A Unificação Alemã

História,

A Unificação Alemã

Napoleão Bonaparte, um dos maiores nomes de toda a Europa, dividiu o continente europeu a favor dos seus interesses e , em 1815, após a sua derrota, as monarquias europeias decidiram organizar o território Sacro Romano-Germânico em uma Confederação Germânica.

A Confederação Germânica era composta por 39 estados independentes empenhados em proteger a autonomia das monarquias dos estados membros. Essa confederação era administrada por uma assembléia formada por representantes de todos os estados.

A Unificação Alemã

Dentre todos os estados reunidos, Áustria e Prússia destacavam-se como as nações mais influentes da Confederação e possuíam o maior poder de decisões na assembléia. A Prússia era governada pela dinastia do Hohenzollen, e a Áustria dominada pelos Habsburgos, no entanto, os dois países constituíam suas economias de maneiras distintas. Enquanto a Áustria era contra a unificação a Prússia era a favor dessa reunião, pois queria aumentar o seu poder pela zona germânica e espalhar o desenvolvimento industrial.

Do ponto de vista político, a Confederação Germânica era fortemente influenciada pelos austríacos, porem a Prússia pretendia acabar com esse domínio da Áustria através da unificação decisiva dos territórios alemães.

A Prússia era o estado mais industrializado da Confederação Germânica e utilizava os estados confederados para desenvolver sua economia. Já a Áustria, um estado fortemente agrícola, e que detinha uma potencia militar muito forte, não precisava dos demais estados para se manter.

Diante desse cenário, a Prússica, em 1830, criou uma política de livre circulação de mercadorias na região que anulava as taxas alfandegárias entre as monarquias incluídas no acordo e incentivava o desenvolvimento industrial, denominada Zollverein. Essa nova política excluía acordos com a Áustria o que causou um choque negativo na economia austríaca, devido o cancelamento das taxas alfandegárias das monarquias.

Essa nova união fez aumentar cada vez mais o poder e a influencia da Prússia na Confederação e diminuir o da Áustria que, até 1823, não havia aderido ao Zollverein.

Em 1862, o rei prussiano Guilherme I nomeou como primeiro ministro o político e diplomata Otto Von Bismarck, conhecido como o Chanceler de Ferro. Prestigiado com o cargo, Otto Bismarck ficou com a missão de favorecer o processo de unificação alemã, aliando-se com a burguesia industrial e com os grandes proprietários rurais. Além disso, Otto investiu em táticas militares para enfrentar os confrontos que estavam por vir.

Bismarck achava que a unificação da Alemanha não aconteceria sem o uso da força militar. Assim, ponderadamente e com muita determinação organizou um poderoso exército que, em 1864, entrou em guerra com a Dinamarca recuperando os territórios de Schleswig e Holstein, perdidos ao longo do Congresso de Viena. Nesse conflito, Bismark procurou apoio militar dos austríacos em troca de recompensas territoriais.

Após derrotar a Dinamarca, o governo prussiano se recusou a transferir parte dos seus territórios para a Áustria, dando inicio a uma nova disputa pela unificação. Com o apoio da Itália a favor dos prussianos, a Áustria foi derrotada. Com a vitória, Itália recuperou a cidade de Veneza que estava em poder da Áustria e a Prússia saiu em vantagem e com a posse de mais territórios.

Com a queda de Napoleão, a relação entre França e Prússia ficou desestabilizada. Devido ao crescimento prussiano, os franceses declararam guerra após se sentirem ameaçados com uma proposta do trono espanhol para a dinastia Hohenzollern. Bismarck já estava preparado para essa disputa e venceu facilmente os franceses.

Depois da vitória na Guerra Franco-Prussiana, Guilherme I e Otto Bismarck concluíram o processo de Unificação da Alemanha em 1871. Ao final dessas batalhas, Guilherme I foi eleito imperador da Alemanha, em 1871.

As unificações alemã e italiana, representaram um período de estimulação das disputas entre as economias europeias. A partir da instalação dessas novas potências econômicas, percebe-se uma tensão política provocada pelas disputas imperialistas encarregada da montagem do cenário da Primeira e Segunda Guerra Mundial.

Consequências da Unificação Alemã

– Criação do Império Alemão;

– Desenvolvimento econômico e militar da Alemanha;

– Crescimento geopolítico da Alemanha na Europa;

– Entrada da Alemanha da disputa por territórios da África e da Ásia;

– Formação da Tríplice Aliança em 1882.

Congresso de Viena

O Congresso de Viena foi uma assembléia diplomática, que aconteceu na cidade de Viena entre setembro de 1814 e junho de 1815. Teve a participação de representantes das grandes potências europeias como, França, Império Austríaco, Reino Unido, Reino da Prússia, Império Russo, Reino da Sardenha, República de Gênova, Reino da Suécia e Confederação dos Contos da Suíça, que haviam derrotada a França em 1814.

Tinha como objetivo os seguintes tópicos:

– Estabelecer condições de paz na Europa após a vitória sob Napoleão;

– Redefinir o mapa político europeu que tinha sido mudado nas conquistas de Napoleão Bonaparte;

– Preservação das monarquias absolutistas presentes nas nações europeias;

– Combater os ideais políticos liberais e os movimentos democráticos que ganharam força com a Revolução Francesa;

– Conter os movimentos emancipacionistas inspirados pelos ideais iluministas.