Ligação Iônica: Como se formam os Compostos Iônicos

Quí­mica,

Ligação Iônica: Como se formam os Compostos Iônicos

A ligação iônica se torna possível quando ligações entre os íons negativos, chamados de ânions, e os íons com carga positiva, ou melhor, os chamados cátions ocorrem. Assim, quando esses dois compostos/átomos se relacionam uns com os outros, as ligações iônicas são caracterizadas.

Da mesma forma que acontece com a reação, o termo ligação iônica é formado por meio da junção entre íons cátions e ânions, e é daí que surge o seu nome. Esse processo pode também ser caracterizado como uma ligação eletrovalente.

 Ligação Iônica

As ligações iônicas são então ligações de caráter químicas que acontecem entre átomos que, ao reagirem entre si, buscam alcançar a estabilidade presente na teoria de Octeto. A teoria de Octeto, por sua vez, diz que cada átomo é composto por oito diferentes elétrons na sua camada de valência, ou melhor, sua última camada.

Um fator importante de ser destacado já no início é que esse tipo de ligação é a única forma de garantir que a transferência dos elétrons seja realmente definitiva. Sendo assim, uma ligação de caráter iônica consegue envolver em seus conceitos forças de caráter eletrostáticas capazes de atração de íons de cargas opostas. Os íons, por sua vez, são átomos que ocorrem em desequilíbrio elétrico e, por isso, podem apresentar cargas tanto positivas quanto negativas.

A ligação iônica geralmente acontece entre um determinado átomo ou um grupo deles que tenham a tendência para ceder os elétrons. Ou, então, de maneira oposta, acontece quando o átomo ou o presente grupo de átomos tem uma tendência para melhor receber a quantia necessária de elétrons.

Os átomos que, geralmente, têm maior facilidade para perder os elétrons são os metais, como os metais presentes na família IA, IIA e IIIA. Por outro lado, os compostos que apresentam maiores tendências para receber mais e mais elétrons são os ametais, ou seja, realmente os seus opostos. Eles estão presentes nas famílias VA, VIA, e VIIA.

Devemos destacar, ainda, que grande parte dos compostos iônicos são aqueles que apresentam altos pontos para a ebulição e, também, para o processo de fusão. Além disso, entre as características presentes no mesmo também podemos destacar que eles são mais duros, sólidos e muito quebradiços, sendo, por conta disso, facilmente solubilizados em solventes polares. As ligações iônicas ocorrem de maneira diferenciada do que aquelas covalentes que, neste caso, são caracterizadas pelo compartilhamento de elétrons.

Como se formam os compostos iônicos

Tudo parece muito simples, e realmente é se entendermos esses conceitos de maneira mais prática. Os arranjos que acontecem entre os compostos iônicos são aqueles que formarão, necessariamente, as substâncias também iônicas. Assim, tudo dá se início quando os íons por conta das forças presentes na atração eletrostática.

Se pudéssemos observar esse tipo de ação por meio de um microscópio, será também possível notar a formação de pequenos retículos de cristal, que se aglomeram com os íons em formatos geométricos extremamente bem definidos. Além disso, podemos trazer a formação dos compostos iônicos um pouco mais próxima do nosso próprio cotidiano.

Os sais, presentes no nosso dia a dia, assim como outros grandes grupos de minerais, contam com íons que por sua vez acabam formando os compostos iônicos, ou seja, as substâncias iônicas. Simples não é mesmo?

Um exemplo do nosso cotidiano é então o cloreto de sódio, que nada mais é do que o sal utilizado em nossas cozinhas. Essa substância iônica é formada por meio de diversos aglomerados iônicos. Esse processo é criado por meio do arranjo entre os ânions do cloreto e os cátions presentes no sódio, que após serem atraídos de maneira forte (o que ocorre pela oposição de cargas), formam o tão necessário cloreto de sódio.

Porém, além desse exemplo tão presente no nosso cotidiano, já que envolve o sal de cozinha, devemos destacar que são muitos outros também os exemplos de ligações iônicas presentes no dia a dia. Um deles é a formação do cloreto de magnésio e, outro, a formação do óxido de alumínio.

Todas essas ligações iônicas se tornam possíveis pelo fato de que os elementos são mais sólidos, apresentam pontos altos de ebulição e fusão e, ainda, conduzem a corrente elétrica quando são dissolvidos em água. Dessa forma, podemos concluir que os compostos que são constituídos por meio dos íons são caracterizados como compostos iônicos, que por sua vez, são eletronicamente estáveis.

Algumas observações e conclusões

Sendo assim, se torna possível entender que as ligações iônicas acontecem quando os elementos metálicos reagem com os elementos opostos, ou seja, os ametálicos. Dessa forma, os metais são aqueles que irão doar os seus elétrons presentes na última camada que, por sua vez, serão facilmente recebidos pelos ametais, que contam com a tendência de receber elétrons facilmente.

Assim, criou-se uma regra geral: todos os metais que contem entre um e três elétrons na sua última camada são aqueles que facilmente se relacionam com os ametais que conta com 5, 6 ou até 7 elétrons.