Nomenclatura usual dos haletos orgânicos

Quí­mica,

Nomenclatura usual dos haletos orgânicos

Aqui você vai aprender mais um pouco sobre o universo da química. Primeiro daremos uma explicação breve sobre o que são haletos orgânicos para no fim, explicarmos como se faz a nomenclatura usual dos haletos orgânicos.

Diferentes tipos de haletos

Antes de falarmos sobre o principal assunto deste tópico, que é sobre a nomenclatura usual dos haletos orgânicos, vamos dar um panorama geral sobre este assunto, tão importante para a química e que está presente nas provas mais importantes feitas pelos estudantes como, por exemplo, o ENEM e diversos vestibulares em diferentes universidades espalhadas pelo país.

Haletos ou halogenetos são moléculas diatômicas vindas de alguns elementos da tabela periódica. Para ser mais exato, trata-se apenas de moléculas da família dos halogênios, ou seja:

haletos orgânicos

* Flúor
* Cloro
* Bromo
* Iodo
* Astato

A palavra Haletos ou halogenetos vem da palavra grega halos, que significa sal e são divididos em haletos orgânicos e haletos inorgânicos. No grupo dos haletos inorgânicos, podemos encontrar os sais que contém íons. Como exemplo de haletos inorgânicos podemos citar os haletos de hidrogênio, que se tornam ácidos em meio aquoso e alguns complexos metálicos como, por exemplo, o iodeto de mercúrio.

Já os haletos orgânicos, são formados por aqueles compostos que são derivados de hidrocarbonetos ou alguns outros tipos de estruturas orgânicas que resultam da troca de um ou mais átomos de hidrogênio por outro elemento halógeno.
Esta reação, que ocorre somente nos haletos orgânicos, da troca de hidrogênio por um haleto, é chamada de halogenação. Nos compostos saturados, o fenômeno ocorre com a transformação do hidrogênio na substância simples. Como um exemplo de halogenação podemos citar o clorometano. Nesta reação, ele é formado a partir do gás metano em união com o gás cloro.

Os haletos orgânicos são muito utilizados na indústria, tanto na fabricação de solventes, como na de inseticida, gás de refrigeração e até na fabricação de plásticos, mas muitos deles estão sendo descontinuados por serem extremamente prejudiciais ao homem e ao meio ambiente. Um dos haletos mais importantes para a fabricação de solventes é o tetracloreto de sódio, que se trata de um composto extremamente tóxico.

Ainda entre os diferentes haletos, podemos citar os pseudohaletos, que são na verdade poliatômicos similares. Como exemplos de pseudohaletos podemos citar o cineto e o cianato.

Nomenclatura dos haletos orgânicos

Conforme você já sabe, os haletos orgânicos surgem da transformação do átomo de hidrogênio em algum elemento halogêneo da tabela periódica. A nomenclatura oficial destes haletos é feita da seguinte forma. Primeiro coloca-se a quantidade de halogêneo que foi formado durante a halogenação, depois se coloca o nome do halogêneo formado e por último, é colocado o nome do hidrocarboneto do composto químico.

É bastante simples e, desta forma, somente com a leitura do nome do haleto orgânico é possível saber a fórmula dele. Para facilitar ainda mais o entendimento sobre a nomenclatura usual dos haletos orgânicos, vamos repetir usando palavras diferentes e outra explicação.

1º O prefixo de um haleto orgânico indica a quantidade de halogêneos. Portanto, eles podem ser:
– Mono – para um halogênio
– Di – para dois halogêneos
– Tri – para três halogêneos
E assim por diante. O prefixo mono é raramente utilizado, pois ter somente um halogêneo é algo bastante raro.
2º Depois do prefixo, coloca-se o nome do halogêneo. Ou seja, flúor, cloro, bromo ou iodo.
3º Em terceiro lugar, para terminar de formar o nome de um haleto orgânico, coloca-se o nome do hidrocarboneto.

Esta é a nomenclatura oficial designada pela União Internacional de Química Pura e Aplicada, chamada somente de IUPAC. Neste caso os halogêneos devem ser utilizados como radicais. Portanto, a nomenclatura usual dos haletos orgânicos fica assim:
Quantidade de halogêneos + Nome do Halogêneo + Nome do Hidrocarboneto

Como exemplos práticos desta nomenclatura podemos citar o triclorometano. Ou seja, este haleto orgânico é composto por três halogêneos de cloro e o hidrocarboneto dele é o metano.

Existem ainda os haletos orgânicos que possuem diversas ramificações, além do halogêneo. Neste caso, segue-se a regra dos menores números, já que o halogêneo é sempre o radical do nome. Além desta regra, caso existam insaturações nas ramificações, a numeração da cadeia se dá mas próxima desta insaturação e não do halogêneo. A partir daí também é necessário colocar a numeração da posição nas quais saem as ramificações e também as insaturações. Nestes casos os radicais devem ser colocados em ordem alfabética, conforme, por exemplo, acontece nos compostos a seguir:

* 5 – cloro – 3 – etil – 2 – fluoro – heptano
* 4 – cloropet – 1 – eno
* 1 – cloro – 2 – metil – hexano

Mas há outra forma de dar nomes aos haletos orgânicos, onde acontece bem ao contrário do que a União Internacional de Química Pura e Aplicada indica e os halogêneos são considerados como substituintes. Neste caso, a nomenclatura deve se dar da seguinte forma:
Nome do Haleto + de + Nome do substituinte com terminação em ‘ila”
Como exemplos desta forma usual de nomenclatura, podemos citar os seguintes compostos:
* Brometo de Fenila
* Cloreto de Etila
* Brometo de Isopropila