Simbolismo: Características, Estilo, Poesia, Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens

Literatura,

Simbolismo: Características, Estilo, Poesia, Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens

Simbolismo

Em meio a um período de transformações, em que a arte e o pensamento se debruçavam sobre a conjuntura social e a condição humana, o simbolismo surgiu como um contraponto, dentro da conjuntura artística, a essa tendência.

O simbolismo surgiu na França, já no final do século XIX, período em que se debatia os efeitos da Revolução Industrial, em que o positivismo e o socialismo ganhavam adeptos. No Brasil, a estética do romantismo perdia força e era substituída pelos movimentos realista e naturalista. A sociedade urbana e as mazelas sociais estavam na ordem do dia da produção literária.

Na poesia, o simbolismo é contemporâneo do parnasianismo, movimento do qual se aproxima, sobretudo pela valorização da formalidade, embora os simbolistas se oponham ao rigor e disciplina excessiva dos parnasianos.

Quanto à abordagem, a objetividade, o realismo e a frieza do parnaso são substituídas pela metafísica, pelo apelo ao mundo espiritual e ao inconsciente. Na poesia simbolista, ao contrário da parnasiana, a preocupação é sugerir e não descrever.

O poeta simbolista é misterioso e dotado de uma propensão ao fúnebre, o que levou o movimento a ser chamado de decadentismo.

Cruz e Sousa

É considerado o principal nome do simbolismo brasileiro. Nasceu em 1861 e faleceu em 1898, com apenas 36 anos, vítima de tuberculose. Filho de ex-escravos, embora tenha tido educação refinada, enfrentou problemas por causa de sua cor, sendo impedido, por causa disso, de assumir o cargo de juiz.

Foi responsável pela introdução do simbolismo no Brasil com “Missal” e ” Broquéis” em 1893. Foi autor, também, de “Últimos Sonetos”, “Evocações” e “Missal”.

Alphonsus Guimarães

Nasceu em 1870 e morreu em 1921. Suas principais obras são: “Kyriale”, “Câmara Ardente”, “Dona Mística”, “Centenário das Dores de Nossa Senhora”, “Pauvre Lyre”, “Mendigos” e “Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte”.

Alphonsus pautou sua obra pela atmosfera religiosa, com ênfase na musicalidade das composições, combinando expressividade e leveza nos versos, uma obsessão da estética simbolista.