicsos no Egito Antigo

História,

A invasão dos Hicsos no Egito Antigo

Os hicsos foram uma sociedade asiática que ocupou o território oriental do Delta do Nil no decorrer da 12ª linhagem do Egito, introduzindo o Segundo Período Intermediário da trajetória do Antigo Egito. Esse período é retratado na arte local, nas vestimentas multicoloridas ligadas aos cavaleiros e arqueiros mercenários mitanni de Aram, Canaã, Sídon, Kadesh e Tiro.

Participação na história egípcia

A “Época dos Hicsos” ainda incompreensível na história do Egito é compreendida muito imperfeitamente. É entendido que os Hicsos foram uma multidão de povos asiáticos do corredor sírio-palestino e dos desertos próximos que preenchiam progressivamente o Delta do Nilo, a procura de alimentos. A época consiste principalmente na substituição de governantes e na forma de governo.

Possivelmente a conexão mercantil era de semitas e a conexão tecno-militar, de indo-europeus que migraram do vale do Indo; os hicsos no começo eram mais uma associação de povos e um acontecimento tecnológico e cultural, mais do que conquistadores militares propriamente ditos. Em Hakasu: pastores, estrangeiros e nômades.

Hicsos no Egito Antigo

O falecimento do faraó Sebekneferu e a conquista do poder por Amósis podem ser definidas com uma devida segurança. O Segundo Período Intermédio teve uma validade de no máximo 220 anos.

Os pesquisadores modernos consideram que as referencia de Antonio não são certas ao ligarem a expressão Hicsos unicamente ao povo israelita. Porém, eles concordam com a ideia de uma ocupação pelos Hicsos. Isso se deve especialmente por não encontrarem nenhuma ou pouquíssima referencia nas antigas fontes egípcias para preencher os documentos do Segundo Período intermédio que provavelmente engloba da 14ª dinastia a 17ª dinastia. Por essa razão, os eruditos suspeitam que aconteceu uma fragmentação de poder no Egito.

Os indícios arqueológicos atuais conhecidos, não comprovam e nem negam a informação de que os Hicsos conquistaram militarmente o Delta do Nilo; é verdade que aconteceu um esquema de fortalezas no Levantes nos últimos anos do período.

Diversos críticos bíblicos colocam a entrada de José no Egito, a sua ascendência a segundo soberano do Egito, e a entrada de Jacó e sua família, na “Época dos Hicsos”, no Segundo Período Intermediário. A bíblia de Gênesis revela que o Egito eram muito cordial com o estrangeiros desde o período do nômade Abraão. Porém, é bem provável que a descrição de Manetão a respeito dos Hicsos seja a variante egípcia conhecida dos sacerdotes no impulso de comprovar a estadia do povo israelita no Egito ao longo de 215 anos e na importância que Moisés e José tiveram.

Conquistas

Para Manetão, os Hicsos conquistaram o Egito sem batalha, devastando os templos dos deuses e as cidades, e causando devastação e matança.

Por fim, afirma-se que os egípcios se revoltaram, atravancando uma terrível e longa guerra, com mais de 480 mil homens, contornando os Hicsos na sua principal cidade, Aváris, e então, de maneira estranha, fizeram um acordo que possibilitou que os Hicsos saíssem do país sem sofrer prejuízos, junto com seus bens e suas famílias, partindo para Judéia e tomaram Jerusalém.

Em mais uma menção, Manetão aparentemente amplia o relato com uma história que Josefo denomina de história fictícia. Aponta um grande conjunto de 80 mil doentes e leprosos que receberam autorização para se instalar em Aváris, após a saída dos pastores. Esses, posteriormente, se revoltaram, convocaram de volta os Hicsos, devastaram aldeias e cidades, e praticaram sacrilégio contra os deuses do Egito. Finalmente, foram vencidos e banidos do país.

Razões para a invasão

Os principais motivos que chamaram a atenção dos Hicsos foram:

1- falta de alimento na Ásia Ocidental, ao mesmo tempo em que no Egito tinha abundância de nutrientes;

2- a confusão decorrente da existência de estrangeiros e a ausência de coesão;

3- a carência técnica e militar do Egito com relação aos outros povos asiáticos; as tropas do Egito eram constituídas principalmente pela infantaria a pé. Como não tinham cavalos e não utilizam veículos de combate movidos a cavalo, seriam uma isca fácil para qualquer tropa que possuísse cavalaria.

Consequências para o Egito

A época da ocupação dos Hicsos trouxe certos benefícios para o Egito:

1- popularizaram a utilização do bronze até então pouco usado no país;

2- trocaram a liga de bronze importada, pela liga de cobre-arsênico;

3- inseriram a roda de oleiro aprimorada;

4- o tear vertical;

5- o boi indiano, mais forte que o boi egípcio;

6- novos costumes de frutas e hortaliças até então inexploradas no Egito;

7- Utilização de carro de guerra e cavalo;

8- a roda mais leve de arcos misturados;

9- novas maneiras de cimitarras;

10- novas táticas e armas militares;

11- maneira de dançar diferente com relação às épocas anteriores.

Ainda houve outras contribuições dos Hicsos, como:

1- Oscilação no grupo de superioridade dos egípcios;

2- com a vulnerabilidade gerada, os egípcios se voltaram mais para a religião, pedindo aos deuses que não existisse mais ameaças dos Hicsos.