Ligação Covalente: Ametais e Semimetais

Quí­mica,

Ligação Covalente: Ametais e Semimetais

A ligação covalente é um termo utilizado com frequência na química, e por conta disso, é também comum a realização de provas e questões (principalmente nos vestibulares públicos) em que as ligações covalentes se tornam parte do conteúdo cobrado.

O que é

De uma forma geral, as ligações covalentes nada mais são do que ligações de caráter químicas que ocorrem por meio do compartilhamento de pares de elétrons. Esse compartilhamento, por sua vez, podem acontecer nos mais variados tipos de átomos e compostos, com destaque para os metais, ametais e também para o hidrogênio.

Ligação Covalente

A base das ligações covalentes está na famosa regra do octeto utilizada para caracterizar grande parte das ligações químicas, tanto no que diz respeito à ligação covalente como também à ligação iônica, que também vamos estudar.

Assim, segundo as regras da teoria do octeto, os átomos presentes nos elementos se tornam estáveis sempre que conseguem chegar a uma configuração caracterizada como eletrônica, em um determinado gás nobre. Assim, toda vez que os átomos contam com pelo menos oito elétrons na sua camada mais externa, que é chamada de camada de valência, há a possibilidade de uma ligação covalente.

Porém, vale também destacar que caso os compostos tenham apenas a camada eletrônica K, eles irão possuir apenas dois elétrons.

Continuando na tendência da regra, ela diz que os átomos presentes nos elementos já mencionados contam com uma tendência de ganharem mais e mais elétrons quando a intenção é alcançar a própria estabilidade.

Vamos considerar aqui um exemplo: o hidrogênio, por sua vez, quando encontrado em seu estado fundamental conta com um único elétron na camada eletrônica. Dessa forma, ele só se torna estável quando recebe um novo elétron oriundo de outro átomo.

Agora vamos imaginar que nós temos dois átomos de hidrogênio. Para que a ação seja completa, cada um deles precisará de um novo elétron.
E é aqui que encontramos a diferença entre a ligação iônica e a covalente. Enquanto na iônica o que ocorreria seria a transferência de elétrons, na ligação covalente será realizado um compartilhamento de par de elétrons.

Assim, é com a chegada desse par de elétrons que os dois compostos do hidrogênio recebem dois elétrons, e dessa forma, adquirem a tão necessária estabilidade.

Como são representadas

As ligações covalentes são representadas por meio de pequenos pontinhos que ficam nas laterais do átomo.

Esse modelo de representação das ligações covalentes são aquelas em que os elétrons presentes nas camadas de valência ficam representados aos arredores do símbolo do elemento em questão, por meio dos pontinhos. O modelo por sua vez é chamado de “fórmula eletrônica de Lewis”.

Assim, a cada par de elétrons que é compartilhado por meio da ligação covalente, a representação é realizada por um enlaçamento em que os dois pontinhos ficam juntos.

As ligações covalentes apresentam também algumas características únicas. O hidrogênio, por exemplo, só consegue realizar uma única ligação de caráter covalente, e é por isso que dizemos que ele só pode ser considerado monovalente.

Assim, cada átomo diferenciado tem um número determinado de ligações covalentes que podem realizar.

Ligações covalentes entre os ametais e semimetais

• Os ametais da família 14, como é o caso do Si, C e GE, possuem quatro elétrons em sua última camada. Dessa forma, precisa receber outros quatro elétrons para que se torne estável. Por isso, eles são chamados de tetravalentes, realizando quatro ligações covalentes normais;

• Já a família 15, que é formada por As, N, Sb e P, por exemplo, conta com cinco elétrons em sua última camada. Por conta disso, eles só se tornam realmente estáveis quanto recebem outros três elétrons. Por isso, são estes considerados ametais trivalentes, que podem realizar três diferentes ligações covalentes e normais;

• Já os átomos da família 16, que são caracterizados pelo O, Se, S, Po e Te, são os que contam com seis elétrons em suas últimas camadas. Dessa forma, eles são considerados bivalentes, já que podem realizar duas ligações covalentes normais que o tornarão estáveis;

• Por fim, temos também a família 17, que é composta pelos átomos Br, F, CI, At e I. A formação dos mesmos se torna estável assim que um último elétron é recebido. Dessa forma, esses compostos são considerados monovalentes, já que só podem realizar uma única ligação covalente normal.

Para que seja possível entender melhor como essas relações funcionam, vamos tomar como exemplo a molécula do Co² – dióxido de carbono. O carbono pertence à família de número 14, e por isso, conta já com quatro elétrons em sua última camada.

Por isso, ele precisa realizar outras quatro ligações covalentes em busca da sua estabilidade.

Enquanto isso, o oxigênio, que marca sua presença na família 16, conta com seis elétrons em sua camada de valência, e por isso, precisa realizar unicamente duas ligações covalentes para chegar à estabilidade.

Assim, o carbono pode compartilhar dois de seus pares de elétrons ou então fazer duas ligações duplas como cada um dos átomos do oxigênio para que a estabilidade se torne possível para ambos.