Inflação: A desvalorização do poder de compra

Matemática,

Inflação: A desvalorização do poder de compra

Você, com certeza já ouviu o termo inflação por aí, pode ter sido em um noticiário, ou mesmo alguém reclamando que ultimamente a inflação tem estado nas alturas.

Inflação, nada mais é do que o aumento, generalizado, no valor dos produtos. E assim, quanto mais os preços crescem, mais o consumidor vai gastar de seu salário para poder usufruir de certos bens e serviços. Pode-se dizer que o poder de compra é definido de acordo com os índices de inflação, baseado no aumento ou queda dos preços.

 

A inflação no Brasil

Durante as décadas de 1980 e 1990 o Brasil passou por um conturbado momento em sua economia no qual os níveis de inflação eram elevadíssimos, o que provocava oscilações constantes nos preços.

Por exemplo, ao comprar determinado produto no supermercado pela manhã o cliente pagaria um valor, contudo, se ele fosse a tarde comprar o mesmo produto, corria o risco de pagar mais caro.

Na época o Governo teve que tomar uma atitude para poder conter a inflação desenfreada, foi então, que o “Plano Real” foi criado e estabilizou a economia. Mas, medidas como esta exigem planejamento e organização, além de levar muito tempo para surtir efeitos, é por isso, que existem órgãos responsáveis por fiscalizar os índices de inflação.

No Brasil, os órgãos responsáveis por verificar tais índices são o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Entendendo a desvalorização do dinheiro

Raciocine o seguinte: O produto X custa R$10,00, em contrapartida o salário do trabalhador sofreu um reajuste passando a ser R$1.000,00, sendo assim, este mesmo trabalhador pode comprar 100 produtos X com o seu salário.

Até aqui tudo bem, mas digamos que depois do reajuste salarial a inflação tenha subido de 5 a 6%, sendo assim o produto X também sofre um reajuste e passa a custar R$11,13.

Agora, com o mesmo salário de R$1.000,00 o trabalhador ainda precisa do produto X, contudo, seu poder de compra diminui, afinal, agora em vez de 100 produtos ele vai conseguir comprar aproximadamente 89. Quando o poder de compra cai o dinheiro passa a ser desvalorizado.

Causas e consequências

Em geral a inflação pode ser causada por três motivos: grande quantidade de dinheiro em circulação, aumento nos custos de produção (ou seja, a indústria tem que repassar para o consumidor o aumento no preço de suas matérias primas) e as expectativas dos agentes econômicos (que englobam consumidores antecipando o consumo, reivindicação de aumento salarial e aumento das taxas de juros pelos bancos).

As principais consequências de uma taxa de inflação alta é a desvalorização do dinheiro, e também, do poder de compra. Mas engana-se quem pensa que a desvalorização do poder de compra afeta apenas os consumidores, na verdade todo o sistema econômico sai muito fragilizado.

É claro que a alta nos preços é sentida primeiro pelos consumidores, seja nas compras de artigos de necessidades básicas, eletrodomésticos ou mesmo automóveis. Em seguida empresários e empreendedores que necessitem de produtos importados irão sentir um rápido aumento nos preços e por consequência, em um efeito dominó, todos pagarão mais caro para se ter muito menos.

A situação do Brasil

Atualmente o Brasil tem passado por momentos de sufoco protagonizados, principalmente, pela elevação na taxa da inflação e a queda do PIB (Produto Interno Bruto).

Para diversos economistas as principais causas são a alta do dólar e dos preços de alguns serviços, como água, luz e telefonia. Tudo isso contribui para pressionar os preços em 2015.

Só para se ter ideia em março deste ano a inflação chegou a 1,32% de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Considerando apenas o mês de março esta é a maior taxa da inflação desde fevereiro de 2003, e a mais elevada desde o ano de 1995.

A previsão é que a taxa de inflação chegue a 8,25% em 2015 no país, mas vale lembrar que se a taxa estiver em 6% ela já é considerada alta.

É óbvio que o combate a inflação não é uma receita pronta, e pode mudar de acordo com a situação econômica vivida por cada país. Na situação atual do Brasil qualquer atitude não traria respostas em curto prazo, mas muitos defendem que o aumento de juros é uma boa medida a ser tomada.

A inflação não é boa para ninguém, principalmente para economia de um país que terá sua moeda desvalorizada, perderá a confiança de seus empresários, e, portanto, perde a chance do surgimento de novos empreendimentos. Além disso, fatores como desemprego e o baixo consumo também são fantasmas que podem bater a porta.

Agora é esperar que o governo consiga controlar a taxa, só dessa forma os consumidores podem se restabelecer e voltar a ganhar um salário que ao invés de faltar sobre no fim do mês.