Ligação Covalente Simples – ligação molecular

Quí­mica,

Ligação Covalente Simples – ligação molecular

Na natureza, os átomos possuem a tendência de se unirem uns aos outros para constituírem substâncias. Alguns desses átomos possuem estabilidade e apresentam pouca reatividade, já outros necessitam se ligarem com outros elementos para se tornarem estáveis.

A ligação covalente simples, por exemplo, é um tipo de ligação que acontece para promover essa tal estabilidade entre os átomos. Ela ocorre quando os dois elementos necessitam adicionar elétrons nas suas camadas de valência.

Na ligação covalente simples apenas o compartilhamento garante que estes átomos consigam possuir a quantidade de elétrons necessária em suas respectivas últimas camadas.

ligação molecular

Nesse processo, cada um dos átomos participantes entra com um elétron para efetuar a formação de um par compartilhado, que a partir dessa constituição passará a pertencer aos dois átomos.

A ligação covalente simples ocorre entre:

•Ametais e ametais;

•Ametais e hidrogênio;

•Hidrogênio e hidrogênio.

Essas ligações acontecem, geralmente, entre os átomos que apresentam eletronegatividades semelhantes e elevadas, em que o processo de remover um elétron exige uma maior carga de energia. Por isso, a ligação covalente simples é tão comum entre dois elementos que são ametais.

Molécula do gás hidrogênio

A molécula de gás hidrogênio (H2) é um exemplo de ligação covalente simples. Nesse caso, cada átomo de hidrogênio contribui com um elétron. Essa contribuição tem o intuito de constituir o par eletrônico compartilhado, sendo assim, cada hidrogênio passa a adquirir dois elétrons na camada de valência, que é a última camada.

Outro exemplo de ligação covalente simples é a formação da conhecida molécula H2O, que é um elemento básico para a vida em nosso planeta: a água. No caso da molécula da água, o átomo de oxigênio apresenta seis elétrons na camada de valência e necessita realizar a formação de dois pares eletrônicos. Para isso, são utilizados dois átomos de hidrogênio.

O átomo oxigênio efetuou duas ligações simples com cada hidrogênio. Dessa forma, eles adquiriram a configuração de gás nobre, com o oxigênio completando oito elétrons na camada de valência e hidrogênio possuindo dois elétrons nessa camada.

Outro caso desse tipo de ligação é a formação da molécula de cloreto de hidrogênio. Nela, cada átomo integrante contribui com um elétron para formar o par. Nesse caso, o cloro ficará estável com oito elétrons e o hidrogênio, por sua vez, irá adquirir estabilidade ao ganhar dois elétrons.

É importante lembrar que o hidrogênio consegue apenas realizar uma ligação do tipo covalente. Devido a essa característica, o hidrogênio é chamado de elemento monovalente.

Ligação covalente simples e os ametais

O conceito básico das ligações covalentes reside na formação da regra do octeto. Essa regra é utilizada para definir grande parte das ligações químicas, sejam as ligações covalentes ou as ligações iônicas.

De acordo com o que é estipulado na regra do octeto, os átomos que estão em algum determinado elemento angariam estabilidade quando adquirem uma configuração eletrônica igual ao dos elementos conhecidos como gases nobres.

Sendo assim, quando os átomos contam com oito elétrons nas suas respectivas camadas de valência, existe a possibilidade da realização de uma ligação covalente.

A ligação covalente simples (ligação molecular) tem entre os ametais os seus protagonistas, visto que eles geralmente apresentam alta eletronegatividade, ou seja, ganham elétrons em sua camada de valência com mais facilidade com que liberam os seus.

O hidrogênio, muitas vezes, se comporta como um ametal, apesar de ser um elemento encontrado de forma isolada na tabela periódica, perto dos metais alcalinos. Alguns dos ametais mais importantes são:

•Carbono (C) – É um não metal tetravalente constituindo quatro elétrons disponíveis na forma de ligações covalentes.

•Nitrogênio (N) – É o quinto elemento mais abundante do universo e apresenta uma elevada eletronegatividade, atuando assim como um íon trivalente nas ligações em que atua.

•Flúor (F) – É considerado o mais eletronegativo e reativo dos elementos. O flúor apresenta grande tendência de formar ligações com a maioria dos elementos, entre eles os gases nobres como o radônio.

•Fósforo (P) – É um não metal que se encontra na natureza, constituindo fosfatos inorgânicos.

•Enxofre (S) – É um não metal inodoro e insípido. Ele, em ligação com o oxigênio, constitui o trióxido de enxofre, base para o conhecido ácido sulfúrico. Além disso, alguns odores desagradáveis da matéria orgânica são o resultado de compostos de carbono que possuem enxofre em sua constituição. O enxofre, ligado ao oxigênio e nitrogênio, formam vários tipos de ácidos.

•Cloro (Cl) – O cloro possui a terceira maior eletronegatividade dos elementos reativos. Por causa dessa característica, é um importante elemento oxidante. O cloro é encontrado na natureza porque efetua ligações com outros elementos. Um deles é o sódio, formando assim o cloreto de sódio, conhecido popularmente como o sal de cozinha.

•Iodo (I) – É o segundo elemento menos reativo e menos eletronegativo. Ao formar ligação com o hidrogênio, ele constitui o iodeto de hidrogênio.

A ligação covalente simples, como podemos ver, é bastante comum na natureza. Graças a ela, resultam inúmeras substâncias que acompanham o nosso cotidiano.