Tipos de carvão
O carvão consiste em uma rocha fóssil do tipo sedimentar composta por determinados resíduos orgânicos. A rocha, essencialmente de cor negra, é encontrada principalmente em jazidas localizadas no subsolo, sendo posteriormente extraída por técnicas de mineração. O carvão, após ser queimado, libera quantidades altíssimas de energia, motivo pelo qual é comumente utilizado em siderúrgicas e termoelétricas.
E por mais que o carvão mineral (também denominado natural), composto por hidrogênio, carbono, enxofre, oxigênio e cinzas seja popularmente o mais conhecido, a verdade é que existem quatro diferentes tipos de carvão. Vamos conhecê-los?
Diferentes tipos de carvão
Existem quatro diferentes tipos de carvão, sendo eles: o carvão natural/mineral, o carvão de animal (também conhecido como carvão de osso), o carvão vegetal e o carvão negro de fumo (conhecido como fuligem).
Confira a seguir as principais características sobre cada um deles.
1. Carvão animal
O carvão animal é formado através dos processos de destilação ou calcinação seca de ossos de diferentes animais. Eles são densos, impuros e extremamente porosos.
O carvão animal é utilizado principalmente dos seguintes modos:
- Para refinamento de petróleo;
- Para a recuperação de solventes na indústria;
- Para pigmentação negra;
- Como fluído absorvente;
- Para remover metais ou fluídos pesados da água;
- Para desenvolvimento de parafina;
- Para clarificar óleos ou açúcares (do tipo comestível).
2. Carvão vegetal
O carvão vegetal, por sua vez, é formado a partir do processo de destilação da madeira seca. Após a destilação, três diferentes frações são formadas: a mais sólida é a que se responsabiliza por originar o carvão vegetal.
O carvão vegetal é utilizado como um ‘substituto’ do carvão mineral, sem que suas propriedades energéticas sejam deixadas de lado.
Se por um lado o carvão mineral (que falaremos a seguir) é um combustível fóssil capaz de liberar, no processo de queima, uma série de poluentes para a atmosfera, o carvão vegetal é abundante, renovável e muito mais barato.
3. Carvão negro de fumo (ou fuligem)
Outro tipo de carvão é o carvão negro de fumo, popularmente conhecido como fuligem.
Esse carvão é sempre encontrado em pó após um processo de divisão extremamente fina. Ele é obtido por meio de combustões de acetileno e metano que não foram completas.
Esse tipo de carvão é o que mais se aproxima do carvão natural, sendo o seu representante mais puro – com mais de 99% de carbono.
O carvão negro de fumo é utilizado principalmente:
- Na atuação como adsorvente;
- Para a fabricação de eletrodos;
- Para a criação de tintas, pneus ou tintas inapagáveis.
Sobre o carvão natural/mineral
Por fim deixamos o carvão mineral/natural, uma vez que ele é o mais comum – e mais repleto de informações.
O carvão natural é um tipo de combustível fóssil produzido por meio do processo de fossilização da madeira.
Essa madeira, por sua vez, é formada por oxigênio (representado por O), hidrogênio (representado por H) e carbono (representado por C). Com o passar do tempo, oxigênio e hidrogênio acabam sendo eliminados como líquidos (H²O), metano (CH) e dióxido de carbono (CO²). O que resta, por sua vez, é carvão mineral: uma das mais complexas misturas de componentes ricos em carbono.
O carvão mineral/natural ainda pode ser classificado de quatro diferentes modos, o que varia conforme a sua concentração de carbono. São eles:
1. Carvão mineral turfa: com 60% de concentração de carbono;
2. Carvão mineral linhito: com 70% de concentração de carbono;
3. Carvão mineral hulha: com 80% de concentração de carbono;
4. Carvão mineral antracito: com 99% de concentração de carbono.
Dentre os quatro tipos de carvão mineral, o ‘hulha’ é o mais importante para as negociações em âmbito comercial. Isso porque quando submetido ao processo de destilação à seco, é possível conseguir três diferentes frações deste carvão. São elas:
1. Fração líquida: essa fração é composta por duas partes: o alcatrão de hulha, utilizado para produção de plásticos, medicamentos, tintas e até mesmo pavimentações de asfalto; e as águas amoniacais, utilizadas especialmente para a produção de fertilizantes.
2. Fração gasosa: essa fração é rica em metano, hidrogênio e monóxido de carbono. Por isso, é utilizada para promover a iluminação nas ruas (a gás) e também como combustível.
3. Fração sólida: por fim, esse tipo de fração é composto por carvão de coque, um grande aliado para a produção de aço e ferro. Esse tipo de fração é utilizado principalmente por fábricas e indústrias.
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Foi no período da Revolução Industrial que o carvão ganhou grandes proporções, já que ele era a maior fonte de energia do mundo (graças ao calor de sua queima). Neste período, ele era utilizado para a movimentação de locomotivas, automóveis, máquinas e até mesmo de navios.
Porém, não tardo para que ele fosse substituído por outro combustível fóssil, desta vez, o petróleo.
Mesmo assim, o carvão mineral ainda é amplamente utilizado para a produção de energia elétrica, especialmente, na Europa e na América do Norte.