Orações Subordinadas Substântivas

Gramática, Português,

Orações Subordinadas Substântivas

Um determinado período pode ser formado de duas diferentes formas: ou por meio de subordinação ou por coordenação. No caso de coordenação, as frases têm uma independência em sua estrutura, e por isso, a oração pode ser compreendida separadamente sem qualquer problema.

Já no caso das orações compostas por subordinação, devemos destacar que elas dependem entre si em cada uma de suas estruturas.

Existem diferentes formas de identificar orações subordinadas, e neste artigo falaremos especificadamente das subordinadas e substantivas.

Orações Subordinadas

Orações subordinadas substantivas

As orações subordinadas substantivas são aquelas orações que possuem uma função própria e sintática, como se fossem realmente substantivos. Geralmente ela é composta por algumas conjunções integrantes no seu início, como no exemplo:

Agrada-me caso venha à minha casa. O “agrada-me” é caracterizado como a oração principal, enquanto o “caso venha à minha casa” é caracterizada como uma oração subordinada substantiva.

Classificação das orações

As orações subordinadas substantivas podem ser caracterizadas e encontradas de diferenciadas maneiras. Por conta disso, confira neste artigo cada uma delas.

• Orações subjetivas

As orações subjetivas são aquelas que funcionam como um sujeito para o verbo que caracteriza e dá sentido para a oração principal. Dessa forma, o verbo nesse caso é sempre apresentado na terceira pessoa singular e o sujeito é inexistente, ou melhor, é a própria oração subordinada.

Aqui vai um exemplo:

“É de extrema importância que se abra um processo contra essa empresa”.

• Orações objetivas diretas

As orações objetivas diretas, por sua vez, são aquelas responsáveis por exercer com a função principal do objeto direto presente no verbo da própria oração principal. Dessa forma, essa oração estará sempre relacionada com o verbo que já está presente na oração principal, sem que seja necessário, por exemplo, o uso de preposições.

Além disso, nesse tipo de oração é também necessário indicar qual é o alvo em que a ação se estabelece, assim como acontece no exemplo.

Exemplo:

“Quero descobrir/como você conseguiu chegar sozinho aqui”.

• Orações objetivas indiretas

Já as orações objetivas indiretas são aquelas que funcionam como um verdadeiro objeto indireto para o verbo presente na oração principal. Sendo assim, esse objeto estará sempre ligado com aquele verbo da oração com mais informações, e também não se torna necessário nesse caso a ajudinha das preposições, muito frequente em outras regras da língua portuguesa.

O exemplo nesse caso pode ser:

“Fernanda recordou-se / de que Victor só poderia chegar após as 20h”.

• Oração completiva nominal

Assim como o seu próprio nome já nos indica, a oração completiva nominal é aquela que atua como um complemento de caráter nominal para um determinado nome utilizado na oração principal. Essa oração sempre se relaciona de forma direta com um nome presente na primeira oração, e dessa vez, por meio das preposições.

Um simples exemplo:

“Tenho a garantia / de que não tem mais jeito”.

• Oração predicativa

As orações subordinadas substantivas de caráter predicativas, por sua vez, são aquelas que funcionam como um predicado para o próprio sujeito presente na oração principal.

Dessa forma, essa oração sempre se relaciona com o sujeito, e a ligação se torna possível de maneira simplificada, por meio dos verbos de ligação.

Aqui vai um exemplo dessa utilização:

“O meu intuito / é que você consiga finalmente encontrar sua luz”.

• Oração apositiva

Por fim, no que diz respeito às diferenciadas formas de caracterizar orações subordinadas substantivas, temos também as orações apositivas.

As orações apositivas são aquelas que funcionam como verdadeiros apostos para um nome que é encontrado na oração principal da frase. Sendo assim, ela sempre se relaciona com um nome dessa oração.

E para realizar essa ligação não há a necessidade de trabalhar com preposições e nem mesmo com os verbos de ligação.

O exemplo:

“Eu só te peço uma coisa: / que os seus amigos nunca abandonem seus próprios ideais”.

As orações subordinadas substantivas reduzidas

Quando falamos de orações subordinadas, não devemos nos esquecer que elas podem também ser reduzidas, derivando do particípio, do infinitivo ou então do gerúndio.

Porém, as orações subordinadas substantivas, que são às quais nos referimos neste artigo, não contam com essa possibilidade, já que só conseguem ser reduzidas por meio do infinitivo.

Orações desse caráter que são reduzidas devem também ser classificadas, e tudo no caso dependerá da função da mesma no que diz respeito ao seu período.

Vamos para alguns exemplos.

“É importante os estudantes assistirem às palestras”.

Ou

“Aguardava não ser chamado para as etapas finais”.

Ao observar os dois exemplos, devemos notar que no primeiro deles temos uma oração subordinada reduzida e subjetiva.

No segundo caso, a oração que passou pelo processo de redução do infinitivo é caracterizada como objetiva direta.

Sabemos que de fácil a língua portuguesa não tem nada, e é exatamente por isso que o idioma é caracterizado como um dos mais complexos e repletos de regras de todo o mundo. Porém, aprender cada uma das regras na prática pode ser mais simples do que você imagina: dedique-se, leia bastante e com o tempo elas estarão totalmente claras!