Poesia Romântica

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Poesia Romântica

Poesia

O Romantismo foi um movimento artístico completo, mas que teve como principal fundamento sua escola literária. Surgido na Europa no século XVIII e chegando até o XIX, seus fundamentos eram opostos ao classicismo anterior a sua formação e o racionalismo posterior.

No Brasil, a escola literária durou apenas 45 anos, com foco na poesia romântica que ficou valorizada por grandes nomes como Castro Alves e Gonçalves Dias. Também com três gerações, a poesia romântica brasileira não só era voltada para o amor platônico como retratava o nacionalismo.

A poesia romântica no Brasil

Pelos séculos em que se manteve, o romantismo sofreu influência de vários conflitos mundiais, sendo o mais contundente a Revolução Francesa. Ao longo de sua história, o estilo foi pontuado com três gerações românticas com fortes características de seu tempo.

No Brasil, a poesia romântica chegou em 1836, com a publicação de “Suspiros Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães. Nela havia um conteúdo que já tipificava a primeira geração como o lirismo, a subjetividade e as emoções.

A primeira geração de poesia romântica brasileira é conhecida como indianista, caracterizada pelo ufanismo em busca de uma identidade nacional. Ele reforçava o anticolonialismo de Portugal, enfatizava a independência brasileira, colocava o índio como herói, mas mantinha nostalgias sobre o passado.

A segunda geração de poesia romântica brasileira tinha a melancolia como base para se inspirar. A depressão era a fonte de inspiração dos poetas, que cultuavam os amores impossíveis, os mistérios da noite, as angústias e os transtornos mentais. A morte quase sempre estava presente, de forma direta ou indireta, além da loucura, embriaguez e a distância entre o ser amado.

É uma geração considerada o apogeu do romantismo, também conhecida como “Mal do Século”, já que suas características se tornaram referência do estilo até os dias de hoje. As poesias eram carregadas de subjetividade, egocentrismo e sentimentalismo, muito bem representados por Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu.

Já a terceira geração de poesia romântica brasileira tinha como foco o social. Menos dramática que a segunda e mais preocupada com questões reais como a liberdade dos escravos, seus autores viam o ser amado de forma mais realista, quase uma preparação para a próxima escola, o Realismo.

O erotismo está presente nas poesias românticas da terceira geração, mas ainda com o viés do pecado e da impossibilidade. O amor platônico não é mais valorizado, mas surge como uma negação ao sentimento. Esse período é também chamado de “condoreirismo”, com influência no escritor francês Victor Hugo e que no Brasil teve como sua principal referência o poeta Castro Alves.