Resumo Orquestra

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Resumo Orquestra

Esse artigo é um resumo sobre orquestra, que é um conjunto de músicos reunidos para a execução de peças musicais, geralmente eruditas. Ela pode ser pequena ou grande. Se pequena, é chamada de orquestra de câmara e, se grande, pode ser chamada de orquestra filarmônica ou de orquestra sinfônica. A diferença entre elas está na forma em que foram compostas.

Resumo Orquestra

As orquestras sinfônicas são fundadas pelos próprios músicos que a compõem. Já a orquestra filarmônica possui membros admitidos por meio de concurso público. Ambos os tipos são formados, normalmente, por um grupo de 50 a 100 instrumentistas. Já a orquestra de câmara, em sua maioria, possui até 40 integrantes.

Resumo orquestra: tradição do Ocidente

A palavra orquestra nasceu no teatro da Grécia Antiga. O termo se referia ao espaço do espetáculo compreendido entre os atores e o público. Nele ficavam os dançarinos e os instrumentistas que complementavam as peças teatrais.

Com uma trajetória ligada à tradição europeia, a orquestra é um tipo de conjunto musical tipicamente ocidental. As composições visam criar um efeito uníssono, fazendo com que todos os instrumentos, ao serem tocados, se transformem em um só, através de um som totalizante e homogêneo. Para isso, o compositor deve fundir os elementos acústicos de cada instrumento e seus respectivos timbres.

Na composição há instrumentos de sopro, cordas e percussão, que são organizados em pequenos conjuntos denominados naipes. Esses subgrupos reúnem instrumentos iguais ou da mesma família. Para garantir a unidade, as sinfonias, óperas, corais e outros tipos de música precisam de um “guia”. Então, as orquestras executam as obras instrumentais seguindo um regente.

As orquestras mudaram de acordo com o tempo. Na modernidade, a sinfônica apresenta características acumuladas no decorrer de quase cinco séculos da música ocidental. Durante esse tempo, houve diversas transformações, principalmente na sua dimensão. No século XVII, por exemplo, o compositor italiano Claudio Monteverdi juntou 36 músicos para acompanhar a ópera Orfeu. Já no século XIX, o alemão Richard Wagner possuía enormes conjuntos, com centenas de integrantes.

Resumo orquestra: primórdios

A história da orquestra se confunde com a história da música instrumental. Durante o desenvolvimento da música, a voz sempre teve predominância aos instrumentos. No entanto, eles sempre foram utilizados. Algumas vezes serviam de acompanhamento para as vozes.

Os grupos instrumentais participavam de cerimônias publicas em locais abertos na época dos romanos. No coliseu, grupos musicais utilizavam cornetas e outros instrumentos que atingiam um alto volume. Durante a Idade Média, instrumentos estridentes também foram usados por cortes feudais, principalmente em festas em lugares abertos e coroações.

A Igreja Católica começou a desenvolver métodos musicais até então inovadores. No entanto, não havia uma estrutura definida para os conjuntos. A ideia de formar grupos musicais é bastante antiga, e no período medieval existiam aos montes, normalmente em acompanhamentos de peças teatrais.

Com o Renascimento, a música instrumental passou a ganhar autonomia. Nessa época, os instrumentos começaram a ser vistos de maneira diferente. Eles já não precisavam acompanhar vozes para serem ouvidos. Nas partituras que temos da época, elaboradas por sacerdotes para as músicas sacras, as vozes possuem exclusividade. Partes vocais podiam ser reformadas ou substituídas por instrumentos musicais se houvesse conhecimento para tanto.

A transição da musica predominantemente vocal para as orquestras se deu lentamente. Houve uma mudança de vozes para danças estilizadas, e surgiram os primeiros instrumentistas solistas, que tocavam órgão e alaúde. Alguns pesquisadores dizem que a primeira composição instrumental data do século XIV, o Hoquetus David, de Guillaume de Machaut. Nessa partitura não há indicativos de que instrumentos musicais tenham sido usados. Mas os pesquisadores apontam para o fato de que não existem versões da música para apenas vozes.

Foram à autonomia e a padronização dos grupos musicais deu origem às orquestras. Isso foi impulsionado pelo desenvolvimento da cultura urbana moderna e burguesa. Os primeiros conjuntos denominados como orquestras foram os grupos organizados pelo compositor veneziano Giovani Gabrielli, por volta do século XVII. Ele escolheu os conjuntos para acompanhar suas “Sinfonias Sacras”. Simultâneo a isso, Claudio Monteverdi reuniu uma orquestra para a ópera L’Orfeo, que compôs em 1607.

Era o início do período barroco, e renovações tecnológicas surgiam em todas as artes. Surgiram os primeiros grupos com instrumentos definidos. Há tempos os compositores tentavam unir um conjunto de instrumentistas com instrumentos com timbre definido. Antes era trabalho dos próprios músicos, o que comprometia as composições. O período de desenvolvimento musical permitiu que os compositores definissem o timbre de cada grupo musical.

Dessa forma, a formação instrumental foi institucionalizada nessa época. No entanto, as posições da formação da orquestra ainda não eram fixas. Isso só foi acontecer em meados do século XVIII. Nesse período as bandas militares começaram se modernizar. Antes, os grupos utilizavam instrumentos de embocadura e percussão, e eram chamados de fanfarras. Após a Revolução Francesa, esse tipo de conjunto começou a se popularizar. No século XIX elas se generalizam, agora com uma roupagem de orquestra. Surgem, então, os conjuntos filarmônicos. Esse é o fim do nosso resumo orquestra.