Eletroafinidade

Quí­mica,

Eletroafinidade

Como uma propriedade periódica, já que reflete o número atômico dos elementos e representa uma ordem de crescimento nos períodos e conjuntos da tabela periódica, a eletroafinidade está relacionada com a quantidade de energia que um átomo libera ao receber um elétron ou a um ânion quando perde o elétron. A eletroafinidade pode ser definida como índice numérico (energia/volume de matéria) que significa o mínimo de energia gasta por uma fonte externa para que um elétron seja tirado de um ânion na condição gasosa, ou quando um átomo gasoso libera a energia.

Dos vários elementos que compõem a tabela, os elementos do grupo 7A, ou seja, os halogênios são os que têm maiores valores absolutos de eletroafinidade. Diferente dos metais do grupo alcalinos (1A). O átomo de cloro que possui uma afinidade eletrônica em módulo de 349Kj/mol e o sódio que possui uma eletroafinidade igual a 53 KJ/mol, são alguns dos exemplos.

Eletroafinidade

Todos os elementos, aproximadamente liberam energia quando recebem um elétron nessas condições. Por isso o valor efetivo da eletroafinidade é um número negativo, em que quanto mais baixo o valor mais energia será liberada. Com isso chegamos à conclusão de que o átomo de cloro libera mais energia do que o átomo de sódio.

Variação da Eletroafinidade

De maneira geral a eletroafinidade fica maior da esquerda para a direita e de baixo para cima quando analisada a disposição dos elementos em uma tabela periódica. Porém, existem algumas exceções que podem ser vistas como é o caso do átomo de cloro que está em uma posição inferior na tabela, mas possui mais eletroafinidade que o átomo de flúor.

Outras propriedade periódicas relacionadas à eletroafinidade

Há outras características periódicas que podem ser também relacionadas à eletroafinidade. Segue abaixo:

• Eletronegatividade:
É uma propriedade periódica junto com a eletropositividade que indica a tendência de um átomo quando há uma ligação química e este átomo atrai elétrons compartilhados.

Também podem indicar a força que o núcleo atrai a eletrosfera. As duas propriedades (eletronegatividade e eletropositividade) podem ser definidas da seguinte forma: a primeira como a tendência que o átomo atrai elétrons compartilhados em uma ligação química e a segunda a tendência que o átomo tem em liberar elétrons quando se liga a outro.

Os conjuntos dos gases nobres, por exemplo, são elementos que possuem os valores tanto de eletronegatividade quando de eletropositividade. Em uma ligação química a diversidade de eletronegatividade entre os elemento indica o tipo de ligação, se por acaso a eletronegatividade for maior que 1,7 eV, a ligação se torna iônica.

Na tabela periódica a eletronegatividade cresce de baixo para cima nas famílias e da esquerda para direita nos períodos, enquanto a eletropositividade cresce de cima para baixo nas famílias e da direita para a esquerda nos períodos.

• Raio atômico:
Nesta propriedade a medição define-se pelo o quanto menor o raio atômico, maior a eletronegatividade e consequentemente maior a eletroafinidade. Concluímos que átomos menores representam mais afinidade do que átomos que possuem um tamanho maior.

O raio atômico representa a distância entre o centro do núcleo do átomo e a camada de valência. E seu cálculo é feito pela molécula diatômica de um elemento como a metade do espaço entre os núcleos. Já que o átomo não possui o formato de uma esfera, o cálculo do seu raio quando isolado acaba por ser impreciso.

O raio atômico tende a crescer de acordo com o número de camadas e diminui com o aumento do número atômico. Em uma família, por exemplo, o raio aumenta de cima para baixo e no período da direita para a esquerda. Quanto maior o raio atômico menor será o potencial de ionização e também menor a eletroafinidade, já que com pouca força de atração sobre a eletrosfera menos é a quantidade de energia liberada.

• Potencial de Ionização:
Como a ação de transformar átomos de carga neutra em seus respectivos íons, a Ionização é uma propriedade da tabela periódica. A energia precisa para conseguir modificar um átomo em íon depende de elemento para elemento. Essa modificação acontece por causa de que o elétron recebe energia o suficiente para se libertar da nuvem eletrônica que faz parte do átomo.

Quando um elétron sai, o átomo passa a possuir mais prótons em seu núcleo do que os elétrons na eletrosfera. O que acaba por fazer o íon se tornar mais rígido. A eletrosfera acaba por se atrair fortemente pelo núcleo, aumentando a quantidade de energia usada para retirar outro elétron. Se outro elétron é retirado, a força referente que está no núcleo acaba se tornando maior e assim consecutivamente conforme outros elétrons são tirados.

Entre outras qualidades o potencial de ionização, por ser uma propriedade periódica, pode oscilar entre os períodos e famílias da tabela. O potencial de ionização pode ser medido em elétron Volts (eV) ou Kilojoule/mol (Kj/mol).