Concílio de Trento

História,

Concílio de Trento

Realizado entre os anos de 1545 a 1563, o Concílio de Trento foi caracterizado como sendo um concílio ecumênico da Igreja Católica. Ele foi convocado pelo então Papa Paulo III, com o objetivo de manter a disciplina eclesiástica e a unidade da fé. Isso porque estavam acontecendo nessa época uma reação por causa da Reforma Protestante na Igreja Católica, e por este motivo, o Concílio de Trento também foi chamado de Contrarreforma.

Por causa de divergências religiosas e políticas, o Concílio de Trento foi interrompido e atrasado diversas vezes. Vale ressaltar que o Concílio de Trento foi considerado o ato ecumênico mais longo de toda a história da Igreja Católica.

Concílio

A participação dos portugueses e os períodos do Concílio de Trento

O Concílio de Trento foi dividido em três períodos. O primeiro deles teve início no ano de 1545 e durou por cerca de três anos. Nele, foram celebradas 10 sessões plenárias, onde promulgaram-se os decretos sobre o pecado original, os sete sacramentos, a Sagrada Escritura e a Tradição, e a justificação.

Já o segundo período teve início no ano de 1551 e acabou no ano seguinte. Nesta fase, foram feitas seis sessões plenárias, e foram promulgadas decretos doutrinais e de reforma, ainda à respeito de sacramentos, principalmente a penitência, a Eucaristia e a extrema unção. Vale ressaltar ainda que os confrontos entre os príncipes protestantes e Carlos V acabou sendo considerada um verdadeiro perigo para os padres que participavam do Concílio de Trento.

O terceiro e último período do Concílio de Trento, também teve duração de um ano, tendo início no ano de 1562. Este foi convocado pelo então Papa Pio IV e contou com a participação de alguns cardeais e de bispos de Trento. Foram feitas ao todo, 9 sessões plenárias, na qual foram promulgadas decretos sobre doutrinas importantes, que foram muito eficazes para que acontecesse uma reforma na Igreja Católica.

Vale ressaltar que todos os decretos e diplomas que tiveram origem no Concílio de Trento acabaram sendo caracterizados como direitos eclesiásticos até o ano de 1917, durante cerca de quatro séculos, quando foi promulgado o Código de Direito Canônico.

O Concílio de Trento teve uma forte influência na história dos portugueses, seja no apoio e também na participação que os reis tiveram, e também por causa da influência que os decretos acabaram tendo na vida social e eclesiástica de Portugal.

No ano de 1540, foi criada a Companhia de Jesus por Inácio de Loyola, e se caracterizou por ser uma ordem religiosa que acabou por reforçar a reforma católico-romana.

O que foi o Concílio de Trento?

O Concílio de Trento, conhecido por ter sido uma espécie de concilio ecumênico, foi uma reunião de cunho totalmente religioso, que aconteceu na área do Tirol da Itália, na cidade de Trento.

O objetivo principal do Concílio de Trento era o de reprimir os abusos praticados pela Igreja Católica, bem como estreitar a união com ela. Neste contexto, alguns dos mais famosos teólogos dessa época, elaboraram decretos, que mais tarde foram discutidos em sessões consideradas privadas pelos bispos. No entanto, o concílio acabou sendo por diversas vezes interrompido, e apesar de ter durado por quase 20 anos, somente no ano de 1562 é que esse trabalho foi concluído, com um total de 25 sessões plenárias realizadas.

As doutrinas católicas acabaram sendo discutidas com as críticas da doutrina protestante. Isso porque o Concílio de Trento condenou o protestantismo justificado através da fé, proibiu a acumulação de benefícios e também a intervenção de príncipes em negócios eclesiásticos, além de ter definido o pecado original. O celibato do clero foi mantido, bem como os sete sacramentos, o culto das relíquias, o culto dos santos, a doutrina das indulgências, a indissolubilidade do matrimônio, a doutrina do purgatório e a recomendação da criação de seminários (escolas de preparação para os indivíduos que desejassem ingressar no clero).

Além disso, o Concílio do Trento, diferentemente dos anteriores, acabou por estabelecer a supremacia dos papas, na qual o papa chamado de Pio IV teve que função a ratificação de suas decisões.

Espanha, Portugal, os estados italianos e a Polônia foram as primeiras nações a aceitarem de maneira incondicional as resoluções do concílio. Neste cenário, a França encontrava-se dividida pelas lutas que existiam entre os protestantes e os católicos e por este motivo, acabou demorando cerca de meio século para acolher de maneira oficial os dogmas e as normas impostas pelo Concílio de Trento, caracterizando-se por ser o último estado de toda a Europa a fazer isso.

Nesta altura, as ideias dos protestantes já se encontravam espalhadas por toda a Europa Setentrional e Ocidental. Além disso, os objetivos desse de reorganizar o domínio dos católicos e de reafirmar as tradicionais doutrinas se seguiram de distintas reações, uma na área vivencial e outra na área teológica. A divisão definitiva entre os protestantes e os católicos, ocorreu quando um dos papas afirmou que Deus tinha permitindo que os protestantes se revoltassem por causa do pecado dos homens, em especial os prelados e os sacerdotes.