Autores Árcades

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Autores Árcades

Árcades

Também conhecido como Neoclacissismo ou Setecentismo, o Arcadismo foi um movimento artístico e literário que, via de regra, surgiu na Europa.

O Arcadismo é um movimento do século XVIII, contemporâneo da ascensão do movimento iluminista na Europa, período em que o poder da Igreja Católica e as velhas estruturas políticas e sociais foi desafiado por uma visão que valorizava o racionalismo e a ciência.

Naquele período, a burguesia, classe ascendente economicamente, buscava novos valores que lhe legitimassem. Nesse aspecto, o Arcadismo se ofereceu como um movimento reformador, abrangendo hábitos, atitudes, o ensino e a arte.

O Arcadismo se opõe, na arte, à temática complexa e extravagância estética do Barroco, no entendimento de seus precursores, buscando valorizar a tradição clássica, a simplicidade, a natureza e o cotidiano, tanto na temática quanto na forma.

O movimento é uma alusão à Arcádia, região localizada no sul da Grécia, que acabou se convertendo ao imaginário, ocupando a condição de lugar ideal, marcado pela simplicidade da vida pastoril, numa nítida oposição ao modo de vida extravagante de uma aristocracia decadente.

Na poesia, um dos principais traços é a predileção por modelos clássicos, como o soneto.

Arcadismo no Brasil

Embora o movimento tenha se iniciado na Itália ainda no século XVII, só chegou ao Brasil na segunda metade do século XVIII, tendo em Minas Gerais o seu principal foco, onde surgiram os mais famosos autores árcades.

No Brasil, o índio ganha papel de destaque na representação literária da simplicidade e da exaltação à natureza e à paisagem, embora a preocupação com a descrição da paisagem se estendesse aos centros urbanos e a vida ali presente.

Os principais autores árcades brasileiros form> Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama, Santa Rita Durão e Silva Alvarenga.

A obra mais conhecida desse período, que antecedeu o Romantismo, é o clássico épico Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, um tributo a um grande amor que não se consolidou graças à participação do autor num movimento insurgente contra a Coroa Portuguesa, que lhe rendeu um período na prisão e posterior exílio na África.

Outras obras de destaque são: Poema Épico e Caramuru (Santa Rita Durão), O Uruguai (Basílio da Gama). Poemas Satíricos e Cartas Chilenas (Gonzaga).