Resumo do Modernismo: As vanguardas europeias e o modernismo – Contexto Histórico

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Resumo do Modernismo: As vanguardas europeias e o modernismo – Contexto Histórico

No início do século XX, as novas invenções, que eram consideradas espetaculares acabaram por substituir o modo como a realidade era vista de maneira rápida. Isso porque, foi nessa época, que surgiram os automóveis, as máquinas voadoras, o cinema, o que deu origem a um período de velocidade, resultando em um progresso material que chegava a causar espanto e ainda uma disputa muito acelerada das potências mundiais pelo poder.

As vanguardas europeias e o modernismo

A crise da sociedade liberal e burguesa existente nesse período, acabou culminando na Primeira Guerra Mundial. Esse conflito, que tinha proporções catastróficas, gerou transformações profundas que tinham seu alicerce nas ideias de nacionalismo, provocando o surgimento de novas correntes ideológicas, como por exemplo o fascismo, o nazismo e o comunismo, que acabaram mudando toda a face mundial no decorrer deste século.

Os movimentos mais conhecidos da vanguarda europeia são o Expressionismo, o Surrealismo, o Dadaísmo, o Cubismo e o Futurismo. O nome vanguarda, tem origem de uma expressão francesa, que significa estar à dianteira de um movimento, à frente. Por isso, esse termo é utilizado na denominação de grupos de pessoas, que por causa de tendências naturais ou por seus conhecimentos, exercem o papel de precursoras ou pioneiras em um determinado movimento artístico, cultural, científico, etc. Assim, se deu o conjunto desses cinco ‘ismos’:

O que foram os cinco ‘ismos’ – movimentos vanguarditas – Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo?

Futurismo: Como o próprio nome acaba dizendo por si só, via-se nesse movimento conhecido como Futurismo, uma vontade de acabar com o passado, de começar novamente tudo do ponto de partida e de reformular técnicas e temas de arte. O verdadeiro líder dos artistas que fizeram parte desse movimento foi Filippo Tommaso Marinetti, um poeta ítalo-francês, que no ano de 1909, publicou em Paris, o primeiro manifesto dessa vanguarda. O Futurismo, estava ligado com a temática da guerra, e propôs uma nova forma de arte, como uma imagem mais rápida e veloz do progresso moderno mundial.

Cubismo: Este movimento de vanguarda surgiu no ano de 1907, e valorizava as formas da geometria, como por exemplo, cilindros, cones e cubos. Por isso, o nome, Cubismo. Mas, esse movimento acabou entrando em declínio ainda na Primeira Guerra Mundial. De início, esse movimento se desenvolveu na pintura, a partir das experiências do francês Georges Braque e do espanhol Pablo Picasso, que representavam os objetos ‘cubificados’, por assim dizer, com o objetivo de apontar mais ângulos da realidade cotidiana.

Expressionismo: Este movimento teve início na Alemanha, no ano de 1910 e ficou caracterizado como a arte que fora criada sob o impacto do sofrimento humano. Diversos dos artistas desse movimento, foram estimulados por formas exóticas, como por exemplo, a arte popular e primitiva, como estatuária e máscaras da Oceania. Também podemos dizer, que uma tendência deste movimento foi a representação dos horrores da Primeira Guerra Mundial. Os expressionistas não se importavam muito com as noções do que era feio ou belo. O essencial para eles, era registrar, segundo uma leitura dele próprio, as noções de belo do mundo. Vale dizer ainda que o Expressionismo, admitiu uma imagem distorcida, semelhante à caricatura, que privilegiava um só aspecto do que retratava.

Dadaísmo: Este movimento surgiu no ano de 1916, na Suíça, e teve grande ênfase na anarquia e na destruição de formas e de valores. O líder dessa vanguarda, Tristan Tzara, afirmou ter encontrado essa denominação no Dicionário Petit Larousse, em uma página aberta. Ao adeptos do movimento se encontravam em Zurique, num café com o nome de Cabaret Voltaire. Este tipo de arte tinha o objetivo de provocar a surpresa e ainda o escândalo, de acabar de vez com o bom senso, rompendo assim com qualquer tipo e forma de equilíbrio. No Brasil, os modernistas do primeiro tempo, em especial Mário de Andrade, sofreram influências do Dadaísmo europeu.

Surrealismo: Este movimento vanguardista nasceu no período compreendido entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que vai dos anos de 1918 e 1939, tendo como líder um dissidente do movimento Dadaísta, André Breton. Considerados filhos do Cubismo, do Futurismo e do Dadaísmo, os artistas surrealistas não aceitavam a ação demolidora e a pura destruição dos que pertenciam ao grupo do Dadaísmo. O objetivo principal desse movimento era abrir caminhos para a expressão do psiquismo humano. Dessa maneira, o Surrealismo valorizava: o sobrenatural e o maravilhoso, como fontes em potencial de arte; o domínio da consciência, a imaginação, contra a lógica e ainda a busca de imagens incongruentes, ou seja, provocantes; e o automatismo psíquico, que nada mais é do que escrever de maneira espontânea, sem pensar, ao fluxo do inconsciente. Podemos dizer, que o artista Mário de Andrade, praticamente intuiu o Surrealismo com a frase: ‘Quando sinto a impulsão lírica, escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente grita.’