Copolímeros

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Copolímeros

Antes de compreender o que são e como são formados os copolímeros, é fundamental voltarmos um pouco: você sabe o que são os polímeros? Vamos lá. Os polímeros consistem em macromoléculas, por sua vez, compostas por um grupo de vários monômeros (que nada mais são do que pequenas moléculas). Resumidamente, os polímeros são macromoléculas formadas a partir da junção de várias pequenas moléculas.

Copolímeros

Os polímeros são classificados de diferentes formas, sendo um destes critérios o tipo de formação. Neste caso, os polímeros podem ser polímeros de adição, polímeros de rearranjo ou polímeros de condensação.

Falando um pouco sobre os polímeros de adição, devemos destacar que estes são formados a partir da soma de um grupo sucessivo de pequenas moléculas (ou seja, monômeros). Na grande maioria dos casos estes monômeros são idênticos, e não à toa, denominados ‘homopolímeros’.

Porém, nem todos os polímeros de adição surgem a partir de monômeros iguais (ou melhor, de homopolímeros). Quando os polímeros de adição são compostos por pequenas moléculas de diferentes origens, surgem os copolímeros.

Entende agora a relação? A seguir, confira mais sobre os copolímeros, suas principais características e diferentes tipos.

O que são os copolímeros?

Os copolímeros nada mais são do que polímeros de adição compostos por monômeros diferenciados, como já vimos anteriormente. Essa formação pode ocorrer tanto de modo regular como irregular.

Os diferentes monômeros se dispõem na formação dos copolímeros de diferentes formas: em blocos, intercaladamente (com um monômero de um tipo; em seguida, um monômero de outro tipo e por aí vai) ou até mesmo de modo totalmente aleatório, em que a disposição dos diferentes monômeros ocorre como que ao acaso. Tais mudanças, por mais que não pareçam importantes, são fundamentais para a definição das propriedades finais do polímero.

Neste sentido, os diferentes tipos de copolímero são:

• Copolímero alternado: E – F – E- F – E – F – E – F – E- F – E – F E – F – E- F – E – F
• Copolímero aleatório: E – E – F – F – F – E – F – F – E – E – E – E – F – F – E
• Copolímero em blocos: E – E – E – E – E – E – F – F – F – F – F – F – E – E – E – E – E – E – F – F – F – F – F – F
• Copolímero enxertado:

F
F
|
E – E – E – E
|
F
F
F

Além destes quatro tipos de copolímeros, que são os mais comuns, existem ainda outros dois mais raros:

1. Copolímero em escova: neste caso, o copolímero é ramificado com monômeros idênticos (ou seja, homopolímeros) ou conta com um homopolímero na cadeira principal, apesar de sua estruturação em bloco (o que o caracteriza como copolímero);

2. Copolímero em estrela: neste caso, suas ramificações são ainda maiores, sendo elas aleatórias, em bloco ou alternativas – formando, no final, uma estrutura similar a uma estrela.

Os diferentes tipos de copolímeros

Alguns copolímeros são:

• Saran

O saran é um copolímero formado por 1,1-dicloroeteno e cloroetano (ou seja, coreto de vinila). Ele está entre os mais resistentes polímeros, uma vez que é capaz de resistir até mesmo a solventes do tipo orgânicos e alguns agentes da atmosfera. Não à toa, é utilizado para a confecção de folhas para invólucros de alimentos e para tubos plásticos no interior de automóveis.

• Buna-N

O copolímero Buna-N, também conhecido como perbunam, é obtido pela combinação entre 1,3-butadieno e acrilonitrila.

Este copolímero é um tipo de borracha sintética, sendo ela extremamente resistente a óleos de origem mineral. Ele é utilizado na confecção de tubos que conduzem óleos deste tipo (como os lubrificantes, por exemplo) para automóveis, equipamentos, máquinas e outros neste sentido. Essa borracha também é encontrada para o revestimento de tanques de combustível, composição de mangueiras e gaxetas.

• Buna-S

Já a borracha buna-S, conhecida popularmente também pelos nomes ‘Borracha SBR’ ou ‘Borracha GRS’ é formada pela combinação entre 1,3-butadieno e estireno, tendo ainda o sódio metálico como uma espécie de catalisador.

Esse tipo de borracha é o melhor quando o assunto é resistência a atritos. Não à toa, ela é utilizada para a composição de bandas de rodagens de pneus, para isolamento de fios elétricos e para composição de artefatos de modo geral.

• Poliuretana

Por fim, a poliuretana é formada a partir da combinação entre etilenoglicol (ou seja, 1,2-etanodiol) e disocianato de parafenileno.

A resistência deste tipo de copolímero é ao calor e à abrasão. Não à toa, ele é utilizado para a fabricação de interiores de roupas (permitindo o isolamento do revestimento das peças), aparece em pranchas de surf e na composição de aglutinantes para combustíveis especiais, como de foguetes, por exemplo.

A versatilidade é uma das principais características deste tipo de copolímero. Quando ele é exposto ao calor (pela injeção de gases em laboratórios específicos), há a formação de uma espuma. A dureza desta espuma, por sua vez, pode ser controlada de acordo com o tipo de utilização que o poliuretano ganhará.