Função Éter

Quí­mica,

Função Éter

O éter é uma função química. Muitos o conhecem apenas como éter, porém ele possui sinônimos que são:

• Éter etílico;
• Éter sulfúrico;
• Éter dietílico;
• Óxido etílico.

O teor de toxidez do éter é baixo. No entanto, não se deve descuidar desse tipo de substância, já que ele apresenta elevados riscos de incêndio e explosão, devido à sua composição, sendo um líquido incolor altamente inflamável e volátil, ou seja, que se dissolve facilmente no ar.

ÉterFunção Éter

Por não ser tóxico, o contato com esse produto não impede que a exposição a ele cause danos ao indivíduo. Em baixas quantidades, os efeitos são mínimos. Já inalações do éter em altas quantidades podem gerar os seguintes problemas:

• Excitação;
• Irritação;
• Sonolência;
• Morte (por falha respiratória);
• Torpor.

A principal característica do éter está na presença de oxigênio que se liga a outros dois tipos de grupos orgânicos. A fórmula molecular da substância é C4H10O, sendo que para o seu modelo estrutural se verifica a seguinte fórmula:

CH3CH2-O-CH2CH3

A invenção da anestesia com o éter

A função do éter varia de acordo com o setor em que é utilizado. Na indústria funciona como solvente, tanto para resinas quanto para óleos. Até mesmo a fabricação de pólvoras ocorre devido à função éter, que também pode ser destinado para outros setores.

As transformações ocorridas ao longo das civilizações até agora possibilitaram descobertas e invenções que contribuíram muito na medicina. Sem elas, muitas das mais complexas cirurgias realizadas pelo mundo não seriam possíveis, já que os sofrimentos seriam insuportáveis.

Desde Hipócrates, ícone na história da saúde, o maior desafio para os estudiosos médicos era conseguir superar os desafios gerados pela dor. A ideia de se praticar cirurgias através de anestesias gerais tornou possível a realização de procedimentos invasivos com menos sofrimento e por mais tempo.

Tal mudança na área médica ocorreu a partir de 1846, quando um dentista, o norte-americano Thomas Green Morton, pela primeira vez utilizou o éter para que uma extração dentária fosse realizada, na cidade de Boston, nos EUA. Ou seja, a função do éter é causar também anestesia geral em pacientes, quando utilizado.

Você deve estar se perguntando: “por que foi um dentista e não um médico que realizou a descoberta?”.

Morton foi o idealizador de um aparelho inalador de éter. O dentista criou o aparelho depois de ter realizado diversas extrações dentárias. Durante suas experiências com seus pacientes, Morton tinha concluído que a utilização da substância reduzia significativamente a dor na hora de extrair dentes, problema que até então gerava muita dor de cabeça para o dentista.

Depois de comprovado o sucesso nos procedimentos ortodônticos, o dentista solicitou autorização para que o aparelho fosse utilizado em uma situação de maior complexidade como uma cirurgia e não mais uma simples retirada de dente. Depois de autorizado, o primeiro paciente a ser operado com anestesia geral foi um garoto de 17 anos, cujo nome é Gilbert Abbot, que sofria com a presença de um tumor no pescoço.

Quem realizou o procedimento cirúrgico foi John Collins Warren, que esteve acompanhado de Thomas Green Morton. Nesse contexto, a aplicabilidade da anestesia geral ocorrera com sucesso, sem que houvesse risco ou complicações na cirurgia.

O que fez com que Morton criasse um aparelho destinado para a redução da dor através da função éter, capaz de realizá-lo, foi o seu incansável interesse em estudar métodos que pudessem reduzir a dor de seus pacientes. Por isso, ele realizava muitas pesquisas. Depois de ter consultado um professor de química, chamado Charles Jackson, que lhe havia sugerido que utilizasse o éter, as certezas de que seria dado um passo gigantesco na medicina foi questão de tempo.

Todavia, a utilização em excesso do éter para anestesiar alguém pode resultar em alterações da pressão arterial ou danificar o sistema respiratório. Com isso, embora um grande paradigma no ambiente hospitalar tenha sido rompido, sua utilização deve ser realizada apenas por profissionais capacitados na aplicação anestésica, para não comprometer a saúde do paciente.

A substituição do éter e o anestesiologista

Por ser uma substância explosiva, a utilização do éter em procedimento cirúrgico vem se tornando cada vez menor, sendo gradativamente substituído pelo gás hilariante, conhecido tecnicamente como óxido nitroso.

Uma equipe cirúrgica, por sua vez, é integrada com uma pessoa destinada exclusivamente a aplicação de anestesia. A finalidade do anestesiologista é monitorar não apenas as porcentagens de anestesias que são aplicadas no paciente, como também restringir as inúmeras drogas que farão parte do procedimento.

Esse profissional sempre deve se atentar ao estado geral do paciente em todo o percurso cirúrgico, caso contrário o descuido pode ser fatal. Por isso, a complexidade que gira em torno da anestesia vai muito além de simplesmente aplicar a substância no paciente.

A ciência médica possibilita dois tipos de anestesia geral que é a inalante e a endovenosa. Na inalante, a droga, em estado líquido, é vaporizada, a fim de que o paciente, ao inalá-la, sinta seus efeitos depois de ter passado pelo pulmão para logo em seguir chegar até a corrente sanguínea. Já no caso endovenoso, a substância é injetada na veia de maneira direta.