Resumo da Idade Moderna: A América colonial Espanhola – A cultura e a dominação

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Resumo da Idade Moderna: A América colonial Espanhola – A cultura e a dominação

Os espanhóis conquistarem a América significou a dizimação de boa parte dos povos nativos e a submissão da cultura daqueles que acabaram sendo dominados, manifestando uma severa intolerância para com os diferentes modos de viver e de ver o mundo das populações pré-colombianas.

Neste contato com os portugueses tiveram com os indígenas, também se faz sentir um comportamento análogo ao dos espanhóis, em sua colônia americana, ou na relação em que os norte-americanos travaram com as populações nativas que encontraram a caminho do Oeste dos atuais Estados Unidos, no século XIX. Outro exemplo seria ainda, o tratamento dispensado pelos alemães aos judeus, durante os anos 30 e 40 do século XX.

A América colonial Espanhola

Choques entre diferentes culturas são um fenômeno cruel da humanidade, ocorrido em diversas épocas e envolvendo povos diferentes. E em cada caso, a guerra, a exploração social e também econômica e demais formas de violência acabaram por se tornar práticas usuais para o exercício da dominação.

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O pacto colonial

Por meio do colonialismo mercantilista se deu a integração da América ao contexto europeu. Isso porque, a partir do século XV aconteceu um aumento significativo do comércio da Europa, graças ao processo de expansionismo marítimo, que acabou provocando uma verdadeira revolução do comércio. Diversas Coroas da Europa, depois de terem definido seus principais objetivos, no âmbito econômico, que era a de acumular prata e ouro, partiram para a exploração e montagem de impérios coloniais.

As colônias europeias na América, desde o princípio, tinham sua função econômica muito bem definida, a de se converterem em parcerias econômicas de suas metrópoles em um comércio que era especialmente cheio de desigualdades, ou seja, que acabaria resultando em vantagens para um dos lados apenas. Dessa maneira, as nações da Europa iriam obter na América alguns recursos essenciais para manter a balança comercia favorável, o que seria difícil de se ter na Europa.

Entre as metrópoles e as colônias, estabeleceu-se um conjunto de normas, chamado de pacto colonial, que regulamentava a relação entre elas. Vale ressaltar, que segundo essas normas, as metrópoles exerceriam o exclusivo comercial, o que significa dizer que o monopólio seria estabelecido sobre tudo o que as populações das colônias exportassem ou importassem. Além disso, enquanto a metrópole se concentrava no comércio, mais lucrativo, a colônia se dedicaria exclusivamente à produção.

Para que a burguesia metropolitana prosperasse, era importante que houvesse um comércio colonial lucrativo e assim, o estado absolutista forte entrou em manutenção. A população nativa acabou sendo explorada, e os europeus que haviam se estabelecendo na América, acabaram exterminando grande parte da população, o que causou um declínio de povos evoluídos, como os astecas no México e os incas na América do Sul.

Na região da cordilheira dos Andes, diversas civilizações sofisticadas se desenvolveram, principalmente nos territórios onde atualmente é a Bolívia e o Peru. Nesse contexto, destacaram-se alguns impérios, como o reino Chimu, Huari e o Tiahuanaco.

Os povos chamados de inca estavam submetidos ao poder de um imperador, que era considerado um verdadeiro deus na terra, ou ainda, o filho do sol.O auge desta civilização ocorreu entre os anos de 1438 até 1531, quando os espanhóis chegaram a região. Esse período foi marcado principalmente por uma alta expansão do território, e estendeu-se da região que conhecemos como Equador até o Chile. As ruínas de Machu Picchu dão uma ideia de toda a grandiosidade que foi o império inca.

Neste império inca, predominava a servidão coletiva, em uma sociedade que era muito hierarquizada. O imperador era considerado o proprietário de todas as terras, e essas, eram administradas por funcionários locais, que acabavam determinando ainda a quantidade dos impostos que seriam destinados a mita, ou seja, trabalho compulsório em obras públicas, e as que seriam destinadas ao imperador, e determinavam ainda a organização do trabalho.

No ano de 1525, quando o imperador Huayna Cápac morreu, seus dois filhos travaram uma disputa rigorosa. Foi nesse contexto, que os espanhóis acabaram chegando no Peru.

Sob a liderança de Francisco Pizarro, algumas tropas de homens conquistadores, os dois filhos do imperador foram capturados. Essa situação, em que um era prisioneiro do outro, durou por cerca de um ano. Depois da morte de Huascar e de Atahualpa, os incas conseguiram resistir por pouco mais de 40 anos, até o ano de 1572, quando os espanhóis colocaram fim, em definitivo, à independência dos incas.

Da região que ai do México até a Costa Rica, trecho que recebe o nome de Mesoamérica, sucederam-se diversas civilizações consideradas poderosas, como por exemplo os toltecas, os olmecas, o Império Teotihuacan e em especial, os astecas e os maias.

Os maias, como todas as outas civilizações pré-colombianas, organizavam-se com base na servidão coletiva, imposta por um poderoso estado e sua burocracia, que era fortemente reforçada pela religião e também pela atuação sacerdotal.