Literatura Infantil

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Literatura Infantil

O interesse das crianças pela leitura não é algo tão comum como deveria ser. Com a diversidade de outras atividades a se fazer, os pequenos acabam não vendo graça em ficarem quietinhos lendo um livro. Muitas vezes, assistir televisão, jogar videogame ou ficar no computador parecem opções muito mais interessantes.

Outro fator que contribui para que as crianças não tenham tanto interesse na leitura é a falta de incentivo. Nem todas as escolas possuem bibliotecas com variedade de exemplares, ainda mais levando em conta que os livros para crianças possuem uma linguagem diferente. Além disso, mesmo sem querer, os pais acabam colocando os filhos na frente da TV e desestimulando outras atividades relacionadas à leitura.

Entretanto, é importante que, tanto na escola como em casa, a criança seja instruída a ler mais. Se os pequenos não demonstram tanto interesse pelos livros, deve-se começar por aqueles que são visualmente atrativos. Leituras com figuras podem ser mais interessantes até que a criança se sinta interessada em ler outras obras.

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História da Literatura Infantil

Antes de refletir sobre quais são as melhores opções de livros infantis, é interessante conhecer um pouco da história desta literatura. As obras voltadas para as crianças só surgiram no século XVIII. Antes disso, os pequenos participavam da vida social dos adultos e, por consequência, liam os mesmos livros que seus pais. Os filhos dos nobres podiam ler os grandes clássicos e os pobres tinham acesso as lendas folclóricas em cordel.

Porém, assim como tudo na vida, a literatura também evoluiu e foi adaptada às crianças. Atualmente, há uma imensa variedade de livros destinado ao público infantil, além das histórias que eram para outra faixa-etária e foram adaptadas. Alguns dos principais autores são:

Hans Christian Andersen (dinamarquês que viveu de 1805 a 1875): “O Patinho Feio”, “O Abeto”, “A Pequena Sereia”, “A Caixinha de Surpresas”, “O Soldadinho de Chumbo”, “O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio” e “Os Sapatos Vermelhos”;

Jean de La Fontaine (francês que viveu de 1621 a 1695): “O Lobo e o Cordeiro”, “A Tartaruga Aviadora”, “O Leão e o Mosquito”, “O Corvo que Queria Imitar a Águia” e “Os Dois Burros”;

Irmãos Grimm (alemães) – Jacob Grimm (viveu de 1785 a 1863) e Wilhelm Grimm (viveu de 1786 a 1859): “Branca de Neve”, “A Gata Borralheira”, “João e Maria” e “Os Músicos de Bremen”;

Charles Perrault (francês que viveu de 1628 a 1703): “A Bela Adormecida”, “Chapeuzinho Vermelho”, “Pequeno Polegar”, “O Gato de Botas” e “O Barba Azul”;

Charles Dickens (inglês que viveu de 1812 a 1870): “David Copperfield”, “Oliver Twist”, “Loja de Antiguidades”, “Um Conto de Duas Cidades”, “A Pequena Dorrit”, “Grandes Esperanças”, “A Casa Abandonada”, “Tempos Difíceis” e “As Aventuras do sr. Pickwik”;

Esopo (grego que viveu no século VII antes de Cristo): “A Cigarra e a Formiga”, “O Lobo e a Cegonha”, “A Lebre e a Tartaruga” e “O Leão Apaixonado”.

Literatura Infantil brasileira

No Brasil, diversos autores também se destacaram por suas obras de literatura infantil e infanto-juvenil. Entre eles: Figueiredo Pimentel, conhecido principalmente pelo livro “Contos da Carochinha”; Carlos Jansen, cuja obra mais famosa é “Contos Seletos das Mil e Uma Noites”; Ziraldo (“O Menino Maluquinho”, “Este Mundo é uma Bola”, “A Bonequinha de Pano” e “Uma Professora Muito Maluquinha”); Ana Maria Machado (“O Natal de Manuel”, “A Velhinha Maluquete” e “A Grande Aventura de Maria Fumaça”); Olavo Bilac; Coelho Neto e Tales de Andrade.

Mas quem se destacou mesmo em terras brasileiras foi José Bento Monteiro Lobato. O escritor nasceu em 1882, na grande São Paulo. Monteiro Lobato, como é conhecido, escreveu contos, romances, ensaios e, principalmente, livros infantis. O autor é um dos principais nomes da literatura brasileira e, além de escrever livros, também trabalhou como tradutor.

As principais obras de Monteiro Lobato são: “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, “Reinações de Narizinho”, “Urupês”, “O Minotauro”, “Cidades Mortas”, “Negrinha”, “Ideias do Jeca Tatu”, “O Pó de Pirlimpimpim,” O Irmão de Pinóquio”, “Aventuras do Príncipe”, “O Gato Felix”, “O Circo de Escavalinho”, “O Saci”, “O Marquês de Rabicó”, “Caçadas de Pedrinho”, “Os Doze Trabalhos de Hércules”, “Serões de Dona Benta”, “História das Invenções”, “História do Mundo para Crianças”, “A Reforça da Natureza”, “Histórias de Tia Anastácia”, “O poço do Visconde”, entre outras.

O universo da literatura infantil é marcado por algumas características específicas, tais como o discurso direto, a narrativa movimentada e com muito imprevistos, as ilustrações e os finais felizes em grande parte das histórias.

Algumas obras, apesar de serem destinadas ao público adulto, também podem ser consideradas infantis. Entre elas estão: “As Aventuras de Robson Crusoé”, de Daniel Defoe; “Platero e Eu”, de Juan Ramón Jiménez; e “Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift.

Com a enorme variedade de livros para o público infantil, não há porque os pais não estimularem o costume nos filhos. A leitura é um hábito que deve ser praticado desde muito cedo. Isso auxilia na educação e na formação da cultura das pessoas.