Psicologia Infantil

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Psicologia Infantil

Se há um consenso na sociedade, é o de que as crianças são seres que precisam de cuidado, carinho, atenção, didatismo e educação para que possam se transformar em futuros adultos saudáveis e satisfeitos com suas vidas. Na maioria das vezes, entretanto, é difícil compreender em que contexto surge a necessidade de um acompanhamento psicológico das crianças, porque, para os pais, esse fator necessariamente incide na noção de que eles estejam também desempenhando mal o seu papel (o que, a bem da verdade, é uma grande bobagem, senão uma grande mentira).

Psicologia Infantil

É bem comum que, algumas vezes, sejamos incapazes de entender o que nossos filhos estão dizendo, mas ainda sim é muito comum que a gente perceba que existe alguma coisa de errada com as crianças. É difícil para a atmosfera na qual se inserem esconder de todo os sentimentos que lhes afligem naqueles momentos. Entretanto, basta que os adultos aproximem-se tentando penetrar aquele universo escondido e tão misterioso para que, ao menor sinal de uma pergunta, os baixinhos nos olhem com um olhar baixo para responder que não há nada de errado com eles. Isso, obviamente, acaba apavorando os pais, faz com que eles se sintam os piores pais do mundo. Apesar disso, não é exatamente assim que a coisa funciona, afinal de contas, uma criança não chega ao mundo dotada de um manual de instruções traduzido na língua que fala os seus pais.

Acontece que é muito recorrente na vida dos pais e mãos de acontecer esse tipo de desconforto que, uma vez deixado de lado ou escondido para debaixo do tapete, pode se transformar em mágoas maiores e tornar-se um assunto bastante indigesto, quase um tabu no seio da família. Por conta disso, é preciso sempre prezar pela fala franca e direta, pelo diálgo simples, aberto, dialético e, sobretudo, construído em uma via de mão dupla que tanto nasce quanto terminas tanto nos pais quanto nos filhos.

Muitas vezes, por mera insegurança, a criança esconde dos pais o que está acontecendo no ambiente escolar, deixando de lado seus medos mais sinceros e suas angústias mais íntimas. Esse tipo de prática em que a ausência da psicologia infantil acaba por, paradoxalmente, se fazer presente uma vez que desemboca em uma ação, revebera por consequência em uma frustração cada vez maior e mais intensa dessa criança em questão quando o assunto for o convívio humano.

Solucionando problemas e gestão de conflitos

O principal problema em deixar as crianças alienadas das agressões que elas estão sofrendo é que, muitas vezes, elas podem ser vítimas sem sequer saber. Se uma criança, por exemplo, estiver sendo agredida por outros colegas na escola ou na creche em que estuda ou, eventualmente, sendo ignorada pela professora ou professor dentro da própria sala de aula que frequenta, ou ainda, se for o caso dessa criança estar sendo molestada na sala de aula, a ausência da figura da mãe e do pai pode ser o fator decisivo para que essa criança somatize os traumas sofridos e passe a se sentir responsável por eles.

Alguns comportamentos típicos demonstram históricos de crianças que escondem os seus sentimentos dos adultos ao seu redor. São eles: a recusa em frequentar a escola de maneira repentina, sem que haja algum motivo aparente, ou ainda, a mania de chorar excessivamente, também sem motivo aparente. Ainda nesse mesmo âmbito, reconhecemos esse mesmo caso quando existe uma certa dificuldade em acompanhar o que está sendo dado na escola, ou uma recusa em estar mais próximo de uma determinada pessoa. Além dessas situações, as clássicas “fazer xixi na cama”, “ter pesadelos” e “pedir com frequência para dormir na cama dos pais” são sintomas mais do que evidentes de que algum distúrbio está afetando aquela criança em questão.

O primeiro passo a ser tomado pelos pais na hora de tratar desse tipo de problema infantil é ter em mente que a criança não pode ser culpabilizada, tampouco se sentir nesse papel de culpada. Caso isso venha a acontecer, é praticamente certo o fato de que essa criança vai ficar acuada e vai esconder-se cada vez mais. Portanto, para evitar esse tipo de situação, é necessário empreender mecanismos que façam com que essa criança se sinta estimulada a falar, isto é, tenha em si não só a vontade como também a coragem e a confiança necessária no adulto em questão para expor como está se sentindo, o que está se passando, quais são suas principais angústias e frustrações. Fazer com que as crianças sejam acompanhadas em seus primeiros confrontos com o mundo ao seu redor é dar-lhes sinal verde para sentir angústia, ansiedade, tristeza e apatia em sua totalidade, compreendendo que esses são apenas estágios passageiros e que nenhuma dor é para sempre. Ignorar a dor como forma de fazer com que ela suma é sempre a pior ação possível.