Socialismo, Valores e Sistema Social

Sociologia,

Socialismo, Valores e Sistema Social

Socialismo

Com base no princípio da igualdade, o socialismo surgiu logo no início da Revolução Industrial, no século XVIII e foi se desenvolvendo sob as inúmeras teorias que tinham como tema a organização e administração públicas dos meios de produção e distribuição de riquezas.

Seus principais valores são a igualdade de oportunidades, justiça social, solidariedade e empatia, compartilhamento coletivo do que é público prevalecendo sobre o privado. Já na teoria marxista, o socialismo é intermediário entre o capitalismo e o comunismo, que culmina com o desaparecimento total do Estado e dando plenos poderes para toda a sociedade.

Os princípios do socialismo

O conceito do socialismo rompe com a dominação de classes, ou seja, a população não é mais separada por grupos de padrões sociais, políticos e especialmente financeiros semelhantes. As classes sociais são bastante evidenciadas no sistema Capitalista, já que a classe dominante é composta por pessoas detentoras das maiores riquezas e do poder político, comandando a classe dominada onde estão os trabalhadores.

O Estado intervém plenamente na composição social e econômica da sociedade, tornando a propriedade e sua administração coletivas, o que inclui os meios de produção. Dessa forma, o Estado oferece à sua população a mesma qualidade educacional e de saúde, tornando todos capazes a obter seus meios de trabalho.

O movimento começou a surgir logo no início da Revolução Industrial, através de intelectuais e de líderes da classe operária. Eles apresentavam críticas severas sobre a forma como a industrialização agia sobre a sociedade, subordinando o trabalhador a baixos salários e uma jornada de trabalho extrema. Diante desse quadro a população criava sua dependência direta e indiretamente sobre a indústria, empobrecendo – e com pouca ou nenhuma assistência do Estado.

Logo, o socialismo foi se definindo com o um rompimento da propriedade privada que mantinha os meios de produção, fazendo com que o proletariado tomasse o poder e controlasse a política e economia em divisões igualitárias.

Socialismo Utópico, Socialismo científico e Karl Marx

O Socialismo foi dividido em duas correntes iniciais, sendo o utópico a primeira a surgir e a se estabelecer. Estabelecido por Robert Owen, Charles Fourier e Saint-Simon, o Socialismo Utópico propunha uma sociedade ideal, conquistada de forma pacífica e de comum acordo entre empresários e proletários. Para seus defensores esse sistema é inserido de forma mais lenta e pode demorar até séculos para ser totalmente implantado.

Já o Socialismo Científico surgiu como crítica ao Utópico, sem a sua visão romanceada e ilusória de redenção pacífica, mas sim por meio de revoluções do proletariado contra o que se chamada de burguesia. O que incluía a luta armada, indo muito além do debate de ideias e convencimento.

Criado por Karl Marx, que se transformou em símbolo e referência máxima desse sistema, o Socialismo Científico (também chamado de Marxismo) está bastante definido em obras como O Capital, Manifesto Comunista e Crítica de Economia Política. O filósofo alemão teve ajuda de Friedrich Engels para criar a teoria socialista que revolucionou o mundo.

Segundo eles, toda sociedade humana cresce e se sustenta pela luta de classes. O que indica um conflito constante entre os que controlam os meios de produção e os proletários. Karl Marx criou o conceito de “mais-valia”, onde afirmava que todo trabalho geraria riqueza, cujo valor era acima do gasto na produção, capaz de gerar um valor que deveria ser dividido entre os operários que trabalharam naquele produto.

O homem e a sua sociedade se desenvolvem a partir de suas condições socioeconômicas, determinando o seu foco de atuação naquilo que lhe dará melhores condições de vida e trabalho.

Karl Marx é considerado uma das figuras mais influentes do mundo e um dos pilares do que hoje é considerada a ciência social moderna. Seus conceitos influenciaram políticas, que propuseram revoluções em nações, como a Rússia, a China e Cuba, mas também revoluções intelectuais que continuam utilizando de seus fundamentos para os estudos contemporâneos.