Bienal de São Paulo

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Bienal de São Paulo

A Bienal de São Paulo, ou também conhecida como Bienal Internacional de Arte de São Paulo, é uma mostra de artes que, como a denominação informe, acontece a cada dois anos na capital de São Paulo. O evento é continuamente encarregado por notabilizar a obra de gênios internacionais desconhecidos e por transmitir as inclinações mais relevantes no campo artístico mundial: é conceituada como um dos três importantes eventos do âmbito artístico internacional, juntamente com a Documenta de Kassel e a Bienal de Veneza.

O evento ocorre no Pavilhão Ciccillo Matarazzo no Parque do Ibirapuera, razão pela qual o edifício é reconhecido como Pavilhão da Bienal, planejado por Oscar Niemeyer.

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História

A primeira Bienal de São Paulo aconteceu em 1951, por causa dos interesses do mecenas e empresário Francisco Matarazzo Sobrinho, popularmente conhecido como Ciccillo Matarazzo, e de sua mulher Yolanda Penteado. A segunda montagem ficou renomada por trazer ao Brasil a até então rara obra de Pablo Picasso, Guernica.

É a primeira mostra de arte moderna de vasta proporção feita longe dos centros culturais norte-americanos e europeus. Seu principio associa-se a uma sequencia de outras produções culturais de São Paulo – Teatro Brasileiro de Comédia, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Companhia Cinematográfica Vera Cruz, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) – que indica para o árduo estimulo que as artes conseguiram no período, auxiliado por mecenas como Assis Chateaubriand e Ciccillo Matarazzo.

Criada no campo do MAM/SP, a 1ª Bienal acontece em 20 de outubro de 1951 na chapada do Trianon, lugar hoje preenchido pelo Masp. O ambiente, planejado pelos arquitetos Eduardo Kneese de Mello e Luís Saia, deu espaço para 1.800 obras de 23 nações, além da exibição nacional.

Nos dias de hoje, a Bienal é sustentada pela Fundação Bienal de São Paulo, instituição sem fins rentáveis que também produz a Bienal Internacional de Urbanismo, Arquitetura e Design de São Paulo em solidariedade com o Instituto de Arquitetos do Brasil.

Cronologia

– A 1ª edição da Bienal trouxe para o Brasil quadros de Pablo Picasso, René Magritte, Alberto Giacometti, George Grosz, além de retratar a criação brasileira de Victor Brecheret, Lasar Segall, Jorge Mori, Oswald Goeldi entre outros. As premiações dadas à escultura Unidade Tripartida de Mas Bill e ao quadro Formas de Ivan Serpa são indícios da atenção causada pelas novas inclinações construtivas na arte.

Max Bill, criador da Hochschule für Gestaltung Ulm, em Ulm, é o principal encarregado pelo ingresso do imaginário real na América Latina, especialmente no Brasil e na Argentina, na época depois da Segunda Guerra Mundial. A mostra do pintor em 1951 no Masp e o aparecimento da comissão suíça na 1ª Bienal, que aconteceu no mesmo ano, abrem os caminhos do país para os novos vocabulários plásticos, que começam a ser extensamente explorados.

– A 2ª montagem da Bienal, em dezembro de 1953, aconteceu no parque do Ibirapuera recém instalado por conta das celebrações do IV Centenário da cidade de São Paulo e cujo plano é consentido por Burle Marx e Oscar Miemeyer.

– Em 1959, aconteceu a 5ª edição com um grande episodio de publico e trouxe como inovação, de acordo com o critico Mário Pedrosa, a “Ofensiva Tachista e Informal”. Aí também é estabelecido um local para o teatro, que passa a separar o ambiente, com as exibições de filmes, com a arquitetura e as artes plásticas.

– Na 6ª montagem, de 1961, a tutoria geral de Mário Pedrosa ajusta obras modernas com retrospecção histórica. A expansão da presença nacional e a maior reprodução de obras de cunho histórico valem uma sequencia de criticas ao evento.

– Desde a 14ª Bienal, a mostra passe a se ordenar por centros temáticos, dentro de onde as obras passam a ser colocadas.

– A 16ª e 17ª Bienais, perante a tutoria geral de Walter Zanini, tem função importante no recolhimento do reconhecimento do evento, balançado no período anterior. Zanini planejou a exposição tendo como base as analogias de dialetos entre obras diversas. Revigora o centro histórico, retrata o estoque do Museu do Inconsciente e recupera a participação dos pintores modernos.

– Em 1985 e 1987,a tutoria da 18ª e 19ª Bienais, Sheila Leirner, com a ajuda de arquitetos, mostra novas respostar para a composição da exposição. Os pensamentos norteadores dos eventos – A Grande tela no qual as obras foram mostradas em três amplos corredores, com 30 cm de comprimento entre cada uma delas, e A Grande Coleção no qual os trabalhos foram mostrados de maneira vertical no Pavilhão arquitetado por Oscar Niemeyer, indicaram um novo sentido de tutoria.

– Em 2010 foi feita a 29ª edição, sendo que a 30ª montagem ocorreu em 2012.

– Em 2014, aconteceu a 31ª edição.

– A próxima mostra acontecerá em 2016, com tutoria de Jochen Volz.